Mecânica dos fluidos/Fluxo turbulento do líquido Newtoniano: diferenças entre revisões

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Linha 11:
 
 
<center><math>\vec v \;=\; \vec v_m\bar v \;+\; \delta \vec v_mv</math></center>
 
 
Linha 17:
 
 
<center><math>\vec v \;=\; v \; \vec u_x \;=\; \vec v_m\bar v \;=\; \vec f(y,z)</math></center>
 
 
A tensão sobre um elemento de volume δV, área δA e comprimento δl, será, evidentemente, dada por equações como a seguinte
 
 
<center><math>\vec \tau \;=\; \frac {\mu_0}{\delta A} \; \vec v \;=\; \frac{\mu_0v}{\delta Al} \; \vec v_m \;+\; \frac{\mu_0}{\delta A} \; \delta \vec v_m \;=\; \vec \tau_l \;+\; \vec \tau_t</math></center>
 
 
onde v é a velocidade de uma face com relação à outra. Por exemplo,
onde δA é a área lateral do elemento de volume considerado, perpendicular ao ei X. Poderíamos também considera a tensão τ como composta por duas componentes: a primeira é aquela que apareceria se o fluxo fosse laminar e a velocidade naquele ponto fosse v<sub>m</sub>, e a segunda, aquela que aparece devido ao caráter turbulento do fluxo. Essa segunda componente é chamada de '''tensão de Reynolds'''. A tensão de Reynolds é desprezível em locais próximos às paredes, onde o fluxo pode, com boa aproximação, ser considerado laminar.
 
O efeito das flutuações de velocidade é a transferência de momento linear de um ponto do fluxo para outro adjacente. Assim, a tensão de Reynolds pode também ser escrita como a taxa de transferência de momento através da superfície do elemento de volume δV, área δA e comprimento δl:
 
<center><math>\vec \tau_ttau_{yx}(x_0,y_0,z_0) \;=\; \mu_0 \frac{v_x(y_0,y_0,z_0) \delta;-\; v_x(y_0,y_0 \vec;+\; \delta Fy,z_0)}{\delta Ay} \;=\; \frac{mu_0 \; \frac{\deltad \vec; M}{\deltabar t}v_x}{\delta Ady}</math></center>
 
<center><math>\vec \tau_t \;=\; \frac{\delta \vec F}{\delta A} \;=\; \frac{\frac{\delta \vec M}{\delta t}}{\delta A}</math></center>
 
ondee δAassim épor adiante. área lateral do elemento de volume considerado, perpendicular ao ei X.Mas Poderíamospodemos também consideraconsiderar a tensão τ como composta por duas componentes: a primeira é aquela que apareceria se o fluxo fosse laminar e a velocidade naquele ponto fosse vexatamente <submath>m\bar v_x</submath>, e a segunda, aquela que aparece devido ao caráter turbulento do fluxo. Essa segunda componente é chamada de '''tensão de Reynolds'''. A tensão de Reynolds é desprezível em locais próximos às paredes, onde o fluxo pode, com boa aproximação, ser considerado laminar. :
 
<center><math>\vec \tau_t \;=\; \frac{\frac{\delta m \; \delta \vec v}{\delta t}}{\delta A} \;=\; \frac{\frac{\rho_0 \; \delta V \; \delta \vec v_m}{\delta t}}{\delta A} \;=\; \frac{\rho_0 \; \delta l \; \delta \vec v_m}{\delta t} \;=\; \rho_0 \; v_m \; \delta \vec v_m</math></center>
 
<center><math>\pi_1tau_{yx} \;=\; \frac{bar \tau_t}tau_{\tau_lyx} \qquad \pi_2 \;=+\; \frac{d}delta \tau_{Dyx}</math></center>
 
Assim, podemos escrever
 
Essa segunda componente é chamada de '''tensão de Reynolds'''. A tensão de Reynolds é desprezível em locais próximos às paredes, onde o fluxo pode, com boa aproximação, ser considerado laminar.
 
