A cidade do Rio de Janeiro no século dezesseis/Segunda metade: diferenças entre revisões
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Os tamoios, aliados aos franceses, se sentiram fortes o suficiente para atacarem e expulsarem seus rivais temiminós da ilha de Paranapuam. Os temiminós, chefiados pelo cacique Arariboia, fugiram em canoas para a capitania do Espírito Santo, onde encontraram abrigo junto a seus aliados portugueses e ajudaram estes a expulsar invasores neerlandeses.
[[File:Araribóia2.JPG|center|300px|thumb|Estátua de Arariboia em Niterói]]
Em 1557, o sobrinho de ''Villegaignon'', ''Bois-le-Compte'', chegou à baía de Guanabara com o reforço de protestantes franceses, os chamados huguenotes. Da expedição, fazia parte Jean de Léry, que escreveria mais tarde a famosa obra ''Histoire d'un voyage faict en la terre du Brésil'' ("História de uma viagem feita à terra do Brasil") descrevendo a colônia francesa. Em 1559, ''Villegaignon'' foi obrigado a retornar para a França para defender-se de acusações de pastores protestantes que haviam vindo com a expedição de ''Bois-le-Compte''. Os protestantes franceses sentiam-se discriminados e perseguidos por ''Villegaignon'' na França Antártica. Porém esse não era o único conflito no interior da colônia francesa: ''Villegaignon'' também desagradou aos católicos que se relacionavam com várias índias e que foram obrigados por ''Villegaignon'' a optar por apenas uma delas, com a qual deveriam se casar. A revolta levou a uma conspiração para assassinar ''Villegaignon'', a qual porém não teve sucesso, levando ao enforcamento de seus líderes.
[[File:Tearful salutations in Histoire d un voyage fait au Bresil 1580.jpg|center|250px|thumb|Ilustração de ''História de uma viagem feita à terra do Brasil'' mostrando a saudação com choro típica dos índios brasileiros]]
Em 1560, uma expedição portuguesa comandada pelo terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá (1558-1572), atacou e destruiu o forte ''Coligny''<ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvi.htm</ref>. Mem de Sá havia sido alertado, em Salvador, sobre a presença francesa na baía de Guanabara pelo fugitivo francês ''Jean de Cointa''. Os franceses sobreviventes se refugiaram em ''Eíra-sy mirim'' (a atual praia do Flamengo) e na ilha de Paranapuam (a atual ilha do Governador), chamada também de ilha do Gato ou do Maracajá. Apesar da vitória, Mem de Sá não pôde deixar soldados tomando conta da baía de Guanabara devido à falta de recursos e soldados disponíveis.
[[File:Ile-de-villegagnon.jpg|center|350px|thumb|Desenho representando o ataque português contra o forte ''Coligny'' ao centro, na ilha chamada pelos portugueses de ''das Palmeiras'']]
[[File:Mem de Sá.jpg|center|300px|thumb|Mem de Sá]]
Em primeiro de março de 1565, o sobrinho do governador-geral Mem de Sá, Estácio de Sá, chegou à baía de Guanabara chefiando uma expedição militar portuguesa que tinha por objetivo expulsar definitivamente os franceses da região. A expedição contava com índios aliados tupiniquins e temiminós, estes últimos chefiados pelo cacique Arariboia. Nesse dia, Estácio fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro no sopé do morro Cara de Cão, na entrada da baía de Guanabara. O nome era uma homenagem ao rei de Portugal, D. Sebastião I e não ao dia da festa do santo, que ocorre em vinte de janeiro.
[[File:Nobrega1.jpg|center|400px|thumb|Quadro de Benedito Calixto retratando a partida de Estácio de Sá de São Vicente para a baía de Guanabara, em 1565. Em São Vicente, Estácio de Sá recrutou portugueses e índios tupiniquins para reforçar suas tropas compostas por portugueses e índios temiminós da capitania do Espírito Santo.]]
[[File:Rio de Janeiro Panoramic from Pão de Açúcar crop.jpg|center|
[[File:Fundação do Rio de Janeiro.JPG|center|450px|thumb|Desenho na igreja de São Sebastião, na Tijuca, retratando a fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro no sopé do morro Cara de Cão. O morro da esquerda é o Pão de Açúcar.]]
[[File:SaoJoaoFort.jpg|center|400px|thumb|A atual fortaleza de São João ocupa o lugar onde Estácio de Sá fundou a cidade em 1565]]
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