A evolução tecnológica/Navegação, implementos e o grande desenvolvimento da agricultura: diferenças entre revisões

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File:Adler von Lübeck. Model ship 05.jpg|Leme.
File:Kompas Sofia.JPG|Bússola.
File:Yacht keel.svg|Quilha (não-corrediça).
FIle:Kraweel1.jpg|Vela de pano.
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[[Ficheiro:Magnetyt1, Boliwia.jpg||thumb|Magnetita]]
 
Um invento muito importante para a navegação, foi a invenção da bússola — no ano de 1040, pelos chineses, baseando-se em informações de fabricação da agulha magnética. Originalmente, consistia em um pedaço de magnetita (óxido de ferro magnético) — este tinha uma forma ovalada — que era colocado para flutuar na água. Com o decorrer do tempo, os chineses aprenderam formas de magnetizar o ferro: friccionando-o com magnetita; ou aquecendo e depois deixando-o imóvel até esfriar.
 
Provavelmente, a bússola foi primeiramente utilizada para profecias, sendo somente em 1115 d.C. utilizada para a navegação. No início, tratava-se de um instrumento inadequado para a navegação em alto mar, somente em mares calmos. (Civita, 1976:91). Assim, a bússola teve, por volta de 1300, dois aperfeiçoamentos. O primeiro consistiu na colocação da bússola em anéis de sustentação, estes concêntricos e articulados de tal modo que quando o navio balançava, a bússola permanecia na vertical. O segundo, foi a introdução da rosa-dos-ventos, esta marcada com os quatros pontos cardeais básicos e suas subdivisões. Antes da implantação desse aperfeiçoamento, a bússola não era tão precisa, e o navegador precisava ainda basear-se em outros fatores — como sol, lua e estrelas. Já agora, era possível os navegantes traçarem com precisão o seu curso marítimo. Esse equipamento teve uma importância fundamental (Civita, 1976:92): a rosa-dos-ventos, talvez mais do que qualquer outro equipamento, possibilitou as explorações marítimas promovidas por portugueses e espanhóis no século XV, estas chegaram ao seu auge com a descoberta dos caminhos marítimos para as Índias e viagens ao Novo Mundo.
 
[[Ficheiro:Mural Quadrant - by John Bird - London 1773.jpg|thumb|Quadrante.]]
 
Os navegantes tinham condições precárias para medir grandes distância antes da invenção do quadrante, bem como era difícil aos astrônomos determinar a distância dos astros (estrelas, planetas, etc.). O quadrante foi primeiramente utilizado para medir distância dos astros, sendo uma versão simplificada do astrolábio. O primeiro quadrante a ser construído foi em 1220 d.C., e consistia em uma peça metálica, com a forma de uma quarta de um círculo, dotada de uma escala em sua borda e um fio de prumo — para determinar a direção vertical — suspenso do vértice do ângulo reto. Havia também, além do quadrante de medida, o quadrante de horários. Surgiram no fim do século XIII, servindo como relógio de sol de altitude, onde determinava-se a hora pela altura do sol acima da linha do horizonte. Nos séculos posteriores ao fim da Idade Média, ocorreram grandes aperfeiçoamentos, tornando-os mais precisos e mais comum sua utilização na navegação.
 
A arquitetura nesse período assume o estilo gótico. Este caracteriza-se pela imensa claridade refletida através dos vitrais, muito utilizados. As janelas assumem um estilo em forma de arcos ogivas (arcos que se cortam superiormente); as torres têm formas pontiagudas, afiladas, e apresentam-se em grandes quantidades — ao contrário do estilo românico.
 
[[File:Waterwheel-Uzhhorod.jpg|thumb|Roda d'água (pequena e desativada).]]
 
A força hidráulica começa — a partir do século XI, e até o século XIV — a se ampliar rapidamente. Antes desses séculos, na Alta Idade Média e até mesmo na Antiguidade, embora tenha sido utilizada, restringiu-se somente a poucas regiões: Ásia Menor, no século I a.C., e entre os romanos; e um pouco mais abrangente no século IX — Alta Idade Média —, na região da Europa. Assim, quando a roda d’água começou a se expandir, ficou cada vez mais comum o seu uso para moer cereais, ou também para outras utilidades. O desenvolvimento dessa técnica de aproveitamento das águas, foi favorecida na Europa, devido sua abundância de rios, e na Ásia, somente na região da China, pois esta tinha uma abundância de rios.
 
 
O mais importante aperfeiçoamento desses moinhos foi a adaptação de projeções ao eixo principal. Esses permitiram a construção de mecanismos de trituração, engatando hastes em colunas verticais; ou mesmo adaptar eixos de martelos articulados, para obter martinetes (grande martelo movido a água). Os martinetes tinham a função de auxiliar os artesãos na fabricação de peças, maiores que as comuns, de ferro forjado.
 
A energia hidráulica foi introduzida à indústrias, sendo utilizada nas mais diversas atividades. Equipamentos movidos a água com a função de se prensa, foram utilizados para: prensar a lã, e produzir o feltro; transformar minerais coloridos em pó, para a produção de tinta; triturar as azeitonas, para a fabricação de azeite; nas cervejarias, para obter-se a pasta de cevada; e para a manufatura de papel. Outros equipamentos, eram serras movidas à energia hidráulica para cortar madeira; e minas equipadas com guindastes hidráulicos. No século XV, essa energia já era utilizada para quase todas atividades industriais.
 
[[File:Muehle donsbrüggen.JPG|thumb|Moinho de vento (do tipo que só gira com vento de uma direção).]]
[[File:Britzer Muehle Mahlgang.JPG|thumb|Interior de um moinho.]]
 
Os moinhos de vento são aperfeiçoados, e ganham diversos modelos — ao contrário do que ocorrera na Alta Idade Média. Além da variedade de modelos, há uma condição fundamental para sua utilização em diferentes regiões: podem aproveitar o vento vindo de qualquer direção. É provável que tenha surgido na França ou na Inglaterra, pois nesses locais encontra-se referências de madeira, como casas, e os moinhos eram também feitos de madeira. Suas construções possuíam, no topo, uma casa com telhado triangular. As asas verticais que giravam sobre um eixo fixo desapareceram, sendo construído um eixo móvel no qual girava sobre uma coluna. Esta era fixada ao solo por meio de travessas. Em sua extremidade superior havia um mancal de ferro (peça onde giram os eixos) fortemente fixada no interior da casa do moinho. Na extremidade inferior estava o rotor, por onde girava a coluna. Para o funcionamento do rotor, havia uma roda dentada presa ao eixo, que engrenava-se com os raios de outra roda, onde transmitia a força à coluna, e então esta acionava o moedor.
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A impressão, nesse período, expandiu-se para todo o mundo de uma forma menos dispendiosa, e incentivando o processo de comunicação. Isso, pois, Johannes Gutenberg desenvolveu — na Alemanha, no século XV — um método de produzir letras de metal para impressão: os tipos, metálicos e móveis. Assim, para a impressão, os tipos eram juntados formando palavras e colocados em uma prensa, sendo depois separados. O primeiro livro impresso com essa técnica foi feito por Gutenberg, e era uma edição em latim da Bíblia.
 
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Ficheiro:Metal type.svg|Tipo.
Ficheiro:Metal movable text.jpg|Tipos móveis formando uma frase.
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