História de Niterói/Fundação: diferenças entre revisões
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▲A região atualmente ocupada por Niterói foi habitada há 9.000 anos atrás por povos coletores, caçadores e pescadores que deixaram como marcas de sua passagem grandes vestígios arqueológicos, os sambaquis. Sambaquis são os restos de conchas, esqueletos humanos, cerâmica, machados e pontas de flecha de pedra que foram soterrados e passaram por um processo de fossilização. Tais testemunhos são muito comuns no litoral brasileiro e são extremamente valiosos para que os arqueólogos de hoje possam compreender como funcionavam essas sociedades pré-históricas. Em Niterói, existe um grande sítio arqueológico de sambaquis ao lado da duna Grande da Praia de Itaipu na região oceânica. Bem perto deste sítio, se localiza o museu de arqueologia de Itaipu, que expõe os sambaquis que foram encontrados na região.
[[Ficheiro:Mai exposição.JPG|center|350px|thumb|Exposição no museu de arqueologia de Itaipu]]
Os primeiros europeus a passarem pela região foram os portugueses na expedição de reconhecimento liderada por Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio, que, em primeiro de janeiro de 1502, descobriu a baía de Guanabara, batizando-a "Rio de Janeiro". Porém, como não foram encontrados metais preciosos ou grandes impérios, a região não interessou aos portugueses. A região, contudo, já era habitada: estava ocupada pelos índios tamoio, grupo tupi que dominava desde Cabo Frio até a região de Bertioga, em São Paulo<ref>BUENO,
[[File:Ultimo tamoio 1883.jpg|center|350px|thumb|''O último tamoio'', pintura de Rodolfo Amoedo de 1883]]
Devido ao descaso dos portugueses, traficantes franceses de pau-brasil estreitaram os laços com os tamoios, gerando uma sólida aliança comercial entre os dois povos. Em meados do século dezesseis, a França decidiu implementar um projeto de colonização na região da baía de Guanabara, intitulado França Antártica. Em 1555, o navegador francês Nicolas Durand de Villegaignon chegou à baía de Guanabara e se instalou na ilha denominada Serigipe pelos indígenas no local atualmente ocupado pela escola Naval em frente ao aeroporto Santos Dumont no centro do Rio de Janeiro. Ali, ele construiu o forte Coligny, que seria arrasado em 1560 por uma expedição portuguesa liderada pelo governador-geral Mem de Sá. Ainda em 1555, foi construído, pelos franceses, um posto de observação na praia de Fora em Niterói para vigiar a entrada da baía de Guanabara<ref>http://wikimapia.org/489143/pt/Forte-Bar%C3%A3o-do-Rio-Branco</ref>.
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[[Ficheiro:Rio 1555 França Antártica.jpg|center|350px|thumb|Mapa da França Antártica]]
[[File:Serigipe 1560 Forte Coligny.jpg|center|400px|thumb|Desenho retratando a destruição do forte Coligny em 1560 pelos portugueses]]
Porém os sobreviventes franceses, aliados aos índios
[[Ficheiro:COA of Niterói.svg|center|200px|thumb|Brasão de Niterói]]
O aldeamento de São Lourenço dos Índios tinha uma posição estratégica: se localizava no alto de um morro, propiciando vista panorâmica da entrada da baía de Guanabara e era cercado de manguezais, o que dificultaria uma eventual invasão pela água. Foi na igreja de São Lourenço dos Índios, em
Melhor sorte tiveram os núcleos de colonização portuguesa que se estabeleceram nos atuais bairros de São Domingos, Icaraí, Piratininga e Itaipu. Em Piratininga, os jesuítas possuíam a Fazenda do Saco, que produzia gêneros alimentícios para o colégio jesuíta na cidade do Rio de Janeiro, então chamada de São Sebastião do Rio de Janeiro. Os núcleos de colonização em Icaraí, Itaipu e São Lourenço foram elevados à condição de freguesia durante os séculos dezessete e dezoito, sob os nomes de São João Batista de Icaraí, São Sebastião de Itaipu e São Lourenço. Em 1650, foi construída a Igreja de Boa Viagem, na ilha de mesmo nome. Entre os séculos dezessete e dezoito, foi construído o forte do Gragoatá. Em 1715, foi iniciada a construção do forte São Luís em um pico localizado ao lado da fortaleza de Santa Cruz, para reforçar a defesa da entrada da baía de Guanabara. O forte foi fundado em 1775<ref>http://www.brasilviagem.com/pontur/?CodAtr=2222</ref>.
[[File:São Luiz fort main entrance.JPG|center|400px|thumb|Entrada do forte de São Luís]]
[[File:Forte sao luis.jpg|center|300px|thumb|Guarita do forte de São Luís. Ao fundo, a fortaleza de Santa Cruz e a entrada da baía de Guanabara.]]
Por esta época, as principais atividades produtivas de Niterói eram a pesca da baleia, a agricultura, a pecuária e a produção de açúcar, de farinha de mandioca e de peixe
[[File:StCruzFort.jpg|center|400px|thumb|Fortaleza de Santa Cruz]]
[[Ficheiro:Mai patio.jpg|center|400px|thumb|Ruínas do convento de Santa Tereza]]
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