Guia do Linux/Iniciante+Intermediário/Discos e Partições/Sistema de arquivos reiserfs: diferenças entre revisões

[edição não verificada][edição não verificada]
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
mSem resumo de edição
formatando com ajuda de conversores
Linha 1:
== 5.7 Sistema de arquivos reiserfs ==
5.6 Sistema de arquivos reiserfs Este é um sistema de arquivos alternativo ao ''ext2/3'' que também possui suporte a journaling. Entre suas principais característicascaracterí­sticas, estão que ele possui tamanho de blocos variáveis, suporte a arquivos maiores que 2 Gigabytes (esta é uma das limitações do ''ext3'') e o acesso mhash a árvore de diretórios é um pouco mais rápida que o ''ext3. Para utilizar reiserfs, tenha certeza que seu kernel possui o suporta habilitado (na seção File Systems) e instale o pacote reiserfsprogs que contém utilitários para formatar, verificar este tipo de partição''.
 
Para utilizar <code>reiserfs</code>, tenha certeza que seu kernel possui o suporta habilitado (na seção File Systems) e instale o pacote <code>reiserfsprogs</code> que contém utilitários para formatar, verificar este tipo de partição.
5.6.1 Criando um sistema de arquivos reiserfs em uma partição Para criar uma partição reiserfs, primeiro instale o pacote reiserfsprogs (apt-get install reiserfsprogs). Para criar uma partição reiserfs, primeiro crie uma partição ext2 normal, e então use o comando: mkreiserfs /dev/hda? Onde a "?" em hda? significa o número da partição que será formatada com o sistema de arquivos reiserfs. A identificação da partição é mostrada durante o particionamento do disco, anote se for o caso. hda é o primeiro disco rígido IDE, hdb é o segundo disco rígido IDE. Discos SCSI são identificados por sda?, sdb?, etc. Para detalhes sobre a identificação de discos, veja Identificação de discos e partições em sistemas Linux, Seção 5.12. Algumas opções são úteis ao mkreiserfs: -s [num] - Especifica o tamanho do arquivo de journal em blocos. O valor mínimo é 513 e o máximo 32749. O valor padrão é 8193. -l [NOME] - Coloca um nome (label) no sistema de arquivos. -f - Força a execução do mkreiserfs. -d - Ativa a depuração durante a execução do mkreiserfs. Agora para acessar a partição deverá ser usado o comando: mount /dev/hda? /mnt -t reiserfs Para mais detalhes veja Montando (acessando) uma partição de disco, Seção 5.13. Note que é possível criar um sistema de arquivos no disco rígido sem criar uma partição usando /dev/hda, /dev/hdb, etc. usando a opção -f EVITE FAZER ISSO! Como não estará criando uma partição, o disco estará divido de maneira incorreta, você não poderá apagar o sistema de arquivos completamente do disco caso precise (lembre-se que você não criou uma partição), e a partição possui uma assinatura apropriada que identifica o sistema de arquivos.
=== 5.7.1 Criando um sistema de arquivos reiserfs em uma partição ===
 
Para criar uma partição ''reiserfs'', primeiro instale o pacote <code>reiserfsprogs</code> (apt-get install reiserfsprogs).
5.6.2 Criando um sistema de arquivos reiserfs em um arquivo O sistema de arquivos reiserfs também poderá ser criado em um arquivo, usando os mesmos benefícios descritos em Criando um sistema de arquivos EXT2 em um arquivo, Seção 5.3.2. Para fazer isso execute os seguintes passos em seqüência: 1.Use o comando dd if=/dev/zero of=/tmp/arquivo-reiserfs bs=1024 count=33000 para criar um arquivo arquivo-reiserfs vazio de 33Mb de tamanho em /tmp. Você pode modificar os parâmetros de of para escolher onde o arquivo será criado, o tamanho do arquivo poderá ser modificado através de count. Note que o tamanho mínimo do arquivo deve ser de 32Mb, devido aos requerimentos do reiserfs. 2.Formate o arquivo com mkreiserfs -f /tmp/arquivo-reiserfs. Ele primeiro dirá que o arquivo arquivo-reiserfs não é um dispositivo de bloco especial (uma partição de disco) e perguntará se deve continuar, responda com y. O sistema de arquivos ReiserFS será criado em /tmp/arquivo-reiserfs e estará pronto para ser usado. 3.Monte o arquivo arquivo-reiserfs com o comando: mount /tmp/arquivo-reiserfs /mnt -t reiserfs -o loop=/dev/loop1. Note que foi usado o parâmetro -o loop para dizer ao comando mount para usar os recursos de loop do kernel para montar o sistema de arquivos. O parâmetro -t reiserfs poderá ser omitido, se desejar. 4.Confira se o sistema de arquivos ReiserFS em arquivo-reiserfs foi realmente montado no sistema de arquivos digitando df -T. Para detalhes, veja df, Seção 10.3. Pronto! o que você gravar para /mnt será gravado dentro do arquivo /tmp/arquivo-reiserfs. Você poderá usar todos os recursos de um sistema de arquivos reiserfs como permissões de arquivos e diretórios, links simbólicos, etc. O uso da opção loop=/dev/loop1 permite que o dispositivo /dev/loop1 seja associado ao arquivo /arquivo-reiserfs e assim permitir sua montagem e uso no sistema. Você poderá usar apenas -o loop com o comando mount, assim o kernel gerenciará automaticamente os dispositivos de loop. Caso faça isto manualmente, lembre-se de usar dispositivos /dev/loop? diferentes para cada arquivo que montar no sistema. Pois cada um faz referência a um único arquivo.
Para criar uma partição ''reiserfs'', primeiro crie uma partição ''ext2'' normal, e então use o comando:
 
