História de Niterói/Fundação: diferenças entre revisões
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A região atualmente ocupada por Niterói foi habitada há 9.000 anos atrás por povos coletores, caçadores e pescadores que deixaram como marcas de sua passagem grandes vestígios arqueológicos, os sambaquis. Sambaquis são os restos de conchas, esqueletos humanos, cerâmica, machados e pontas de flecha de pedra que foram soterrados e passaram por um processo de fossilização. Tais testemunhos são muito comuns no litoral brasileiro e são extremamente valiosos para que os arqueólogos de hoje possam compreender como funcionavam essas sociedades pré-históricas. Em Niterói, existe um grande sítio arqueológico de sambaquis ao lado da
[[Ficheiro:Mai exposição.JPG|center|350px|thumb|Exposição no Museu de Arqueologia de Itaipu]]
Os primeiros europeus a passarem pela região foram os portugueses na expedição de reconhecimento liderada por Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio, que, em primeiro de janeiro de 1502, descobriu a Baía de Guanabara, batizando-a "Rio de Janeiro". Porém, como não foram encontrados metais preciosos ou grandes impérios, a região não interessou aos portugueses. A região, contudo, já era habitada: estava ocupada pelos índios tamoio, grupo tupi que dominava desde Cabo Frio até a região de Bertioga, em São Paulo<ref>BUENO,EDUARDO.''Capitães do Brasil''.Rio de Janeiro:Objetiva,1999.p.66</ref>.
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[[Ficheiro:Rio 1555 França Antártica.jpg|center|300px|thumb|Mapa da França Antártica]]
[[File:Serigipe 1560 Forte Coligny.jpg|center|400px|thumb|Destruição do Forte Coligny]]
Porém os sobreviventes franceses, aliados aos índios tamoio, permaneceram na região e somente seriam definitavamente expulsos pelos portugueses em 1567. Nesse mesmo ano, os portugueses instalaram uma guarnição de artilharia na Praia de Fora em Niterói no antigo posto de observação francesa da entrada da Baía de Guanabara<ref>http://wikimapia.org/489143/pt/Forte-Bar%C3%A3o-do-Rio-Branco</ref>. Em toda esta luta contra os tamoio e os franceses, os portugueses contaram com a ajuda valiosíssima dos índios temiminó, que habitavam originalmente a atual Ilha do Governador, na Baía de Guanabara, mas que haviam sido expulsos de lá pelos tamoio. Os temiminó, na ocasião, se transferiram para a Capitania do Espírito Santo, onde se converteram ao Catolicismo, foram catequizados pelos jesuítas e ajudaram os portugueses a expulsar invasores holandeses. Com a invasão francesa, os portugueses recrutaram os temiminó para ajudar a expulsá-los. Como recompensa pela ajuda, os portugueses ofereceram ao líder dos temiminó, o cacique Arariboia ("Cobra Feroz", no idioma tupi. Arariboia também possuía um nome cristão de batismo, Martim Afonso de Souza), a porção direita da entrada da
[[Ficheiro:COA of Niterói.svg|center|200px|thumb|Brasão de Niterói]]
O aldeamento de São Lourenço dos Índios tinha uma posição estratégica: se localizava no alto de um morro, propiciando vista panorâmica da entrada da baía de Guanabara e era cercado de manguezais, o que dificultaria uma eventual invasão pela água. Foi na igreja de São Lourenço dos Índios, em 10 de agosto de 1583, que ocorreu a primeira encenação da mais famosa peça do jesuíta José de Anchieta: ''Jesus na Festa de São Lourenço''<ref>http://www.staff.uni-mainz.de/lustig/guarani/lingua_tupi.htm</ref>. Porém, a partir de 1587, com a morte de Arariboia, São Lourenço dos Índios entrou em decadência<ref>http://www.niteroitv.com.br/guia/niteroi_historia.asp</ref>. Em 1596, a bateria instalada na Praia de Fora rechaçou uma tentativa de invasão holandesa chefiada por Van Noorth<ref>http://wikimapia.org/489143/pt/Forte-Bar%C3%A3o-do-Rio-Branco</ref>.
Melhor sorte tiveram os núcleos de colonização portuguesa que se estabeleceram nos atuais bairros de São Domingos, Icaraí, Piratininga e Itaipu. Em Piratininga, os jesuítas possuíam a Fazenda do Saco, que produzia gêneros alimentícios para o colégio jesuíta na cidade do Rio de Janeiro, então chamada de São Sebastião do Rio de Janeiro. Os núcleos de colonização em Icaraí, Itaipu e São Lourenço foram elevados à condição de freguesia durante os séculos
[[File:São Luiz fort main entrance.JPG|center|400px|thumb|Entrada do Forte de São Luís]]
Por esta época, as principais atividades produtivas de Niterói eram a pesca da baleia, a agricultura, a pecuária, a produção de açúcar, farinha de mandioca e peixe-salgado. As baleias eram pescadas na
[[File:StCruzFort.jpg|center|400px|thumb|Fortaleza de Santa Cruz]]
[[Ficheiro:Mai patio.jpg|center|400px|thumb|Ruínas do Convento de Santa Tereza]]
[[File:Calçadão de São Francisco.jpg|center|400px|thumb|Praia de São Francisco]]
Niterói teve papel destacado em dois ataques de piratas franceses ao Rio de Janeiro durante o século XVIII. Na primeira, o francês Duclerc foi rechaçado pelos canhões da
[[File:Duguay-Trouin 1711.jpg|center|350px|thumb|Esquadra de Duguay-Trouin]]
[[File:Duguay-trouin-2.jpg|center|250px|thumb|Duguay-Trouin]]
Em 1819, atendendo aos apelos da população, o rei D. João VI, que costumava passar temporadas de férias no bairro de São Domingos, elevou a região à condição de vila: a Vila Real de Praia Grande. Esta data também consta do brasão da cidade atualmente.
[[File:Debret-djoãoVI-MHN.jpg|center|250px|thumb|D. João VI]]
[[File:Tropas brasileiras 1825.jpg|center|450px|thumb|''Revista Das Tropas Destinadas A Montevidéu Na Praia Grande''. Pintura de Debret de por volta de 1816, retratando o embarque, na
Em 1824, foi construída a Casa da Câmara e Cadeia, no Largo de São João, no lugar de um antigo cemitério indígena. Em 1826, João Caetano estreou num pequeno palco da
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