Civilização Aruaque/Cultura: diferenças entre revisões

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[[File:Mangabeira.png|center|300px|thumb|Mangabeira]]
O algodão era utilizado para se produzir redes de dormir (as ''hamaca'', que foram incorporadas pelo idioma espanhol) e tangas.
Os aruaques eram polígamos e o número de mulheres de cada homem era proporcional a sua importância social. Os territórios aruaques eram divididos em cacicados, cada qual comandado por um ''cacique''. Os caciques tinham alguns privilégios: moravam em uma casa quadrada, diferente das casas redondas dos demais; se sentavam em bancos de madeira nas recepções a outros chefes e nas festas; e usavam pingentes dourados no pescoço, chamados ''guanin''. O poder religioso era detido pelos ''bohike''. A religião aruaque centralizava-se no culto a deuses e antepassados (chamados ''zemí'' na cultura taíno), os quais muitas vezes eram representados emsob a forma de objetos de madeira, cerâmica, conchas, algodão ou pedra, ou sob a forma de desenhos na rocha (petroglifos). Nas lendas e histórias tradicionais dos povos aruaques, um tema frequente é o sofrimento: seja o sofrimento causado pela chegada do homem branco<ref>SILVA, A. C. (org). ''Lendas do Índio Brasileiro''. Rio de Janeiro: Tecnoprint. p.9</ref>, seja o sofrimento relacionado à origem mítica da mandioca, que teria se originado a partir do sepultamento de uma filha ainda viva que então teria se transformado na raiz da mandioca<ref>SILVA, A. C. (org). ''Lendas do Índio Brasileiro''. Rio de Janeiro: Tecnoprint. p.27</ref>, seja o sofrimento de uma estadia no céu<ref>SILVA, A. C. (org). ''Lendas do Índio Brasileiro''. Rio de Janeiro: Tecnoprint. pp.48-52</ref> etc. Os tainos desenhavam pictogramas nas cavernas, contando histórias através dos desenhos. Isto demonstra que estavam chegando próximos à descoberta da escrita.
[[File:Caritas Enriquillo.jpg|center|300px|thumb|Petroglifos tainos em Lago Enriquillo, na República Dominicana]]
[[File:Piktograf1.png|center|400px|thumb|Pictogramas tainos nas Cavernas Pomier, na República Dominicana, escritos em 1510 e descrevendo a chegada de missionários cristãos à ilha]]
Os aruaquestaínos comerciavam com os astecas e maias. Produziam argolas para o nariz e anéis de ouro e prata. Tatuavam a pele por motivos religiosos. Periodicamente, se reuniam para celebrar festas, celebradas nos ''batey''.
[[File:Arowakse vrouw in klederdracht.jpg|center|200px|thumb|Mulher aruaque com argola de prata adornando o nariz]]
Muitas palavras de origem aruaque se incorporaram aos idiomas dos colonizadores europeus, como "iguana", "''cayman''" ("jacaré", em inglês), "canoa", "tomate", "batata", "''barbecue''" ("churrasco", em inglês), "''manatí''" ("peixe-boi", em espanhol), "cacau", "''maíz''" ("milho", em espanhol, "''maní''" ("amendoim", em espanhol), "goiaba", "canibal", "furacão"<ref>http://www.filologia.org.br/filologo/55.htm</ref>, "''anaconda''" ("sucuri", em inglês), "tabaco", "''yucca''" ("mandioca", em inglês) etc.
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[[File:Nicotiana tabacum jung.jpg|center|200px|thumb|Tabaco (''Nicotiana tabacum''). "Tabaco" vem do termo homônimo taino que designa o tubo em forma de "Y" que os índios usavam para fumar o tabaco.<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 1637</ref>]]
[[File:1899 hurricane damage.jpg|center|400px|thumb|Danos causados pelo Furacão São Ciríaco em Porto Rico, em 1899. "Furacão" vem do termo taino ''hurakán''.<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 822</ref>]]
Muitos líderes aruaquestaíno que foram mortos pelos espanhóis se tornaram heróis nacionais de nações caribenhas atuais. Por exemplo: Hatuey, em Cuba; Anacaona, no Haiti; e Enriquillo, na República Dominicana.
[[File:Enriquillo Statue Santo Domingo.jpg|center|180px|thumb|Estátua de Enriquillo em Santo Domingo, na República Dominicana]]
[[File:Hatuey monument, Baracoa, Cuba.JPG|center|160px|thumb|Monumento a Hatuey no local de sua morte, em Baracoa, Cuba]]