mkreiserfs /dev/hda?
5.6.3 Nomeando uma partição de disco O comando e2label é usado para esta função. e2label [dispositivo] [nome] Onde: dispositivo Partição que terá o nome modificado nome Nome que será dado a partição (máximo de 16 caracteres). Caso seja usado um nome de volume com espaços, ele deverá ser colocado entre "aspas". Se não for especificado um nome, o nome atual da partição será mostrado. O nome da partição também pode ser visualizado através do comando dumpe2fs (veja dumpe2fs, Seção 5.6.5). Exemplo: e2label /dev/sda1 FocaLinux, e2label /dev/sda1 "Foca Linux"
Onde a "?" em hda? significa o número da partição que será formatada com o sistema de arquivos ''reiserfs''. A identificação da partição é mostrada durante o particionamento do disco, anote se for o caso. hda é o primeiro disco rí­gido IDE, hdb é o segundo disco rí­gido IDE. Discos SCSI são identificados por sda?, sdb?, etc. Para detalhes sobre a identificação de discos, veja [#s-disc-id Identificação de discos e partições em sistemas Linux, Seção 5.12].
 
Algumas opções são úteis ao <code>mkreiserfs</code>&lt;nowiki&gt;: &lt;/nowiki&gt;
5.6.4 Criando o diretório especial lost+found O utilitário mklost+found cria o diretório especial lost+found no diretório atual. O diretório lost+found é criado automaticamente após a formatação da partição com o mkfs.ext2, a função deste diretório é pré-alocar os blocos de arquivos/diretório durante a execução do programa fsck.ext2 na recuperação de um sistema de arquivos (veja Checagem dos sistemas de arquivos, Seção 26.1). Isto garante que os blocos de disco não precisarão ser diretamente alocados durante a checagem. mklost+found OBS: Este comando só funciona em sistemas de arquivos ext2 Exemplo: cd /tmp;mklost+found;ls -a
** -s [num] - Especifica o tamanho do arquivo de journal em blocos. O valor mí­nimo é 513 e o máximo 32749. O valor padrão é 8193.
 
** -l [NOME] - Coloca um nome (label) no sistema de arquivos.
5.6.5 dumpe2fs Mostra detalhes sobre uma partição Linux. dumpe2fs [opções] [partição] Onde: partição Identificação da partição que será usada. opções -b Mostra somente os blocos marcado como defeituosos no sistema de arquivos especificado. Este comando lista diversas opções úteis do sistema de arquivos como o tipo do sistema de arquivos, características especiais, número de inodos, blocos livres, tamanho do bloco, intervalo entre checagens automáticas, etc. Exemplo: dumpe2fs /dev/sda1, dumpe2fs -b /dev/sda1
** -f - Força a execução do <code>mkreiserfs</code>.
 
