A cidade do Rio de Janeiro no século XX/Segunda metade do século XX (continuação): diferenças entre revisões

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No início dos anos 1970, foi inaugurado na Lagoa o Tivoli Park, parque de diversões que se tornou uma grande fonte de lazer para os cariocas durante os anos da ditadura militar[1]. Na mesma época, foram inaugurados o elevado e o túnel do Joá, bem como a ponte sobre o canal da Joatinga, na Barra da Tijuca. Tais obras permitiram a ocupação da Barra da Tijuca por imensos condomínios autossuficientes nos moldes das superquadras de Brasília, como por exemplo o condomínio Novo Leblon, o Barramares, o Nova Ipanema etc.. Esses condomínios se tornariam a principal característica do bairro da Barra da Tijuca[2]. Ao longo da década, o paisagista Roberto Burle Marx remodelou a calçada da avenida Atlântica na praia de Copacabana[3]. Na mesma época, começou a ser construído um emissário submarino na praia de Ipanema que despejaria o esgoto em alto-mar. As obras criaram dunas na praia e ondas perfeitas para o surfe no mar. Estes fatos fizeram com que o local se tornasse ponto de encontro de intelectuais, hippies, artistas e surfistas. Eram as "dunas do barato" ou as "dunas da Gal". O local adquiriu fama internacional. Em 1970, foi criado o planetário da Gávea[4]. Em 1971, começou a funcionar a feira hippie na praça general Osório, em Ipanema[5]. Em 1972, foram concluídas as obras do hotel Nacional, na praia de São Conrado: um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer[6]. No mesmo ano, foi inaugurado o Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, mostrando a coleção pessoal de arte do empresário Castro Maya, que havia falecido em 1968[7].

Elevado do Joá: um marco para a história da engenharia brasileira
Nu de pé se penteando, quadro do século XIX de Edgard Degas que faz parte do acervo do Museu da Chácara do Céu

Em 1973, foi demolido o prédio do Cine Azteca, no Catete, para dar lugar ao Centro de Comércio do Catete. Em 1974, foi construída a Ponte Presidente Costa e Silva, ligando o Rio de Janeiro a Niterói[8]. No mesmo ano, o tradicional Café Lamas, que estava completando cem anos de existência no Largo do Machado, no Catete, foi forçado a se mudar para seu atual endereço na Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, por causa das obras de expansão da linha 1 do metrô[9]. Também foi criado o Parque Estadual da Pedra Branca, na zona oeste da cidade, abrangendo o ponto culminante da cidade: o Pico da Pedra Branca[10].

Ponte Presidente Costa e Silva
Bairro do Realengo visto a partir do Parque Estadual da Pedra Branca

Visando a compensar a perda do status de capital federal, o então Estado da Guanabara se fundiu ao Estado do Rio de Janeiro, cuja capital era Niterói, em 1975. A cidade do Rio tornou-se então o Município do Rio de Janeiro, capital do Estado do Rio de Janeiro.

Bandeira do Município do Rio de Janeiro (1975- )

Com a transferência das embaixadas estrangeiras para Brasília, o prédio da embaixada inglesa em Botafogo ficou à venda. A prefeitura do Rio então arrematou o imóvel para servir-lhe de sede, com o nome oficial de Palácio da Cidade.[11]

Ficheiro:Cidade.jpg
Palácio da Cidade

Ainda em 1975, o histórico Palácio Monroe, que já havia servido de pavilhão de exposições, Câmara dos Deputados e Senado Federal, foi demolido, embora grande parte da opinião pública fosse contrária à sua demolição[12]. Ao longo da década, foi construído o prédio da nova sede dos correios na Avenida Presidente Vargas na Cidade Nova[13]. O emissário submarino da Praia de Ipanema foi desmontado, pondo fim às "dunas do barato"[14]. Em 1976, outra construção histórica foi demolida: o prédio da faculdade de medicina da praia Vermelha, na Urca. Três anos antes, o curso de medicina já havia sido transferido para o novo campus da UFRJ na ilha do Fundão[15]. Em 1977, foi inaugurado o terminal um do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, o pastor evangélico Edir Macedo iniciou as atividades da Igreja Universal do Reino de Deus em um coreto no Jardim do Méier[16]. E foi aberto o restaurante Antiquarius, no Leblon. O restaurante se tornaria um das principais referências da gastronomia carioca[17].

