Mate/Maneiras de preparar a bebida: diferenças entre revisões

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Erico (discussão | contribs)
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Acrescentei duas fotos.
Linha 4:
É a maneira tradicional do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Após ser colhida, a erva-mate (folha e talo) passa por um breve processo de secagem sobre uma fonte de calor, denominado "sapecamento", apenas para evitar que apodreça. Em seguida, passa por mais secamento, em um "carijó" (armação que sustenta a erva sobre o fogo em contato direto com o mesmo) ou em um "barbaquá" (estrado de madeira que permite um contato indireto da erva com o calor do fogo). Em seguida, a erva é moída, ou seja, "cancheada".
 
Preparada a erva em pó, ela já pode ser consumida. Coloca-se a erva em um recipiente feito do fruto do Porongo (uma trepadeira da família das Cucurbitáceas, originária da Abissínia e da Índia e cujo nome científico é ''Lagenaria vulgaris'' ou ''Lagenaria siceraria''<ref>FERREIRA, A.B. de H.''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 1986. p.1368</ref><ref>http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Lagenaria_vulgaris.htm</ref>). A erva deve preencher 2/3 da cuia. Inclina-se a cuia de modo que o pó fique na parte lateral da mesma. Pode-se apoiar a erva com a mão ou um prato. Molha-se a erva, apenas para manter a estrutura firme. Coloca-se a bomba (canudo de metal) ao longo da parede de erva molhada. Adiciona-se água morna e pronto. A água não deve estar quente demais, pois caso contrário ela irá queimar a erva, destruindo seu sabor. A bebida deve ser consumida pela mesma pessoa que preparou o chimarrão, até que o líquido seja esvaziado totalmente, fazendo a cuia "roncar". Então a cuia pode passar para outra pessoa, que a encherá de água morna e repetirá todo o processo. Se a bebida perder o sabor, a erva deve ser trocada.
[[File:Cp Chimarrão.jpg|center|150px|thumb|Chimarrão]]
[[File:Courge encore verte.jpg|center|200px|thumb|Porongo. A metade superior do fruto, chamada "flor do porongo", é a usada para fabricar a cuia do chimarrão.]]
*''MATE'':
 
É o método argentino e uruguaio. É idêntico ao chimarrão gaúcho. A única diferença é que a cuia normalmente é menor, redonda, feita com o fruto da Cuieira ou Coité (árvore da família da Bignoniáceas cujo nome científico é ''Crescentia cujete''<ref>FERREIRA, A.B. de H.''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 1986. p.507</ref>).
[[File:Mate y bombilla uruguayos.jpg|center|150px|thumb|''Mate'' uruguaio]]
[[File:Crescentia cujete 1.jpg|center|200px|thumb|Cuieira ou Coité (''Crescentia cujete'')]]
*''TERERÉ'' ou TERERÉ:
 
É o método adotado no Paraguai (onde é chamado de ''tereré'', com o "e" grave no final) e no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul (onde é chamado de "tereré"). Ao contrário do chimarrão e do ''mate'', o tereré é feito com água fria, o que é mais adequado ao clima quente da região onde é normalmente consumido. O recipiente utilizado é a guampa, que normalmente é feita de um chifre de boi oco. Mas pode ser de alumínio, plástico, madeira ou qualquer outro material. A erva utilizada normalmente é um pouco mais grossa que a do chimarrão. Podem ser adicionadas outras ervas, sucos ou mesmo refrigerante ao mate. Uma curiosidade: o nome "tereré" vem do ruído do ronco da guampa, quando a bebida está terminando.
[[File:Guampa bombilla.jpg|center|150px140px|thumb|Guampa]]
 
*CHÁ MATE: