A evolução tecnológica/Navegação, implementos e o grande desenvolvimento da agricultura: diferenças entre revisões

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Agora, após passado um período de quase estagnação evolutiva, começam a ocorrer evoluções significativas. Assim, algumas das maiores invenções da Idade Média, foi a criação de implementos agrícolas, que possibilitaram gerar um excedente de produção.
 
[[Ficheiro:Northern-Europe-region-map-extended.png|thumb|100px|Europa setentrional.]]
[[File:Plodozmian.jpg|thumb|Plantação moderna que emprega rotação de culturas.]]
 
Assim, ocorreu a substituição do velho arado de madeira ou de ferro pela charrua (ou arado pesado), este por ser mais pesado fazia sulcos mais profundos na terra, possibilitando um maior cultivo; permitia a aragem de duros solos argilosos, os quais compreendiam grande parte da Europa Setentrional. Outra invenção, foi a nova forma de atrelar os animais (prender à esses animais o arado), através do arreio mais rígido, e pela substituição da tração do boi pela do cavalo. O moinho de roda, passou a funcionar pela força hidráulica ou animal, melhorando o poder de moer. E, além desses implementos, foi implantado uma técnica de rotação do plantio — isto é, mudar o produto cultivado a cada período de tempo — e de adubamento, nos quais consistiam em deixar a terra sempre produtiva.
 
A indústria manufatureira foi se expandindo. Abrangiam artigos de madeira, osso, couro e, principalmente, tecido de lã. Assim, tomando por base a indústria têxtil, havia nela uma divisão do trabalho, cada um responsável por uma etapa. Foram inventados implementos para a produção: a roca e o fuso, que serviam para produção dos fios de tecido; o tear, que consistia em um objeto horizontal movido a pedais; e o pisão, no qual consistia em reforçar os fios de tecido, apertando uns contra o outro. Esses inventos surgiram por volta do século XIII, triplicando a produção, e surgindo um próspero mercado consumidor, onde teve a necessidade de uma organização para discutir-se os preços, qualidades e possibilidades de mercado.
 
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Ficheiro:Irish spinning wheel.jpg|Roca
Ficheiro:Vincent Willem van Gogh 139.jpg|Tear
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[[File:Archery competition.jpg|thumb|Arco e flecha modernos.]]
 
Quanto aos armamentos, as armaduras ganharam mais mobilidade. As pesadas armaduras e cavaleiros, foram substituídas por guerreiros que lutavam sem cavalos, ou seja a pé, e utilizavam como armas, o arco e flecha: armas que atiravam a uma distância de 400 metros, e tinham força para perfurar as antigas armaduras dos cavaleiros. Um exemplo dessa eficácia foi na Guerra dos Cem Anos, onde arqueiros inglesas derrotaram milhares de cavaleiros franceses devido a esses aperfeiçoamentos que disponibilizaram maior mobilidade. Após essa arma, foi desenvolvida outra mais moderna e destruidora: a arma de fogo.
 
[[Ficheiro:N110 ruuti.jpg|thumb|150px|Pólvora.]]
 
Antes da introdução da arma de fogo, foi consagrada uma descoberta fundamental para o desenvolvimento dessa arma: a pólvora. Esse explosivo já era utilizado no século XI, pelos chineses, para fabricar fogos de artifício; e, no século XIV, foi introduzido pelos árabes, e começou a ser utilizado pelos europeus para impulsionar projéteis. Passou, então, a denominar pólvora negra. Compunha-se por nitrato de potássio (salitre), carvão vegetal e enxofre. Após isso, comprimia-se essa mistura e a fragmentava em grânulos de vários tamanhos. Os grânulos eram peneirados e separados de acordo com seu tamanho, cada um para determinado uso. A característica da pólvora — bem como a sua força explosiva — dependia da proporção correta dos ingredientes e de suas qualidade. Desse modo, o carvão proveniente de uma variedade de corniso (determinado tipo de arbusto) para a fabricação da pólvora era utilizado em armas leves, enquanto o carvão de salgueiro e amieiro — estas, plantas semelhantes — eram para a fabricação de pólvora utilizada pela artilharia.
 
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Ficheiro:Potassium nitrate.jpg|Nitrato de potássio.
File:Charcoal2.jpg|Carvão vegetal.
File:Sulfur powder.jpg|Enxofre.
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[[File:Ballista.jpg|thumb|Balista.]]
 
Agora, já descoberto a pólvora, foi desenvolvido na China, a arma de fogo. Sendo em meados do século XIII mais comumente utilizada. Em 1272, porém, os chineses já usavam uma espécie de balista (arma que lança projéteis de lanças e azagaias), sendo posteriormente adaptada para um canhão mais eficiente. Por volta de 1326, foi desenvolvido na Inglaterra canhões, com um orifício na base, onde a carga era acesa. Esses canhões eram enchidos com pólvora, e atiravam um único projétil, provavelmente de ferro; o estrondo causado pelo lançamento do projétil era mais temeroso que o próprio dano causado pelo tiro. Entretanto, logo foi substituído, sendo em 1350 desenvolvidas dois tipos básicos de armas: armas pesadas com suporte, ou seja, os canhões; e armas leve de mão.
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O comprimento do cano, a partir de 1420, passou a ser maior. E o estopim passou a estar localizado em um cano articulado, no qual era possível baixá-lo sobre o orifício de ignição, pressionando um gatilho. A arma, chamada de bacamarte, era montada em uma coronha de madeira, podendo ser apoiada contra o ombro (foi precursora dos mosquetes e rifles). E, além disso, desenvolvia-se uma arma leve de mão menor: a pistola. Nesse mesmo período, foi desenvolvido uma nova técnica de canhões de bronze, onde era fabricado sob uma única peça sólida, perfurado por um dispositivo hidráulico. E, assim, os canhões distinguiram-se em dois modelos: a bombarda, de cano grosso e curto, que disparava projéteis pesados; e a colubrina, de cano longo, e com a vantagem de disparar projéteis mais leves a uma longa distância.
 
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O transporte, inicialmente, era muito dispendioso, implicando sua utilização apenas para objetos de alto valor. Porém na Europa, para o transporte de objetos de baixo valor, foi utilizado as vias marítimas, devido à grande quantidade de rios que atingiam várias regiões européias. Por outro lado, o custo do transporte terrestre era o inverso, sendo também deficiente quanto à conservação das estradas, e implicando a execução do transporte terrestre através de comboios de cargueiros. Havia, também, outras regiões que podiam usufruir das vias marítimas, porém não tão eficazes quanto às européias: Índia e Oriente Médio.
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Ficheiro:Zamek w Malborku - bombarda.jpg|Bombarda.
File:Colubrina Welsperg.jpg|Colubrina.
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O transporte, inicialmente, era muito dispendioso, implicando sua utilização apenas para objetos de alto valor. Porém na Europa, para o transporte de objetos de baixo valor, foi utilizado as vias marítimas, devido à grande quantidade de rios que atingiam várias regiões européiaseuropeias. Por outro lado, o custo do transporte terrestre era o inverso, sendo também deficiente quanto à conservação das estradas, e implicando a execução do transporte terrestre através de comboios de cargueiros. Havia, também, outras regiões que podiam usufruir das vias marítimas, porém não tão eficazes quanto às européiaseuropeias: Índia e Oriente Médio.
 
Praticamente somente a Europa apresentava condições favoráveis de rotas marítimas. Começando, antecipadamente à outras regiões, a exploração dessas rotas, e implicando mais rapidamente no desenvolvimento da construção de navios e na navegação. Possibilitaram, assim, um grau de segurança maior, necessário para a navegação nas altas marés. Um dos inventos foi o leme (aparelho usado na parte traseira do barco, tendo a função de lhe dar direção), este substituiu o antigo remo (alavanca de madeira que serve para impulsionar o barco) com timoneira (vão do barco onde gira-se o remo). Ocorreram também muitos outros inventos, tal como os promovidos pelos chineses: a bússola; quilhas corrediças (peça de madeira que fica mergulhada na água, e estende-se de uma a outra extremidade do navio); velas de pano; e um aumento do tamanho e força das embarcações.
 
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File:Adler von Lübeck. Model ship 05.jpg|Leme.
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Um invento muito importante para a navegação, foi a invenção da bússola — no ano de 1040, pelos chineses, baseando-se em informações de fabricação da agulha magnética. Originalmente, consistia em um pedaço de magnetita (óxido de ferro magnético) — este tinha uma forma ovalada — que era colocado para flutuar na água. Com o decorrer do tempo, os chineses aprenderam formas de magnetizar o ferro: friccionando-o com magnetita; ou aquecendo e depois deixando-o imóvel até esfriar.