Torre de controle do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro
Pastor Edir Macedo

Em 1978, o museu do índio mudou-se para um casarão histórico na rua das Palmeiras, em Botafogo[18]. Em 8 de julho desse ano, uma grande perda para a arte da cidade e do mundo: um incêndio destruiu praticamente todo o acervo do Museu de Arte Moderna. Obras importantes de Pablo Picasso, Joan Miró e Salvador Dalí se perderam para sempre[19]. Em 1979, foi inaugurada a nova Catedral Metropolitana, na Avenida Chile, em área formada pelo desmonte do Morro de Santo Antônio[20]. A cadeia de lanchonetes McDonald's chegou ao Brasil e abriu sua primeira loja na Rua Hilário de Gouveia, em Copacabana.

Catedral Metropolitana
Loja McDonald's

No mesmo ano, entrou em operação o metrô do Rio de Janeiro, inicialmente com cinco estações: Praça Onze, Central, Presidente Vargas, Cinelândia e Glória. O chafariz de ferro que se localizava na Praça da Bandeira foi deslocado para preencher o vazio deixado pela demolição do Palácio Monroe, no Centro[21]. E, com a Lei da Anistia, vários exilados políticos voltaram para a cidade, como Alfredo Sirkis, Fernando Gabeira, Betinho e o teatrólogo Augusto Boal[22]. Alguns deles escreveram livros autobiográficos que se tornaram best sellers tendo como cenário principal a cidade do Rio, como é o caso de O que É Isso, Companheiro?, de Gabeira, e Os Carbonários, de Sirkis.

Metrô do Rio de Janeiro

Em 1980, foi inaugurado o primeiro shopping center da cidade: o Shopping Rio Sul, em Botafogo. Fazia parte do shopping uma torre de escritórios que passou a ser o edifício mais alto da cidade. No alto da torre, passou a funcionar a boate Maxims[23]. No mesmo ano, a TV Tupi, instalada no antigo prédio do Cassino da Urca, deixou de funcionar, por problemas administrativos e financeiros. E o prédio da antiga sede da UNE, na Praia do Flamengo, foi demolido[24]. O Rio de Janeiro do início da década de 1980 foi retratado em dois filmes de cinema da época: Menino do Rio, de 1981, e Rio Babilônia, de 1982. Era a época do surgimento das bandas de rock brasileiro dos anos 1980. No Rio, os principais nomes eram: Blitz, Barão Vermelho, Lulu Santos, Lobão e Kid Abelha.

Lobão

Em 1981, foi inaugurado o Barra Shopping, na Barra da Tijuca[25]. Em 1982, foi inaugurado o novo prédio da prefeitura, que recebeu o apelido popular de "piranhão", por se localizar na antiga zona de prostituição da cidade[26]. O Palácio da Cidade, em Botafogo, ficou funcionando exclusivamente como local de trabalho do prefeito. Ainda em 1982, foi criado o Circo Voador: um espaço voltado para a apresentação de artistas iniciantes, inicialmente instalado na Praia do Arpoador e, posteriormente, transferido para a Lapa.

Centro Administrativo São Sebastião, onde funciona a Prefeitura do Rio de Janeiro
Circo Voador

A redemocratização do país, na transição da década de 1970 para a de 1980, trouxe a esperança de uma recuperação da cidade. O primeiro governador fluminense eleito nessa nova fase foi Leonel Brizola, em 1982, que deixou como seus principais legados o Sambódromo e os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública), ambos obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer.

Leonel Brizola
Sambódromo
Exemplo de um CIEP, escola pública de período integral

Em 1984, a campanha popular pela realização de eleições diretas para presidente reuniu um milhão de pessoas em um comício histórico em frente à Igreja da Candelária, no dia 10 de abril. Era a maior manifestação popular na história do Brasil até então. Mas as eleições diretas para presidente somente viriam a ocorrer cinco anos depois. No mesmo ano, foi inaugurado o painel Paisagem Urbana na fachada lateral da Escola de Música da UFRJ, no Largo da Lapa. O painel, de autoria do artista plástico Ivan Freitas, simulava um cenário natural[27].

A cantora Fafá de Belém, considerada a musa do movimento pelas Diretas Já, em 1983-1984

Em janeiro de 1985, realizou-se, na Barra da Tijuca, o festival de música Rock in Rio, que trouxe, pela primeira vez à América do Sul, os grandes nomes da música internacional. A partir desse ano, a Gávea Pequena, uma propriedade da prefeitura no Alto da Boa Vista, se tornaria a residência oficial dos prefeitos da cidade.

