Civilização Egípcia/Período dinástico antigo/Dinastias do Período dinástico antigo: diferenças entre revisões

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Fragmentos de selos em marfim vindos de Abidos relatam viagens a Sais e Buto, no Delta. <br>
Presume-se que sua tumba seja a de número 0 em Abidos, que é uma das maiores e mais complexas da 1ª dinastia. No inicio do século XX, ''Flinders Petrie'' descobriu tumbas das primeiras dinastias e, na tumba de Djer foi encontrado um braço de mulher cortado e envolvido com panos de linho, decerto abandonado por um ladrão. Dentre as bandagens havia quatro pulseiras de ouro, ametista e turquesa, um magnífico trabalho de ourivesaria que deveriam pertencer a uma rainha ou princesa. <br>
O faraó Djer também construiu duas mastabas em SaqaraSaqqara e um templo para a deusa Neith em Sais. <br>
Inscrições em Wadi Halfa registram uma campanha military na Núbia e talvez ele tenha feito também campanhas na Libia e no Sinai. Talvez tenha feito até mais, militarmente pois um dos anos de seu reinado foi chamado de ''O Ano da Destruição da Terra de Setjet'' (Siria-Palestina). Essa atividade militar torna Djer, o primeiro faraó a registrar campanhas militares fora das fronteiras egípcias. <br>
Poderoso e inteligente, Djer, infelizmente está ligado a sacrifícios humanos. Um selo de madeira encontrado em Saqara traz seu nome, junto de uma cerimônia que parece estar ligada a sacrifícios humanos e sua tumba em Abidos está rodeada de sepultamentos de trezentos serviçais que foram enterrados ao mesmo tempo que o faraó. <br>
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Uma das personagens mais discutidas do período dinástico antigo. De certo ela foi a mãe de Hórus Den, conforme se vê num selo encontrado na tumba T de Umm El Qa´ab. Seu nome está ao lado do nome de Den e é possível que ela fosse a esposa de Djet. <br>
Sua tumba em Abidos (Y) fica perto da de Djet (Z), do lado de fora desta tumba foi encontrada uma estela, em 1900 por ''Fliders Petrie'', que, a principio se acreditou fosse de um governante masculino.<br>
A mastaba 3503 em SaqaraSaqqara é a única que pode ser, de fato, atribuída a ela, os selos trazem o nome de Den. <br>
Se de fato ela reinou, foi a primeira mulher a governar o Egito, não se sabe se governou sozinha ou se junto com Djet (caso ele fosse seu marido) e depois da morte dele ficou como regente do filho Den. <br>
Seu nome não consta das conhecidas listas de reis, além da lista de Den, mas Mâneton registra oito faraós na 1ª dinastia, o que confere se adicionarmos Merneith, mas não fica correto se Narmer for o primeiro rei da 1ª dinastia. <br>
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'''*Den (Hórus que golpeia)'''
 
Foi um dos governantes mais importantes deste período. Seu reinado é marcado por um grande desenvolvimento na arquitetura funerária e pelo progresso do estado, na administração, economia, artesanato, religião. Mais de 30 mastabas foram erguidas em SaqaraSqaqara e Abu Rawash durante o seu reinado, por funcionários de todos os tipos, isso é sinal de uma administração próspera e forte. <br>
[[File:IvoryLabelOfDen-BritishMuseum-August19-08.jpg|thumb|150px|left|Hórus Den]]
Assim como Djer, parece que Den também foi médico e um dos estudos que se acredita seja de sua autoria, versa sobre o tratamento de fraturas. <br>
Den está registrado em numerosos objetos e fragmentos. Um selo de marfim encontrado em Abidos, mostra Den atacando um prisioneiro asiático. Seu nome aparece no serekh encimado por Hórus, mas há na frente da cena a representação de Seth como animal (chacal). <br>
Este faraó foi o primeiro de uma série de eventos como, o primeiro a adotar o nome ''Nebty'' ou Duas Senhoras, o primeiro a ser representado usando a coroa dupla, o primeiro a incorporar uma longa escadaria em sua tumba e foi o criador da posição de vizir para o Baixo Egito (ocupada por um homem de nome Hemaka, cuja tumba, muito rica, está em SaqaraSaqqara). Também é creditado a ele o primeiro censo no Egito, ''contando todas as pessoas do norte, leste e oeste'' para determinar os impostos. <br>
'''Nomes:'''
*Mâneton o chama Usaphaidos
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*Nome Nebty - Nebty Mer... ou Mer-spt-bja
*Listas de reis – Merbap, Mer-bja-pen, Mer-bja-pe
[[File:SemerkhetIvoryLabel-BritishMuseum-August19-08.jpg|thumb |right |150px | selo em marfim de Semerkhet]]
 
 
[[File:SemerkhetIvoryLabel-BritishMuseum-August19-08.jpg|thumb |right |150px | selo em marfim de Semerkhet]]
'''*Semerkhet (amigo considerado ou companheiro dos deuses)'''
 
De acordo com as anotações de Mâneton, Semerkhet deve ter enfrentado muitos problemas, mas ele alega que isso ocorreu porque este faraó era um usurpador. Não existem indícios de que isso seja verdade porque ele consta da lista de reis, mas o certo é que ele raspou nomes anteriores e mandou inscrever seu próprio nome no lugar. <br>
Sua tumba é bem maior que a de seu antecessor, Anedjib, e é o único dos primeiros reis que não tem uma mastaba correspondente em SaqaraSaqqara (ou pelo menos ela ainda não foi encontrada), pode ser porque seus ministros e oficiais sobreviveram a ele e permaneceram servindo ao faraó seguinte. <br>
'''Nomes:'''
*Mâneton o chama Semempses, Mempses
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*Nome Nebty – Iri (não confirmado) um símbolo que pode ser lido como ''Aquele que guarda'' ou ainda ''Aquele a quem as duas senhoras guardam'' (ele pode ter sido sacerdote antes de ser faraó).
*Listas de reis - Semsem, Hu, Semsu
 
[[Image:StelaOfQaa.JPG|thumb|100px|left|Estela de Qaa]]
'''*Qa´a (seu braço está erguido)'''
 
É considerado o último rei da 1ª dinastia e como já se sabe existem poucas informações a seu respeito. O que temos vem de sua tumba em Abidos e sepultamentos em SaqaraSaqqara. Um selo com uma lista de todos os reis da 1ª dinastia (não consta Merneith) foi encontrado em 1990 e ajudou a ratificar os reis desta dinastia. <br>
As escavações feitas por alemães em 1990 também foram bem sucedidas em encontrar objetos que haviam passado despercebidos pelas buscas mais antigas. Na tumba havia duas estelas funerárias com o nome do rei. Dentro da tumba encontraram o nome de Hotepsekhemwy o rei seguinte, de modo que, se acredita que tenha sido ele a terminar o túmulo após a morte de Qa´a. <br>
Este faraó foi o último a ser sepultado junto com serviçais, em sepultamentos conjuntos. <br>