Budismo/História do Budismo: diferenças entre revisões

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Com o fim do Império Mauria, outros reinos continuaram a apoiar o Budismo, como por exemplo os reinos formados pelos descendentes dos conquistadores macedônios de Alexandre Magno na Ásia. Estes reinos passaram para a história com o nome de reinos greco-bactrianos e reinos hindu-gregos. Famoso entre estes reinos foi o reino de Gandhara, na fronteira dos atuais Paquistão e Afeganistão, e que originou uma escola de arte com o mesmo nome, responsável provavelmente pela primeira representação humana de Buda. Até então, não se considerava respeitoso representar Buda sob uma forma humana, mas a influência cultural grega de Gandhara legou à criação de imagens de Buda com roupas e feições gregas. Tais imagens foram as precursoras de todas as imagens posteriores de Buda. Estes reinos de origem grega foram eventualmente destruídos por invasores turcos, os kushanas, que por sua vez continuaram a apoiar o Budismo. Um de seus soberanos, chamado Kanishka, passou inclusive para a história budista como o realizador do quarto concílio budista, em Purushapura (atual Peshawar, no Paquistão) ou em Srinagar, na Cachemira, por volta do ano 100, e que traduziu o Tipitaka do prácrito para o sânscrito. Por esta realização, Kanishka é conhecido como "o segundo Asoka". Embora escolas rivais tenham realizado um quarto concílio budista próprio, no Sri Lanka, em 29 a.C., sob o patrocínio do rei Vattagamani, e que resultou no primeiro registro escrito da doutrina budista: o Cânone Páli, a versão em páli do Tipitaka, que até então se conservava exclusivamente por via oral.<ref> http://www.berzinarchives.com/web/pt/archives/study/history_buddhism/buddhism_india/history_buddhism_india_before.html</ref>
[[File:SeatedBuddha.jpg|center|200px|thumb|Imagem de Buda da Escola de Gandhara dos séculos I-II]]
Da Índia, o Budismo atingiu Bangladesh, Mianmar, Sri Lanka, Paquistão, Afeganistão e oeste da China. Do oeste da China, se expandiu para o leste da China, as Coreias e o Japão. No ocidente, o Budismo teve escassa penetração. Constitui um exemplo célebre a visível influência budista na lenda cristã de Josafá e Barlaão, do século VI, que relata a descoberta por parte de um príncipe indiano (Josafá) da amarga realidade da vida e sua posterior conversão ao Cristianismo por Barlaão<ref>http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com/2008/10/novelstica-religiosa.html</ref>. O Budismo ainda penetrou na Indochina e na Indonésia, onde fez surgir o templo hindu-budista de Borobodur, por volta do século IX.
[[File:Borobudur-perfect-buddha.jpg|center|200px|thumb|Borobodur, na Indonésia]]
Porém, esta expansão do Budismo sofreu um revés a partir do século VII, com a expansão do Islamismo. Os muçulmanos somente toleraram cristãos e judeus, que seguiam a Bíblia, mas não budistas, por considerarem que o Budismo não se baseava na Bíblia. Com isto, em sua expansão, os muçulmanos destruíram importantes centros budistas, como Nalanda, na Índia. Somado ao ressurgimento do Hinduísmo na Índia, isto ocasionou a virtual extinção do Budismo na Índia, em Bangladesh, na Indonésia, no Paquistão, no Afeganistão e no oeste da China.