Mate/Maneiras de preparar a bebida: diferenças entre revisões

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[[File:Alfredo Andersen - Sapeco da erva-mate, s.d..jpg|center|400px|thumb|''Sapeco Da Erva-Mate'': pintura de Alfredo Andersen]]
[[File:Mate mit Stengeln.jpg|center|300px|thumb|Folhas e talos de erva-mate após o cancheamento]]
Preparada a erva, ela já pode ser consumida. Coloca-se a erva em um recipiente feito do fruto do porongo (uma trepadeira da família das cucurbitáceas e cujo nome científico é ''Lagenaria vulgaris'' ou ''Lagenaria siceraria''<ref>FERREIRA, A.B. de H.''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 1986. p.1368</ref><ref>http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Lagenaria_vulgaris.htm</ref>) ou do fruto da cuieira (outra cucurbitácea chamada ''Crescentia cujete''). Geralmente, o porongo é mais utilizado no Brasil, enquanto que a Argentina, o Uruguai e o Chile utilizam mais a cuieira. A erva deve preencher metade da cuia. Inclina-se a cuia de modo que o pó fique na parte lateral da mesma. Pode-se apoiar a erva com a mão ou com um prato. Coloca-se um pouco de água morna. Espera-se até que a erva "chupe" a água. Coloca-se mais água quente, até que a água chegue um pouco antes da borda da cuia. Coloca-se a bomba (canudo de metal) no líquido, mantendo o dedo polegar tampando o bocal da bomba. Tira-se o polegar do bocal da bomba. O chimarrão está pronto para ser tomado. É importante seguir todo este procedimento no preparo do chimarrão, pois, caso contrário, a bomba pode entupir, impossibilitando a sucção do líquido. Após o líquido ser sorvido inteiramente e a cuia "roncar", é só colocar mais água morna e voltar a beber. Quando a bebida perder o sabor, a erva deve ser trocada. Para evitar o entupimento da bomba, pode-se usar um filtro de pano chamado "camisinha"<ref>CAMARGO, J. E. ''Guia Brasil 2008''. São Paulo: Abril, 2008. p. 686</ref>.
[[File:Courge encore verte.jpg|center|250px|thumb|Porongo. Para fabricar a cuia do chimarrão, corta-se o fruto pela metade e utiliza-se a metade superior, que é chamada "flor do porongo".]]
[[File:Crescentia cujete (fruit and foilage).jpg|center|200px|thumb|Cuieira]]
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*TERERÉ:
 
É o método adotado no Paraguai (onde é chamado de ''tereré'', com o "e" grave no final) e no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul (onde é chamado de "tereré"). Ao contrário do chimarrão e do ''mate'', o tereré é feito com água fria, o que é mais adequado ao clima quente da região onde é normalmente consumido. O recipiente utilizado é a guampa (termo de origem quíchua que significa "chifre"), que normalmente é feita de um chifre de boi oco. Mas pode ser de alumínio, plástico, madeira ou qualquer outro material. A erva utilizada normalmente é um pouco mais grossa que a do chimarrão, pois apresenta uma proporção geralmente de 50% de erva reduzida a pó e 50% de restos de talo. Podem ser adicionadas outras ervas, sucos ou mesmo refrigerante ao mate. Para preparar o tereré, é utilizado o mesmo procedimento do chimarrão, com exceção da temperatura da água, que é fria. Devido ao fato de a água utilizada ser fria, o tereré apresenta maior tendência a entupir a bomba que o chimarrão. Algumas marcas de erva-mate apresentam maior tendência a entupir a bomba que outras. Uma curiosidade: o nome "tereré" vem do ruído do ronco da guampa, quando a bebida está terminando.
[[File:Guampa horn.jpg|center|300px|thumb|Diferentes modelos de guampa]]
[[File:Terere.jpg|center|300px|thumb|Guampa feita com ''palo santo'' (''Bursera graveolens'') com a bandeira paraguaia]]