Logística/Gestão de desperdícios e rejeitados/Sistemas de tratamento e destino final/Outros tratamentos de resíduos: diferenças entre revisões

[edição não verificada][edição não verificada]
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
He7d3r.bot (discussão | contribs)
m Não é mais preciso inserir a navegação manualmente, basta manter a Predefinição:Lista de capítulos/Logística atualizada. Ver detalhes.
Actualização
Linha 1:
 
 
==Outros tratamentos de resíduos==
 
Segundo [[Logística/Referências#refbWilliams|Williams (2005, p. 325-326]]), a hierarquia de gestão de resíduos e o conceito de gestão sustentável de resíduos tem levado ao desenvolvimento de alternativas de tratamento de resíduos e opções de eliminação, em vez da tradicional dependência nos aterros sanitários e incineradoras. Alternativas que têm um impacto ambiental mínimo, com vista à reciclagem ou à recuperação de energia com baixa poluição, têm recebido uma atenção especial. Entre essas tecnologias estão a pirólise, a gasificação, a pirólise e gasificação combinadas, a compostagem e a digestão anaeróbia.
 
As opções de tratamento térmico por meio da pirólise, gasificação e de sistemas combinados de gasificação e pirólise estão a gerar um crescente interesse no processamento de resíduos como alternativa viável aos aterros e às incineradoras, por questões ambientais e económicas. Estas opções têm um número de vantagens sobre a incineração convencional ou sobre os resíduos em aterro. Dependendo da tecnologia, os resíduos podem ser processados para produzir não apenas energia, mas também produtos de gás ou óleo, para utilização como matérias-primas petroquímicas e/ou materiais carbonosos, para uso em aplicações tais como, o tratamento de efluentes ou de matéria-prima de gasificação. A produção de matérias finais armazenáveis, como o petróleo, o gás, entre outros, permite a possibilidade de dissociação entre o uso final do produto, seja para a produção de energia, seja para uso de uma indústria petroquímica, no tratamento de resíduos.
 
'''Pirólise'''
A Compostagem de resíduos biodegradáveis, nomeadamente resíduos sólidos urbanos, resulta no desvio desses mesmos resíduos para fora do aterro sanitário. Resíduos biodegradáveis podem-se definir como: resíduos alimentares e de jardim, resíduos de papel, resíduos de papelão, resíduos de madeira, resíduos têxteis, etc., que são degradados durante longos períodos de tempo por várias bactérias aeróbias e anaeróbias para produzir um líquido percolado (usualmente chamado de chorume) e o gás do aterro sanitário. A proporção de resíduos biodegradáveis em resíduos sólidos urbanos na Europa varia entre 66% a pouco mais de 90%, dependendo do país (Agência Europeia do Ambiente, 2002). A Directiva da CE, Aterros de Resíduos (1999), procura reduzir a quantidade de resíduos biodegradáveis enviados para os aterros sanitários para: 75% dos níveis de 1995 até 20006, 50% dos níveis de 1995 até 2009 e 35% dos níveis de 1995 até 2016 (Directiva de CE, Aterro de Resíduos, 1999). O principal objectivo da directiva é reduzir a quantidade de emissões de gás de aterro (que é composta por gases de efeito estufa, o dióxido de carbono e o metano) a ser emitida para a atmosfera e também para incentivar mais a reciclagem de resíduos. A Compostagem satisfaz ambos os critérios e além disso, gera um produto útil nas aplicações agrícolas e hortícolas.
 
A pirólise é a degradação térmica dos resíduos orgânicos na ausência de oxigénio, que leva à produção de carvão carbonizado, óleo e gases combustíveis. A quantidade de cada produto que é produzida depende das condições do processo, em especial da temperatura e da taxa de aquecimento. No processo da pirólise há uma ausência de oxigénio, de modo que a combustão completa não acontece, o que leva a que gases combustíveis como monóxido de carbono e hidrogénio sejam libertados. O processo de degradação térmica de materiais, tais como os compostos químicos complexos, os resíduos florestais, a biomassa e resíduos plásticos, na ausência de oxigénio, resultam na quebra de longas cadeias de polímeros.
Temperaturas relativamente baixas são usadas no processo de pirólise, na ordem dos 400-800 º C. A pirólise tem a vantagem de que gases ou produtos derivados do petróleo a partir dos resíduos poderem ser usados para fornecer o combustível para o processo de pirólise em si.
 
