História do Brasil/O Primeiro Reinado: diferenças entre revisões

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Tais distúrbios repercutiram intensamente, razão por que os deputados liberais assinaram uma representação a D. Pedro I, redigida por Evaristo da Veiga: protestavam contra as ameaças de prisão feitas aos brasileiros e exigiam a punição dos portugueses responsáveis pelas "garrafadas". Em 20 de março de 1831, em uma derradeira tentativa de conciliação, o imperador nomeou um ministério composto de brasileiros natos. Não obstante, a este ministério fez logo suceder outro, considerado da linha absolutista, chamado Ministério dos Marqueses, composto dos Marqueses de Aracati, Paranaguá, Baependi e Inhambupe, além do Visconde de Alcântara.
 
O povo revoltou-se, reunindo-se mais de duas mil pessoas no Campo de Santana, que, insufladas por Evaristo da Veiga, Odorico Mendes, Borges da Fonseca e outros, exigiram a demissão do Ministério dos Marqueses e a conseqüente reposição do anterior. Entretanto, diante da exigência da multidão, D. Pedro I respondeu, entre outras coisas: "Tudo farei para o povo; nada, porem, pelo povo." Ao ministro francês Pontois que o visitou nestes dias, D. Pedro I confidenciou: "Não querem mais saber de mim porque sou português. De há muito esperava isso, e anunciei-o após a minha viagem a Minas. Meu filho tem sobre mim a vantagem de ser brasileiro". Recorreu-se ainda a mediação, junto ao imperador, do Brigadeiro Francisco Lima e Silva; D. Pedro I manteve-se irredutível e isto determinou a adesão das tropas ao movimento popular, que se avolumava incessantemente. Perto da meia-noite o Batalhão do Imperador manifestou-se favorável às reivindicações da multidão. Sem apoio militar, D. Pedro I quis reconsiderar a situação, mas a seu modo, formando novo ministério com o Senador Vergueiro, que não foi encontrado. Pouco depois, as 2 horas da manhã de 7 de abril de 1831, D. Pedro I entregou ao Major Miguel de Frias a sua abdicação, redigida nos seguintes termos: "Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei mui voluntariamente abdicado na pessoa do meu muito amado e prezado filho, o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista, 7 de abril de 1831, 10.° da Independência e do Império." Simultaneamente, nomeou [[w:José Bonifácio de Andrada e Silva|José Bonifácio de Andrada e Silva]] tutor de seus filhos, já que o futuro D. Pedro II era então uma criança de 5 anos. Acompanhado de sua esposa, D. Amélia de Leuchtenberg, e de sua filha D. Maria da Glória, dirigiu-se em escaler a nau inglesa Warspite, onde permaneceu durante 4 dias, a bordo do qual escreveu um bilhete de despedida do Brasil:"Eu me retiro para a Europa, saudoso da Pátria, dos filhos, e de todos os meus verdadeiros amigos. Deixar objetos tão caros é sumamente sensível, ainda no coração mais duro; mas deixá-los para sustentar a honra, não pode haver maior glória. Adeus Pátria, adeus amigos e adeus para sempre. Bordo da nau inglesa Warspite, 12 de abril de 1831. D. Pedro de Alcântara de Bragança e Bourbon". No dia seguinte transferiu-se para a fragata Volage, que partiu do Rio de Janeiro, com destino a Europa. Com a abdicação findou-se o Primeiro Reinado, iniciando-se o Período das Regências.Tudo isso e mais blábláblá :)
 
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