História do Brasil/O Primeiro Reinado: diferenças entre revisões

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==Governo de D. Pedro I==
[[Imagem:Debret31.jpg|thumb|Coroação de Pedro I.]]
Diversos foram os motivos que levaram D. Pedro I à abdicação. Seu pai, D. João VI, havia falecido em Portugal em 1826 e D. Pedro I fora proclamado seu sucessor. De início aceitou a herança do trono, dando inclusive uma Constituição a Portugal e nomeando uma regência para representá-lo. Com isto irritaram-se os brasileiros, que achavam que o imperador devia dedicar-se exclusivamente aos negócios dedo Brasil. Portugal
 
Para acalmá-los, Pedro I renunciou à coroa brasileiraportuguesa em favor de sua filha D. Maria da Glória, ainda menor, estabelecendo que ela deveria casar-se com D. Miguel, irmão de D. Pedro I, e esse governaria como regente enquanto durasse a menoridade da princesa. Contudo, não se realizaram os planos do Imperador: em 1828 D. Miguel proclamou-se rei de Portugal, implantou um governo despótico e recusou-se a desposar a sobrinha, mandando-a de volta ao Brasil.
 
A estas preocupações de D. Pedro I com a sucessão portuguesa juntavam-se outros fatos, que contribuíram decisivamente para a sua impopularidade: embora considerado "liberal por instinto", punha em prática cláusulas constitucionais absolutistas, o que acirrou os conflitos entre o Executivo e o Legislativo. Ao encerrar a sessão de 1829 do Legislativo, em vez da costumada e cerimoniosa "fala do trono", usualmente longa, limitou-se D. Pedro I a dizer: "Augustos e Digníssimos Senhores Representantes da Nação Brasileira: está fechada a sessão".
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O imperador, D. Pedro I, perdera a simpatia do povo ainda por outros motivos, entre os quais: a Guerra Cisplatina, com seu resultado negativo; a inquietação trazida pela revolta de três batalhões estrangeiros, que durante dois dias de junho de 1828, agitaram a Corte com sua resistência armada contra a disciplina militar e a ameaça de bombardeio do Rio por uma esquadra francesa, comandada pelo Almirante Roussin, que veio reaver navios franceses apresados na Campanha Cisplatina.
 
Paralelamente, animaram-se o espírito liberal e o nativista: criou-se uma sociedade secreta chamada Colunas do Trono, cujo objetivo era o restabelecimento do absolutismo no Brasil e para contrapor-se, organizaram-se outra sociedade secreta denominada Jardineira, ou Carpinteiros de São José. Tais agitações incrementaram-se em 1830: neste ano, a Revolução de 20011830 repercutia fortemente nos meios liberais brasileiros, que se solidarizavam com os revolucionários franceses para visar diretamente a política pessoal de D. Pedro I. No Aurora Fluminense, jornal que influenciava poderosamente os acontecimentos da época, [[w:Evaristo da Veiga|Evaristo da Veiga]] apontava ao imperador o exemplo do monarca francês, Carlos X, prevendo-lhe o mesmo fim. Em São Paulo, por causa dessas agitações, várias pessoas foram presas; e tendo protestado contra essas prisões pelas colunas do Observador Constitucional, o jornalista Libero Badaró foi assassinado. Acusou-se o Governo como mandatário do crime e tributaram-se homenagens públicas e ruidosas a Badaró, considerado mártir da liberdade.
 
Em uma tentativa de recuperação do prestígio perdido, em fins de 20291830 D. Pedro I empreendeu uma viagem a Minas Gerais onde era forte a corrente liberal liderada por Bernardo Pereira de Vasconcelos; foi, porem, infeliz: por toda parte recebiam-no com frieza e diz-se que, em Barbacena, ouviu dobres de sinos por Libero Badaró. Ao regressar de Minas, seus partidários (chamados adotivos por serem portugueses que haviam optado pela nacionalidade brasileira) quiseram fazer-lhe uma homenagem, preparando-lhe "manifestações com luminárias"; os nacionais opuseram-se violentamente a essas manifestações e entraram em conflito com os adotivos. Esse conflito passou à História com o nome de Noite das Garrafadas.
 
Tais distúrbios repercutiram intensamente, razão por que os deputados liberais assinaram uma representação a D. Pedro I, redigida por Evaristo da Veiga: protestavam contra as ameaças de prisão feitas aos brasileiros e exigiam a punição dos portugueses responsáveis pelas "garrafadas". Em 20 de março de 1831, em uma derradeira tentativa de conciliação, o imperador nomeou um ministério composto de brasileiros natos. Não obstante, a este ministério fez logo suceder outro, considerado da linha absolutista, chamado Ministério dos Marqueses, composto dos Marqueses de Aracati, Paranaguá, Baependi e Inhambupe, além do Visconde de Alcântara.
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[[Categoria:História do Brasil]]