** -d - Ativa a depuração durante a execução do <code>mkreiserfs</code>.
5.6.6 Partição EXT2 ou Arquivo? Criar uma partição EXT2 ou um arquivo usando o loop? Abaixo estão algumas considerações: A partição EXT2 é o método recomendado para a instalação do GNU/Linux. O desempenho da partição EXT2 é bem melhor se comparado ao arquivo porque é acessada diretamente pelo Kernel (SO). O arquivo EXT2 é útil para guardarmos dados confidenciais em disquetes ou em qualquer outro lugar no sistema. Você pode perfeitamente gravar seus arquivos confidenciais em um arquivo chamado libBlaBlaBla-2.0 no diretório /lib e ninguém nunca suspeitará deste arquivo (acho que não...). Também é possível criptografa-lo para que mesmo alguém descobrindo que aquilo não é uma lib, não poder abri-lo a não ser que tenha a senha (isto é coberto no documento Loopback-encripted-filesystem.HOWTO). O uso do arquivo EXT2 é útil quando você está perdendo espaço na sua partição EXT2 e não quer re-particionar seu disco pois teria que ser feita uma re-instalação completa e tem muito espaço em um partição de outro SO (como o Windows). Você poderia facilmente copiar o conteúdo de /var, por exemplo, para o arquivo EXT2 ext2-l criado no diretório Raíz do Windows, apagar o conteúdo de /var (liberando muito espaço em disco) e então montar ext2-l como /var. A partir de agora, tudo o que for gravado em /var será na realidade gravado no arquivo ext2-l. Para o sistema acessar o arquivo, deve passar pelo sistema de arquivos loop e FAT32, isto causa um desempenho menor.
Agora para acessar a partição deverá ser usado o comando: mount /dev/hda? /mnt -t reiserfs
Para mais detalhes veja [#s-disc-montagem Montando (acessando) uma partição de disco, Seção 5.13].
Note que é possí­vel criar um sistema de arquivos no disco rí­gido sem criar uma partição usando <code>/dev/hda</code>, <code>/dev/hdb</code>, etc. usando a opção -f '''EVITE FAZER ISSO!''' Como não estará criando uma partição, o disco estará divido de maneira incorreta, você não poderá apagar o sistema de arquivos completamente do disco caso precise (lembre-se que você não criou uma partição), e a partição possui uma assinatura apropriada que identifica o sistema de arquivos.
=== 5.7.2 Criando um sistema de arquivos reiserfs em um arquivo ===
O sistema de arquivos <code>reiserfs</code> também poderá ser criado em um arquivo, usando os mesmos benefí­cios descritos em [#s-disc-ext2-criando-a Criando um sistema de arquivos EXT2 em um arquivo, Seção 5.3.2]. Para fazer isso execute os seguintes passos em sequência:
*# Use o comando dd if=/dev/zero of=/tmp/arquivo-reiserfs bs=1024 count=33000 para criar um arquivo <code>arquivo-reiserfs</code> vazio de 33Mb de tamanho em <code>/tmp</code>. Você pode modificar os parâmetros de of para escolher onde o arquivo será criado, o tamanho do arquivo poderá ser modificado através de count. Note que o tamanho mí­nimo do arquivo deve ser de 32Mb, devido aos requerimentos do <code>reiserfs</code>.
*# Formate o arquivo com mkreiserfs -f /tmp/arquivo-reiserfs. Ele primeiro dirá que o arquivo <code>arquivo-reiserfs</code> não é um dispositivo de bloco especial (uma partição de disco) e perguntará se deve continuar, responda com y.
O sistema de arquivos ReiserFS será criado em <code>/tmp/arquivo-reiserfs</code> e estará pronto para ser usado.
*# Monte o arquivo <code>arquivo-reiserfs</code> com o comando: mount /tmp/arquivo-reiserfs /mnt -t reiserfs -o loop=/dev/loop1. Note que foi usado o parâmetro -o loop para dizer ao comando <code>mount</code> para usar os recursos de loop do kernel para montar o sistema de arquivos. O parâmetro -t reiserfs poderá ser omitido, se desejar.
*# Confira se o sistema de arquivos ReiserFS em <code>arquivo-reiserfs</code> foi realmente montado no sistema de arquivos digitando df -T. Para detalhes, veja [ch-cmdv.html#s-cmdv-df df, Seção 10.3].
Pronto! o que você gravar para <code>/mnt</code> será gravado dentro do arquivo <code>/tmp/arquivo-reiserfs</code>. Você poderá usar todos os recursos de um sistema de arquivos reiserfs como permissões de arquivos e diretórios, links simbólicos, etc.