Banda de rock alemã Scorpions, uma das grandes atrações do Rock in Rio

Em 1989, foi inaugurado o edifício RB1, em estilo pós-moderno, no número 1 da Avenida Rio Branco, no centro da cidade, no lugar que era ocupado pela Casa Mauá, um remanescente dos primeiros prédios da avenida[28]. Em 1990, morreu, em sua cidade natal, o cantor carioca Cazuza, vítima da AIDS.

Cazuza

Em 1992, o Rio sediou a Conferência da ONU Sobre o Meio Ambiente, com a presença de importantes chefes de estado[29]. Foi criado o Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho em homenagem ao famoso dramaturgo carioca. O centro foi instalado no Castelinho do Flamengo, imponente casarão do início do século na Praia do Flamengo[30].

Dalai Lama: uma das importantes presenças da ECO 92

Em 1993, o prédio dos Correios na Rua Visconde de Itaboraí, no Centro, se transformou no Centro Cultural dos Correios[31]. O século terminou com altos índices de violência, marcados por inúmeros "arrastões" (roubos coletivos) nas praias[32]. Em 1994, foi inaugurado o Centro Cultural Light, na antiga sede da empresa, na Rua Marechal Floriano, no Centro[33]. No mesmo ano, por ocasião da Copa do Mundo de Futebol, nos EUA, o artista chileno Jorge Selarón decorou a Escadaria do Convento de Santa Teresa, na Lapa, onde morava, com azulejos nas cores da bandeira brasileira. Posteriormente, os azulejos passaram a ser trocados regularmente, fazendo com que a escadaria se transformasse em uma atração turística da cidade[34]. Em 1995, o fim de uma era: o Tivoli Park foi fechado, para dar lugar ao Parque dos Patins, na Lagoa[35]. No mesmo ano, foi inaugurado o primeiro prédio do teleporto do Rio de Janeiro: o Centro Empresarial Cidade Nova[36]. Em 1996, foi construído o Obelisco de Ipanema, um projeto do arquiteto Paulo Cazé, visando a servir como porta de entrada do bairro de Ipanema[37]. No mesmo ano, foi construída a estátua em homenagem ao compositor Noel Rosa, no bairro de Vila Isabel[38]. E também foi inaugurado o monotrilho no Barra Shopping[39]. Em 1997, foi inaugurado o Parque das Ruínas, em Santa Teresa, na antiga casa de Laurinda Santos Lobos, importante figura da sociedade carioca do início do século[40].

Escadaria do Convento de Santa Teresa
O CECN, no Teleporto do Rio de Janeiro
Estátua de Noel Rosa em Vila Isabel. Na mesa, está escrita a letra do samba de Noel Conversa de botequim.
Vista da Baía de Guanabara a partir do Parque das Ruínas

Em 1998, foi inaugurado o centro empresarial Mourisco, no lugar da antiga sede de esportes olímpicos do Botafogo de Futebol e Regatas[41]. Foi também criado o centro cultural municipal professora Dyla Sylvia de Sá, na capela de São Thomaz de Aquino, na praça Seca, em Jacarepaguá[42]. O sucesso internacional do filme franco-brasileiro Central do Brasil motivou a mudança do nome oficial da estação D. Pedro II para estação Central do Brasil.

Ao centro, o centro empresarial Mourisco. Ao fundo, a torre do Shopping Rio Sul.
Fernanda Montenegro, ganhadora do prêmio urso de prata de melhor atriz do festival de Berlim de 1998 por sua atuação no filme Central do Brasil

Em 1999, dois acontecimentos sugeriam esperança de dias melhores: o aeroporto internacional do Rio de Janeiro mudou sua denominação para aeroporto Antônio Carlos Jobim e foi inaugurado o seu terminal dois.

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Em primeiro plano, o terminal dois e, ao fundo, o terminal um do aeroporto Tom Jobim

Em 2000, o advogado e historiador Laherte Guerra encontrou, casualmente, no centro cultural Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa, a estátua representando o inverno que havia sido furtada do Passeio Público. A estátua, que já principiava a ser adorada por velhas católicas devotas como a "Nossa Senhora do Ferro", foi então levada de volta para o Passeio para completar o conjunto de estátuas das quatro estações[43]. No mesmo ano, o monotrilho do Barra Shopping foi desativado, devido ao alto preço de seu ingresso[44].

Em termos arquitetônicos, o estilo predominante na cidade nesta segunda metade do século XX foi o modernismo, que se caracterizava pela inovação e pelo rompimento com os estilos arquitetônicos tradicionais.

