História da Europa/Desafios à autoridade espiritual: diferenças entre revisões

[edição não verificada][edição verificada]
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
violação de direitos autorais
Master (discussão | contribs)
Foi o próprio autor que colocou o texto aqui. Compare o nome do usuário que criou esta página com o usuário que postou este texto no fórum
Linha 1:
A Reforma Protestante foi um movimento que começou no século XVI, inspirado pela obra “Elogio da Loucura” de Erasmo de Roterdã, com uma série de tentativas de reformar a Igreja Católica Romana. Levou subseqüentemente ao estabelecimento do Protestantismo. Iniciou-se quando Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, em 31 de outubro de 1517.
{{VDA|http://forum.brasilescola.com/lofiversion/index.php/t23970.html}}
Analisemos as três principais obras de Lutero:
 
1. “A nobreza cristã da nação alemã”: Nesta obra Lutero faz uma crítica a submissão do poder secular ao papado, da prerrogativa exclusiva de interpretação das escrituras por parte do papa e do direito exclusivo do papa de convocar concílio ecumênico.
2. “A liberdade cristã”: É concebida a doutrina da justificação pela fé inspirada nas epístolas de Paulo, em especial na de Gálatas e nos textos de Agostinho.
3. “O cativeiro babilônico da igreja”: Nega a mediação da igreja e reduz os sacramentos a dois: Eucaristia (Santa Ceia) e Batismo.
 
Zuínglio: Ulrico Zuínglio foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Independentemente de Martinho Lutero, que era doctor biblicus, Zuínglio chegou a conclusões semelhantes pelo estudo das escrituras do ponto de vista de um erudito humanista. Enquanto Lutero pregava a natureza pecaminosa, Zuínglio acreditava na bondade humana. Morre no confronto contra o exército de Zurique em 1531.
# Segue o luteranismo na crítica à Igreja Católica.
# Nega a presença literal de Cristo na eucaristia.
 
 
João Calvino: Calvino foi um teólogo cristão francês, inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento protestante.
# Instaura a Reforma a partir de Genebra.
# Reforma de caráter ascético.
# Desenvolve a doutrina da predestinação:
O Calvinista acredita que Deus escolheu um grupo de pessoas e que as restantes vão para o Inferno. Conseqüentemente, a pergunta que qualquer Calvinista se faz é: "Estarei eu entre os escolhidos ?". Como é que um Calvinista sabe se está entre os escolhidos ou não ? Teoricamente, não é ele que o determina. A decisão está tomada. Foi tomada por Deus. Como é que eu sei se fui escolhido ou não ? Sendo um bom cristão, trabalhando muito, seguindo sempre os melhores princípios éticos, o Calvinista prova a si mesmo que é uma boa pessoa, pelo seu sucesso como cristão. Não é a sua ação, mas sim a ação de Deus, mostrando-lhe que está no bom caminho.
Sendo assim, para o Calvinista, a riqueza poderá ser um sinal de que está entre os escolhidos de Deus. Se um Calvinista tem muito dinheiro, é um sinal de que Deus o terá escolhido. (Ver Weber - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo).
 
Philipp Melanchthon: Amigo de Lutero, Melanchthon converteu-se no principal líder do Luteranismo após a morte do reformador.
# Era mais moderado que Lutero, de uma vertente mais conciliadora. Colocava as obras como resultado natural da fé e salvação em Cristo.
# Organiza a Igreja Luterana e combate os radicalismos.
 
 
Não podemos subestimar a importância da reforma para o momento histórico. Lutero foi responsável por um importante passo para a modernidade. Ele foi o pioneiro na tradução da Bíblia para o vernáculo (neste caso o alemão). Com acesso ao livro sagrado, as pessoas, fundamentalmente protestantes, buscam a alfabetização. Para os católicos o acesso as Sagradas Escrituras só ocorreriam a partir de 1964 quando, no concílio Vaticano II, o papa Paulo VI deu permissão aos católicos de ler a Bíblia.
 
Contra-Reforma: A contra-reforma foi instituída com o objetivo de conter o protestantismo. Um bom exemplo é a criação da Companhia de Jesus ou Ordem Jesuíta pelo ex-militar Inácio de Loyola. Os jesuítas queriam conter o protestantismo utilizando a educação como ferramenta. Devido a acordos com o rei de Portugal os jesuítas vieram parar aqui em terras tupiniquins para catequizar os índios.
 
É convocado o concílio de Trento (1545-1563) e estipulam-se as medidas de contenção do protestantismo:
# Conversão do Protestantismo.
# Expansão da Fé (Novo Mundo e Ásia).
# Contenção do Protestantismo.
 
A Igreja Católica tinha duas opções bem claras, uma era trazer entendimento suficiente aos membros a fim de que repudiassem o protestantismo, ou os atirassem na mais profunda ignorância, de forma que não entendessem os argumentos protestantes. Obviamente foi escolhida a segunda opção. Institui-se o Tribunal do Santo Ofício e a Inquisição e, enquanto o protestantismo estimula a leitura, o catolicismo queima os livros. O Index Librorum Prohibitorum (Índice dos Livros Proibidos) era a lista de publicações proibidas pela Igreja Romana.
No Século X, o árabe Avicena resgata Aristóteles e Siger de Barbante o leva para as Universidades. Enquanto Platão tinha uma filosofia bonita e contraditória, Aristóteles tinha uma filosofia seca e racional. Três séculos depois se forma um debate entre fé e razão. Tomás de Aquino, em sua “Suma Teológica”, sintetiza o cristianismo com a visão aristotélica do mundo, dando fim a ameaça da mortalidade aristotélica da alma, em contraste com o imortalismo platônico.
Tomás de Aquino diz poder provar a existência de Deus pela razão, diferentemente do que dizia Agostinho, que a prova de Deus pressupõe a fé.
 
Dizia Aquino: “Entre a dúvida filosófica e a certeza da fé, fico com a certeza da fé”.
 
A Suma Teológica de Tomás de Aquino seria utilizada posteriormente na contra-reforma. Tomás defendia a bondade natural do homem contra a natureza pecaminosa de Lutero.
 
{{AutoCat}}