Logística/Localização/Selecção de locais/Avaliação e ponderação linear (LSR): diferenças entre revisões

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{{Nav2|'''[[Logística/Localização/Selecção de locais|Selecção de locais]]'''||[[../Selecção Sistemática do Local para uma Instalação|Selecção Sistemática do Local para uma Instalação]]|}}
 
A Avaliação e Ponderação Linear (LSR - Linear Scoring Rule) é uma ferramenta simples baseada na avaliação e selecção de locais de futuras instalações, isto é, permite decidir a melhor [[w:localização de instalações|localização de instalações]], como é o caso, por exemplo das cadeias de [[w:abastecimento|abastecimento]].A LSR tem como base a avaliação de factores de carácter quantitativo e qualitativo, que ao serem devidamente ponderados, permitem determinar uma [[w:localização|localização]], de entre várias possibilidades, em que a seleccionada se destaca das restantes em relação aos factores considerados. A [[w:qualidade|qualidade]] da decisão dependerá desses mesmos factores e respectivos pesos serem ou não apropriados ao problema e do rigor da avaliação das alternativas. Em resumo, a LSR pode abranger um grande leque de factores numa decisão usando uma [[w:matemática|matemática]] simples, o que torna esta [[w:ferramenta|ferramenta]] de decisão atractiva e aplicável em inúmeras áreas empresariais.
 
Este [[w:método|método]] desenvolve-se em redor de quatro passos, sempre com o objectivo de tomar a melhor decisão em relação à selecção de uma localização pelo que para começar, é necessário identificar os vários factores relevantes para a tomada de decisão entre as várias alternativas, tendo como preocupação por um lado , referir sempre que possível os factores de maior importância, possibilitando posteriormente uma observação de diferenças significativas entre as várias localizações, e por outro lado evitar referir factores de menor importância que à partida demonstrem um impacto menor na tomada de decisão.
 
O próximo passo é afectar a cada [[w:factor|factor]] uma ponderação, com uma ou duas casas decimais, numa escala de zero a um. Estas ponderações devem ser proporcionais à sua importância na tomada de decisão, isto é, um factor com um peso atribuído de 0,4 será quatro vezes mais relevante na [[w:tomada de decisão|tomada de decisão]] que um um factor que apresente um peso igual a 0,1. O somatório dos pesos atribuídos aos vários factores deverá ser igual a um.
 
De seguida, e analisando um factor de cada vez, deve-se classificar todas as localizações em relação a esse mesmo factor, numa escala de zero a dez ou zero a cem em que a classificação deve apresentar também uma lógica de proporção, ou seja, uma localização que tenha 4 de classificação deve ser duas vezes melhor que uma outra classificada com 2, ou em contrapartida, caso o factor em análise seja os custos e a localização seja classificada com 4, esta será uma alternativa duas vezes pior que outra classificada com 2. Um aspecto importante nesta fase de análise é o facto de não de utilizar classificações ordinais, tais como 10 para o melhor factor, 9 para o segundo melhor e assim sucessivamente, uma vez que as médias ponderadas deste tipo de análise não apresentam nenhum significado.
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Supondo agora um caso em concreto, de uma [[w:empresa|empresa]] de hipermercados que pretende avaliar qual a melhor localização de entre três alternativas (A, B, C) para a construção de um novo [[w:hipermercado|hipermercado]], será que fazendo toda a análise segundo o método anteriormente referido, a empresa pode considerar o resultado da decisão fiável e definitivo?
Desde já pode afirmar-se que o primeiro resultado obtido pode não ser o melhor, isto é, admitindo que a alternativa B é a que surge como a melhor classificada, mas esta apresenta uma diferença mínima em relação a uma outra, o decisor terá de efectuar uma análise mais detalhada das opções disponíveis, possibilitando um conhecimento mais aprofundado das opções disponíveis, os prós e contras e até mesmo a importância de todos os factores.
 
Em suma é necessário estudar a razão de uma alternativa ter sido melhor classificada do que as restantes. Assim, e como ponto de partida, deve-se identificar quais os pontos fortes e fracos de cada alternativa e posteriormente reavaliar as classificações de cada alternativa para cada factor, reavaliar os pesos afectados e recalcular a classificação ponderada das várias alternativas com o objectivo de verificar a decisão inicial encontrada ou em última hipótese definir uma nova. Ao fazer esta análise secundária, recolhem-se novos dados e reavaliam-se as opções tornando o [[w:processo|processo]] de decisão iterativo e confiável, pois aprende-se mais sobre a decisão o que se irá traduzir numa escolha final mais fiável.
 
Associado a este processo de avaliação pode estar a [[w:análise de sensibilidade|análise de sensibilidade]], em que não se altera a ordenação das alternativas e é possível alterar o peso atribuído a certos factores dentro de um dado intervalo de variação. Desta forma é possível identificar onde é necessário atribuir novos dados ou aplicar avaliações mais precisas. Muitas das vezes este tipo de análise aplica-se quando existe uma discordância ou incerteza em relação aos pesos atribuídos aos factores.
 
Na prática, para tomar uma dada decisão podem ser necessários vários factores. Assim alguns governos e serviços de [[w:utilidade pública|utilidade pública]] fornecem formulários às pessoas de forma a efectuarem-se estudos de terrenos para localização.
 
Estes formulários são compostos por centenas de factores possíveis e dão a possibilidade de criar tabelas de análise, constituídas por elementos chave como factores de avaliação e respectivo peso, localizações alternativas, classificações finais, entre outros, todos eles convenientes e necessários para fazer uma óptima análise. Assim, e desta maneira, as empresas conseguem avaliar o máximo de factores considerados importantes e além disso estes formulários proporcionam um guia para a recolha de dados.