Referências

  1. http://www.cbmr.com.br/index.php?option=com_content&view=article&catid=8:antigos&id=865:tivoli&Itemid=28
  2. http://rioantigofotos.blogspot.com/2010/01/tunel-e-o-elevado-do-joa-ajudam-criar.html
  3. http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL93781-5606,00.html
  4. http://www.flickr.com/photos/quadro/256775091/
  5. http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:k5o1RDOsnx0J:zrak7.ifrance.com/rio-urb-06.pdf+inaugura%C3%A7%C3%A3o+auto+estrada+lagoa+barra&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESi-m_Z5Lc0O8YmXvKXoXqtBCimxF6uxHelrycKXKGFhF3L2-id7egVvkysFqBI86N98qR3Sa9Xua65nr2z1xOQA5WBgcFssxgAjoH678-jT2E1lOCbEtRl-5Pyx7oJD52_FAzbw&sig=AHIEtbR4T7CeuNLQi_ub-gr7O3vOPh5-0A
  6. http://fotolog.terra.com.br/luizd:712
  7. http://searchworks.stanford.edu/view/4015803
  8. http://www.overmundo.com.br/overblog/um-passeio-de-barca
  9. http://www.cafelamas.com.br/a-historia.htm
  10. http://www.trilhaserumos.com.br/dicas_ondeir_ler.asp?IdDestino=52
  11. http://www.palaciodacidade.rio.rj.gov.br/site/conteudo/historia.asp
  12. http://www.almacarioca.com.br/monroe.htm
  13. http://www.marcillio.com/rio/enceprva.html
  14. http://www.youtube.com/watch?v=661fiuvh0do
  15. http://www.jblog.com.br/rioantigo.php
  16. http://www.igrejauniversal.org.br/#
  17. http://www.antiquarius.com.br/rio/o_rest_apres.htm
  18. http://www.museudoindio.gov.br/template_01/defaultasp?ID_S=49
  19. http://www.mamrio.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=20&Itemid=38
  20. http://www.flickr.com/photos/rioantigamente/3616114369/
  21. http://www.passeiopublico.com/janela/00chafamonroe.htm
  22. http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=703
  23. http://www.riosul.com.br/shopping_rs.htm
  24. http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=lula_vai_reparar_une_por_incendio_na_ditadura&cod_Post=118963&a=111
  25. http://www.flickr.com/photos/quadro/256775091/
  26. http://www.marcillio.com/rio/enceprva.html
  27. http://www.passeiopublico.com/janela/00painelivan.htm
  28. http://www.fau.ufrj.br/prolugar/arq_pdf/diversos/complexo_rb1nutau1996.pdf
  29. http://www.brasilescola.com/geografia/eco-92.htm
  30. http://noticiascultura.rio.rj.gov.br/principal.cfm?sqncl_publicacao=527&operacao=Con
  31. http://www.correios.com.br/institucional/conheca_correios/acoes_culturais/esp_cult_rj/ccc_rj.cfm
  32. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-85872007000100010&script=sci_arttext
  33. http://www.light.com.br/web/institucional/cultura/ccl/teteccl.asp
  34. http://www.ceramicanorio.com/paineis/selaronmosaicolapa/selaronmosaicolapa.html
  35. http://www.cbmr.com.br/index.php?option=com_content&view=article&catid=8:antigos&id=865:tivoli&Itemid=28
  36. http://www.teleporto-rio.com.br/empreendimentos.htm
  37. http://blig.ig.com.br/blogdocarioca/2009/04/13/obelisco-de-ipanema-sera-demolido/
  38. http://www.vila-isabel.de/tourismus/noelrosa-port.htm
  39. http://www.flickr.com/photos/quadro/256775091/
  40. http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:vL2qAsd8BQUJ:www.univercidade.edu/uc/cursos/graduacao/tur/pesquisas_ipetur/STCulturais.pdf+Parque+das+ru%C3%ADnas+inaugura%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESgbAeH2ismfElx7J1NzZ55_tCW3nElZB35HzjHxFpYQCsBU_bUcSbrLtNqJAI6YYd6zuv2Ox3BcJDMJNZ0lgFBGiNYQ288ZcikpL2xK23WTO-mgC4tjRND8LYO9D4jX3PXGaPjD&sig=AHIEtbSLmP7zMOVB8yQO-OCXLzQ_2h2IHw
  41. http://www.amabotafogo.org.br/2006/mourisco.asp
  42. http://noticiascultura.rio.rj.gov.br/principal.cfm?sqncl_publicacao=498&operacao=Con
  43. http://www.passeiopublico.com/htm/sec21-05.asp
  44. http://www.flickr.com/photos/quadro/256775091/