A cidade do Rio de Janeiro no século XX/Primeira metade do século XX: diferenças entre revisões

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[[File:Patiosantoinacio.jpg|center|350px|thumb|Colégio Santo Inácio]]
[[File:Vista Chinesa em cartão postal de 1911.jpg|center|300px|thumb|Vista chinesa em cartão-postal de 1911]]
A elite procurava reagir aos problemas modernizando a cidade, tomando como base Paris, que realizara uma grande reforma urbana no século anterior. O cientista Oswaldo Cruz comandou a vacinação forçada da população contra a febre amarela, desencadeando a revolta da população no episódio que ficou conhecido como a Revoltarevolta da Vacina, em 1904.
[[File:Bonde - Revolta da Vacina.JPG|center|250px|thumb|Bonde virado na Praçapraça da República durante a Revoltarevolta da Vacina, em novembro de 1904]]
Ainda em 1904, começou a ser construído o Pavilhãopavilhão Mourisco, em estilo neomourisco, que viria a ser o prédio principal da Fundaçãofundação Oswaldo Cruz, no bairro de Manguinhos. No mesmo ano, foram instaladas, no Passeiopasseio Público, quatro estátuas de ferro e estanho importadas da França representando as quatro estações. E foi inaugurado, também, o aquário do Passeiopasseio Público, o primeiro aquário de água salgada da América do Sul<ref>http://www.passeiopublico.com/htm/sec21-05.asp</ref>. Foi demolida a Igrejaigreja de São Joaquim, ao lado do Colégiocolégio Pedro II, no Centrocentro, para abrir espaço para uma nova avenida: a Avenidaavenida Marechal Floriano<ref>http://www.marcillio.com/rio/enceprva.html</ref>. Foi construída, pelo prefeito Pereira Passos, a avenida Atlântica na praia de Copacabana, reproduzindo, em pedras portuguesas, os desenhos em formato de onda do largo do Rossio de Lisboa. O desenho, inicialmente com ondas perpendiculares às ondas do mar e, posteriormente, com ondas paralelas às ondas do mar, tornou-se um dos maiores símbolos da cidade do Rio<ref>http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL93781-5606,00.html</ref><ref>http://mosaicosdobrasil.tripod.com/id4.html</ref>.
[[File:FIOCRUZ-Palace-CCBYSA.jpg|center|250px|thumb|Pavilhão Mourisco]]
Em 1905, foi instalado o lampadário da Lapa, criação de Rodolfo Bernardelli, no largo da Lapa, para embelezar a avenida Mem de Sá recém-construída<ref name="passeiopublico.com">http://www.passeiopublico.com/htm/info.asp</ref>. E chegou à cidade a ''The Rio De Janeiro Tramway, Light And Power Company Ltd.'', empresa que havia sido fundada no ano anterior no Canadá e que passou a prestar serviços de telefonia, fornecimento de gás, transportes urbanos (Estrada de Ferro do Corcovado, bondes, ônibus da viação Excelsior, inclusive de dois andares, os populares "chope duplo") e geração, transmissão e distribuição de energia elétrica<ref>GARCIA, S. ''Rio De Janeiro: Passado E Presente''. Rio de Janeiro: Conexão Cultural, 2000. p. 1</ref>.
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Ainda em 1906, foi construído o jardim suspenso do Valongo, obra de Luis Rei no bairro da Saúde, visando a conter as encostas do morro da Conceição. No local, foram instaladas várias estátuas de deuses latinos<ref>http://www.overmundo.com.br/guia/o-jardim-suspenso-do-valongo</ref>. Ali perto, no bairro de Fátima, finalizou-se o desmonte do morro do Senado, que deu lugar à praça da Cruz Vermelha. A praça tem o formato circular típico das praças parisienses, servindo de anel rotatório para diversas ruas que para ela convergem.<ref>http://www.marcillio.com/rio/encelare.html#pcv</ref> Visando a acabar com os constantes alagamentos do rio Carioca, este foi canalizado em 1906 no seu trecho entre os bairros de Laranjeiras, Catete e Flamengo, passando a fluir em leito subterrâneo<ref>http://www.flickr.com/photos/andre_so_rio/154415307/</ref>. Em 1906, foi inaugurado o prédio da Caixa de Amortização, na esquina da Rua Visconde de Inhaúma com a Avenida Central em construção no Centro. O prédio, em estilo neoclássico, era um projeto de Luís J. le Cock de Oliveira e, posteriormente, abrigaria a sede do Banco Central do Brasil<ref>http://www.marcillio.com/rio/encerbes.html</ref>. Foi construído, pelo Prefeito Pereira Passos, um centro de lazer na Praia de Botafogo: o Pavilhão Mourisco<ref>http://www.solardebotafogo.com.br/index.htm</ref>.