O efeito das flutuações de velocidade é a transferência de momento linear de um ponto do fluxo para outro adjacente. Assim, a tensão de Reynolds pode também ser escritaentendida como a taxa de transferência de momento através da superfície do elemento de volume δV, área δA e comprimento δl:, devida à componente flutuante da velocidade. Por exemplo,
<center><math>\tau \;=\; \frac{\mu_0} \; v_m \;-\; \rho_0 \; v_m \; \delta v_m</math></center>
 
 
A expressão acima mostra por que o escoamento é laminar próximo à parede: tanto v<subcenter>m</sub> quanto δv<sub>m</sub> decrescem nessa região. Em algumas situações, a expressão é escrita como <math>\fracdelta \tau_{\tau_tyx} \;=\; \frac{\fracdelta F_x}{\delta mA_x} \;=\; \frac{\frac{\delta \vec vM_x}{\delta t}}{\delta Ay \; \delta z} \;=\; \frac{- \; \frac{\rho_0 \; \delta V \; \delta \vecbar v_mv_x}{\delta t}}{\delta Ay \; \delta z} \;=\; - \; \frac{\rho_0 \; \delta lx \; \delta \vecbar v_mv_x}{\delta t} \;=\; - \; \rho_0 \; v_m\bar v_x \; \delta \vec v_mv_x</math></center>
 
A grandeza <math>\frac{\tau}{\pho_0}
 
onde o sinal negativo se deve ao momento estar deixando o volume de controle. Assim, podemos escrever
 
 
<center><math>\tautau_{yx} \;=\; \mu_0 \; \frac{\mu_0}d \; v_m\bar v_x}{dy} \;-\; \rho_0 \; v_m\bar v_x \; \delta v_mv_x</math></center>
 
 
e assim por diante. A expressão acima mostra por que o escoamento é laminar próximo à parede: tanto <math>\bar v_x</math>quanto δv<sub>x</sub> decrescem nessa região. Em algumas situações, as expressões são escritas da forma seguinte:
 
 
<center><math>\frac{\tau_{yx}}{\rho_0} \;=\; \frac{\mu_0}{\rho_0} \; \frac{d \; \bar v_x}{dy} \;-\; \bar v_x \; \delta v_x</math></center>
 
 
A grandeza <math>\sqrt{\frac{\bar \tau}{\rho_0}} \;=\; \sqrt{\frac{\mu_0}{\rho_0} \; \frac{d \; \bar v_x}{dy}}</math> é chamada '''velocidade de fricção''' e comumente denotada pelo símbolo u_*.
 
=== Levantamento experimental da tensão de Reynolds ===
 
Valores da tensão de Reynolds podem ser levantadas experimentalmente para valores diversos do número de Reynolds e em formas diversas de dutos. Em geral, utilizam-se grupos adimensionais como
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ou
<center><math>\pi_1 \;=\; \frac{\tau_t}{\tau_l} \qquad \pi_2 \;=\; \frac{d}{D}</math></center>
 
 
<center><math>\pi_1 \;=\; u^+ \;=\; \frac{\bar v}{u_*} \qquad \pi_2 \;=\; y^+ \;=\; \frac{\rho_0 \; d \; u_*}{\mu_0}</math></center>
 
 
onde d é a distância à parede e D uma medida representativa da largura do duto; por exemplo, o diâmetro, em caso de dutos de seção circular.
 
Os resultados experimentais indicam o seguinte:
# Em regiões muito próximas à parede <math>(0 \; \le \; y^ \; \le \; 5)</math>, vale a relação <math>u^+ \;=\; y^+</math>; essa região é chamada '''subcamada viscosa'''.
# Em regiões mais próximas ao centro do duto <math>(y^ \; \ge \; 30)</math>, vale a relação <math>u^+ \;=\; 5.0 \;+\; 2.5 \; \ln (y^)</math>.
# A região intermediária <math>(5 \; \le \; y^ \; \le \; 30)</math> é chamada de '''região de transição''' (ing. ''buffer layer'').
 
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