O uso da opção loop=/dev/loop1 permite que o dispositivo <code>/dev/loop1</code> seja associado ao arquivo <code>/arquivo-reiserfs</code> e assim permitir sua montagem e uso no sistema.
** Você poderá usar apenas -o loop com o comando <code>mount</code>, assim o kernel gerenciará automaticamente os dispositivos de loop.
** Caso faça isto manualmente, lembre-se de usar dispositivos /dev/loop? diferentes para cada arquivo que montar no sistema. Pois cada um faz referência a um único arquivo.
=== 5.7.3 Nomeando uma partição de disco ===
O comando <code>e2label</code> é usado para esta função.
e2label [''dispositivo''] [''nome'']
Onde:
*; ''dispositivo''
*: Partição que terá o nome modificado
*; ''nome''
*: Nome que será dado a partição (máximo de 16 caracteres). Caso seja usado um nome de volume com espaços, ele deverá ser colocado entre "aspas".
Se não for especificado um nome, o nome atual da partição será mostrado. O nome da partição também pode ser visualizado através do comando <code>dumpe2fs</code> (veja [#s-disc-dumpe2fs dumpe2fs, Seção 5.7.5]).
Exemplo: e2label /dev/sda1 FocaLinux, e2label /dev/sda1 "Foca Linux"
=== 5.7.4 Criando o diretório especial <code>lost found</code> ===
5.6.4 Criando o diretório especial lost+found O utilitário <code>mklost+ found</code> cria o diretório especial <code>lost+ found</code> no diretório atual. O diretório <code>lost+ found</code> é criado automaticamente após a formatação da partição com o <code>mkfs.ext2</code>, a função deste diretório é pré-alocar os blocos de arquivos/diretório durante a execução do programa <code>fsck.ext2</code> na recuperação de um sistema de arquivos (veja [ch-manut.html#s-manut-checagem Checagem dos sistemas de arquivos, Seção 26.1]). Isto garante que os blocos de disco não precisarão ser diretamente alocados durante a checagem. mklost+found OBS: Este comando só funciona em sistemas de arquivos ext2 Exemplo: cd /tmp;mklost+found;ls -a
mklost found
OBS: Este comando só funciona em sistemas de arquivos ext2
Exemplo: cd /tmp;mklost found;ls -a
=== 5.7.5 dumpe2fs ===
Mostra detalhes sobre uma partição <code>Linux</code>.
dumpe2fs [''opções''] [''partição'']
Onde:
*; ''partição''
*: Identificação da partição que será usada.
*; ''opções''
*; -b
*: Mostra somente os blocos marcado como defeituosos no sistema de arquivos especificado.
Este comando lista diversas opções úteis do sistema de arquivos como o tipo do sistema de arquivos, caracterí­sticas especiais, número de inodos, blocos livres, tamanho do bloco, intervalo entre checagens automáticas, etc.
Exemplo: dumpe2fs /dev/sda1, dumpe2fs -b /dev/sda1
=== 5.7.6 Partição EXT2 ou Arquivo? ===
Criar uma partição EXT2 ou um arquivo usando o loop? Abaixo estão algumas considerações:
** A partição EXT2 é o método recomendado para a instalação do <code>GNU/Linux</code>.
** O desempenho da partição EXT2 é bem melhor se comparado ao arquivo porque é acessada diretamente pelo Kernel (SO).
** O arquivo EXT2 é útil para guardarmos dados confidenciais em disquetes ou em qualquer outro lugar no sistema. Você pode perfeitamente gravar seus arquivos confidenciais em um arquivo chamado <code>libBlaBlaBla-2.0</code> no diretório <code>/lib</code> e ninguém nunca suspeitará deste arquivo (acho que não...). Também é possí­vel criptografa-lo para que mesmo alguém descobrindo que aquilo não é uma lib, não poder abri-lo a não ser que tenha a senha (isto é coberto no documento <code>Loopback-encripted-filesystem.HOWTO</code>).
** O uso do arquivo EXT2 é útil quando você está perdendo espaço na sua partição EXT2 e não quer re-particionar seu disco pois teria que ser feita uma re-instalação completa e tem muito espaço em um partição de outro SO (como o Windows).
Você poderia facilmente copiar o conteúdo de <code>/var</code>, por exemplo, para o arquivo EXT2 <code>ext2-l</code> criado no diretório Raí­z do Windows, apagar o conteúdo de <code>/var</code> (liberando muito espaço em disco) e então montar <code>ext2-l</code> como <code>/var</code>. A partir de agora, tudo o que for gravado em <code>/var</code> será na realidade gravado no arquivo <code>ext2-l</code>.
Para o sistema acessar o arquivo, deve passar pelo sistema de arquivos loop e FAT32, isto causa um desempenho menor.
 
{{AutoNav}}