 
Em 1907, foi fundado o restaurante Bar Brasil, na Avenida Mem de Sá, na Lapa<ref name="passeiopublico.com"/>. Sob o comando do Prefeito Pereira Passos, o velho centro foi rasgado por uma nova avenida ladeada por edifícios em estilo ''Bellebelle Époqueépoque'' parisiense, a Avenidaavenida Central, que logo em seguida mudou o nome para Avenidaavenida Rio Branco, em homenagem ao recém-falecido Barão do Rio Branco, em 1908. Nas obras da avenida, foi descoberto um velho túnel, o que realimentou a velha lenda sobre uma rede de galerias subterrâneas existente sob o Morromorro do Castelo, a qual abrigaria o tesouro deixado pelos jesuítas quando de sua expulsão, no século XVIIIdezoito. Foi realmente comprovada a existência da rede de túneis, porém nada que se comparasse ao lendário tesouro.<ref>http://www.itaboraiweblist.com.br/index.php/Tesouro-carioca.html</ref>.
[[File:Conde de Agrolongo - Avenida Central (atual Rio Branco), ca. 1908.jpg|center|300px|thumb|Avenida Central por volta de 1908]]
No mesmo ano de 1908, era inaugurado o mercado municipal, em substituição ao mercado da Candelária. O mercado municipal era uma enorme estrutura de ferro, composta por cinco torres e aproximadamente duzentas lojas, nas proximidades do cais do porto.<ref>http://gororobasdobrasil.blogspot.com/2008/05/o-mercado-municipal-do-rio-de-janeiro.html</ref> Em 29 de setembro, morria o escritor e célebre cronista carioca Machado de Assis em sua casa no bairro do Cosme Velho.
[[File:Enterro de Machado de Assis 2 (1908).jpg|center|500px|thumb|Enterro de Machado de Assis em 1908]]
O Túneltúnel Novo recém-aberto entre os bairros de Botafogo e Copacabana foi o ponto de partida para a ocupação da zona sul. Também em 1908, era inaugurado o bondinho do Pão de Açúcar, que se tornou um dos principais símbolos da cidade. Foi inaugurado o novo prédio da escola nacional de belas artes, projeto de Adolfo Morales de los Rios, na recém-inaugurada avenida Rio Branco<ref name="passeiopublico.com"/>.
[[File:Bondinho Rio 1940.jpg|center|350px|thumb|Bondinho do Pão de Açúcar na década de 1940]]
1908 era o ano do centenário da abertura dos portos brasileiros por D. João VI. Para tal comemoração, construiu-se um bairro de sonhos na região da praia Vermelha, na Urca. Dos grandiosos prédios construídos para a exposição, restou somente o Pavilhão dos Estados, ocupado atualmente pelo museu das ciências da terra<ref>http://fotolog.terra.com.br/luizd:72</ref>. Também para comemorar a data, foram construídos dois monumentos na amurada da praia do Russel. Em 1909, era inaugurado o teatro municipal do Rio de Janeiro inspirado na ópera Garnier de Paris.
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[[File:Sacuras Fountain.jpg|center|400px|thumb|Fonte das Saracuras, na Praça General Osório (antiga Praça Ferreira Viana), em Ipanema]]
[[File:Manequinho.jpg|center|400px|thumb|A estátua do Manequinho e, ao fundo, a sede do Botafogo F.R. na rua General Severiano]]
No mesmo ano, foi construído o palacete D. João VI na praça Mauá<ref>http://www.iabrj.org.br/200708/atitude-para-protecao-do-palacio-d-joao-vi-convocacao/</ref>. Em 1913, terminaram as obras de construção do palacete Eduardo Guinle, no bairro de Laranjeiras<ref>http://www.governo.rj.gov.br/palaciolaranjeiras_acervo/historico.asp</ref>. Em 1914, foi inaugurado o forte de Copacabana na praia homônima. Num dos saraus costumeiramente organizados no palácio do Catete (a residência oficial do presidente brasileiro), a compositora carioca Chiquinha Gonzaga causou um escândalo ao tocar para os convidados, com o acompanhamento musical da primeira-dama Nair de Teffé, o seu choro ''Corta-jaca''.
[[File:Rio-ForteCopacabana6.jpg|center|300px|thumb|Portal de entrada do Forte de Copacabana]]
[[File:Chiquinha 6a.jpg|center|300px|thumb|Chiquinha Gonzaga]]