Suriname/História: diferenças entre revisões

Os espanhóis foram os primeiros europeus a chegarem à região, no século quinzeXV. Em 1498, o navegador genovês a serviço da Espanha, Cristóvão Colombo, avistou o litoral do país<ref>http://www.trip-advice.com/pt/conselho-3733141.htm</ref>. Na época, o Suriname já era habitado por índios dos grupos linguísticos aruaque e karib. Em 1593, Domingo de Vera reivindicou o território para a coroa espanhola<ref>http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:FAXN6zaA9ooJ:www.otca.info/portal/admin/_upload/paises/pdf/SURINAME_pt.pdf+aboli%C3%A7%C3%A3o+da+escravid%C3%A3o+no+Suriname&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESh8i4drcnwJpKwBG-YGwZFXmSBj64PAp0GKaM54dXHC9O-JJCwO0z5KgCQlXJOrAzDACN5tUXIQwQhA0Gbd1cRxOGavk9xQYY2Sdjxq7C8BGD4ZluzF2XlW5tFw0GBpnwVUwY6X&sig=AHIEtbQiADzlDUVe7LxDqmfVIDtU_mXG6w</ref>.

[[File:Tropenmuseum Royal Tropical Institute Objectnumber A-6371e Diorama van een indiaans tafereel.jpg|center|400px500px|thumb|Maquete retratando os índios surinameses]]

[[File:Map New Kingdom of Granada.jpg|center|450px550px|thumb|Mapa do norteséculo daXVII Américamostrando doo SulSuriname docomo séculoparte dezessetedas mostrandopossessões oespanholas Surinamena sobAmérica domíniodo espanhol, em rosaSul]]

Os primeiros europeus a ocuparem a região, contudo, foram os neerlandeses e os ingleses, no século dezesseteXVII. Foram trazidos escravos africanos para trabalhar nas plantações de cacau, algodão, cana-de-açúcar, tabaco, café, anil e algodão ao longo dos rios. A primeira capital do país foi Torarica, cidade situada a trinta e sete37 quilômetros da foz do rio Suriname. Não muito tempo depois, porém, a capital foi transferida para Paramaribo, que dista quinze quilômetros da foz do rio<ref>http://www.scribd.com/doc/22473551/Sociedade-de-Fronteira-ASH-Do-Suriname</ref>. Apesar do tratado de Breda entre ingleses e neerlandeses, em 1668, que cedeu o território aos neerlandeses, os dois países continuaram disputando o domínio do território. Devido ao tratamento cruel imposto aos escravos, eram frequentes as revoltas e muitos deles fugiam para o interior do país, formando quilombos. Na região do atual distrito de Para, foi estabelecida uma colônia judaica chamada de ''Jodensavanne'' ("savana judia" em neerlandês), no século dezesseteXVII.

[[File:TierraFirme.jpg|center|450px550px|thumb|Mapa de 1732 mostrando a região das Guianas, em amarelo, ainda sem a divisão entre o território inglês, o neerlandês e o francês]]

[[File:Tropenmuseum Royal Tropical Institute Objectnumber A-6371a Diorama van dansende en musicerende Bo.jpg|center|450px550px|thumb|Maquete representando um quilombo surinamês]]

[[File:Jodensavanne 1830.jpg|center|400px500px|thumb|Gravura de 1830 retratando a colônia judaica de ''Jodensavanne'']]

Os frequentes conflitos entre neerlandeses e quilombolas levou à assinatura de tratados de paz entre os dois grupos a partir de 1760 reconhecendo os direitos dos quilombolas sobre seus territórios. Em 1815, através do tratado de Viena, a região passou a se chamar Guiana Neerlandesa. Em 1832, a colônia judaica de ''Jodensavanne'' foi destruída por uma revolta de escravos. Em primeiro de julho de 1863, foi abolida a escravidão na Guiana Neerlandesa. Para suprir a demanda por mão de obra, os neerlandeses passaram a trazer trabalhadores indianos e indonésios.

[[File:Diorama Gouvernementsplein Gerrit Schouten.jpg|center|400px500px|thumb|Maquete de 1812 retratando a praça do governoGoverno (atual praça da independênciaIndependência) em Paramaribo. À esquerda, o palácio de governoGoverno (atual palácio presidencialPresidencial) e, à direita, o forte Zelândia.]]

[[File:Jodensavanne.jpg|center|350px450px|thumb|Foto de 2006 retratando as ruínas da sinagoga de ''Jodensavanne'']]

[[File:Tropenmuseum Royal Tropical Institute Objectnumber 60005731 Een Hindoestaanse vrouw uit Suriname.jpg|center|200px250px|thumb|Trabalhadora de origem indiana no Suriname]]

[[File:COLLECTIE TROPENMUSEUM Suriname immigranten afkomstig uit Nederlands-Indië de vrouw rechts draagt een peniti tak broche TMnr 60008927.jpg|center|350px400px|thumb|Foto do final do século dezenoveXIX retratando um grupo de imigrantes indonésios no Suriname]]

Em 1916, a empresa estadunidense Alcoa começou a explorar minas de bauxita no país<ref>http://www.alcoa.com/suriname/en/info_page/home.asp</ref>. Em 1940, durante a segundaSegunda guerraGuerra mundialMundial, o navio alemão Goslar naufragou no rio Suriname, nas proximidades da capital Paramaribo<ref>http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:mOnGHx1B1o8J:www.brasil.org.sr/test/images/stories/PDF/n2.pdf+navio+alem%C3%A3o+segunda+guerra+suriname&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESiCG_lDU67o5D5OyNbHNDvhI4m1rlF9yuLA1tH3Cb5i1lYYl2lhBIUpbKqYIJPOQWNljySY3OuolDo8DZTvo76H_ZHfTlLE6xO7FGsHw4lJpNAjnO3LJhMLR8zuQY1TUca-3nSl&sig=AHIEtbS7ZQyrG1Ffk0o1MTKpbnnCFzpQDg</ref>. Em 1954, os Países Baixos concederam autonomia interna à Guiana Neerlandesa, passando a cuidar somente da política externa e da defesa do país. Durante a primeira metade da década de 1960, foi construída a represa de Afobaka, nas proximidades da cidade de Brokopondo, para gerar energia elétrica para a indústria de processamento da bauxita. A barragem formou um dos maiores lagos artificiais do mundo: o lago Blommenstein.

[[File:Goslar III.JPG|center|300px400px|thumb|Foto de 2009 mostrando os restos do navio alemão Goslar no rio Suriname]]

[[File:Tropenmuseum Royal Tropical Institute Objectnumber 60044067 Stuwdam in aanbouw voor de waterkrach.jpg|center|300px400px|thumb|Foto de 1963 mostrando a represa de Afobaka em construção]]

[[File:Brokopondo Lake Suriname.jpg|center|300px400px|thumb|Lago Blommenstein, também chamado lago Brokopondo]]

Em vinte e cinco25 de novembro de 1975, a Guiana Neerlandesa alcançou a independência, com Johan Ferrier como presidente e Henck Arron como primeiro-ministro<ref>http://en.mre.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2079&Itemid=1294</ref>. O país passou a se chamar Suriname, o mesmo nome do principal rio do país. Em 1980, um golpe militar derrubou o primeiro-ministro. Em 1982, ocorreu novo golpe, desta vez sob o comando do general Dési Bouterse. Em dezembro, quinze líderes oposicionistas foram assassinados no forte Zelândia, em Paramaribo. EUAEstados Unidos e Países Baixos suspenderam a ajuda econômica ao país, em protesto contra a falta de democracia.

[[File:JohanFerrier.jpg|center|200px250px|thumb|Johan Ferrier, o primeiro presidente surinamês, em foto de 2009]]

[[File:Henck Arron White House.jpg|center|300px350px|thumb|O primeiro-ministro surinamês Henck Arron em visita à casa branca em Washington em 1978]]

[[File:Desi Bouterse.jpg|center|150px200px|thumb|General Dési Bouterse em foto de 1985]]

Em 1986, começou uma guerra civil entre o governo surinamês e as comunidades quilombolas do interior do país. O conflito só iria terminar em 1992, com a derrota dos quilombolas e a fuga de vinte por cento deles para a Guiana Francesa<ref>http://books.google.com.br/books?id=zRlJpO_peqEC&pg=PA58&lpg=PA58&dq=guerra+entre+quilombolas+e+governo+surinam%C3%AAs&source=bl&ots=9yC7sZ9E1D&sig=peK33hGLHhRcdRMO4Qj15eGzEPM&hl=pt-BR&ei=xDYmTfOoMYGfnAfI6MjuAQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=9&ved=0CEsQ6AEwCA#v=onepage&q&f=false</ref>.

Em 1987, o país voltou à normalidade democrática com a promulgação de uma nova constituição. Em 1993, a queda do preço da bauxita no mercado internacional afetou a economia do país, ocasionando sucessivas quedas no produto nacional bruto. Em 1997, os Países Baixos expediram um mandado de prisão contra o ex-ditador Bouterse, por ligações com o tráfico internacional de drogas.