 
'''Gasificação'''
 
A Gasificação difere da pirólise na medida em que o oxigénio sob a forma de ar, vapor ou oxigénio puro, reage a altas temperaturas com o carbono disponível nos resíduos para produzir gás, cinzas e um produto de alcatrão. Ocorre uma combustão parcial para produzir calor e a reacção procede exotermicamente, de maneira a produzir um gás combustível com baixo a médio poder calorífico. As temperaturas são relativamente altas em comparação com a pirólise, sendo, 800-1100 º C, com ar de gasificação e 1000-1400 º C com oxigénio. A gasificação de vapor é endotérmica para a reacção principal e, consequentemente, o vapor é adicionado geralmente como um suplemento para a gasificação de oxigénio, com o intuito de controlar a temperatura. A gasificação de vapor sob pressão é no entanto exotérmica e a gasificação de vapor em pressões até 20 bar e temperaturas entre 700-900 º C produz um gás combustível de médio poder calorífico, cerca de 15-20 MJ/m3 (cit. por, Bridgwater e Evans , 1993).
Na prática, geralmente há alguma humidade presente no ar que conduz à produção de hidrogénio. Além disso, o aquecimento dos resíduos produz reacções de pirólise e de metano, hidrocarbonetos de maior peso molecular e alcatrão. Quando o ar é usado, o nitrogénio não-combustível no ar, inevitavelmente, reduz o poder calorífico do gás através da diluição do produto. Portanto, os principais componentes do gás produto da gasificação de resíduos são o monóxido de carbono, dióxido de carbono, hidrogénio, metano e, quando for utilizado ar de gasificação, o nitrogénio também pode ocorrer como um componente principal. Os principais tipos de gasificação de resíduos são: gasificação updraft; gasificação downdraft; gasificação de leito fluidificado; gaseificação de fluxo aprisionado; gaseificação de forno rotativo.
 
 
'''Pirólise e Gasificação Combinadas'''
 
Alguns desenvolvimentos modernos no tratamento termoquímico de resíduos têm utilizado a tecnologia da pirólise e gasificação combinadas, que podem envolver uma etapa de combustão após a combustão dos gases produzidos nas duas primeiras etapas. Tais tecnologias de pirólise/gasificação/combustão, são na verdade incineradoras, mas cada passo é dividido por uma temperatura distinta e o reactor de pressão é controlado, em vez de num incinerador, onde as três etapas de degradação térmica são todas combinadas num sistema de combustão. A dissociação das etapas de degradação térmica tem a vantagem de se obter uma maior flexibilidade em determinar qual o produto final alvo mais adequado para cada aplicação. Outras vantagens incluem a opção de o gás de produto poder ser limpo para remover gases ácidos, antes da combustão do gás para a recuperação de energia. Esses factores resultam numa corrosão do sistema de recuperação de energia a altas temperaturas. Volumes de gás também os sistemas de pirólise / gaseificação de produzir uma redução significativa de limpeza em comparação com um incinerador de lixo convencional, resultando em escala para baixo do sistema de limpeza de gases, e uma consequente redução de custos. Além disso, como alternativa, o produto do gás pode ser mais limpo e usado como matéria-prima química.
 
 
'''Compostagem'''
 
Compostagem é a degradação aeróbia, anaeróbia e não biológica, de resíduos orgânicos biodegradáveis, tais como resíduos de jardim e de alimentos. A compostagem é um processo relativamente rápido de acção biodegradável, levando tipicamente cerca de 4 a 6 semanas para chegar a um produto estabilizado. A compostagem é praticada em pequena escala ao nível das famílias individuais, e em grande escala através de sistemas de compostagem, onde os resíduos orgânicos recolhidos dos parques e jardins e os restos de comida recolhidos directamente junto das habitações de cada família são separadas e compostos em grandes instalações centrais. O produto degradado é um produto estabilizado, que posteriormente é adicionado ao solo para melhorar a estrutura do mesmo, especialmente para os solos argilosos, visto que este age como um fertilizante, na medida em que melhora o conteúdo de nutrientes e retém a humidade no solo. O composto é também utilizado para recuperação de áreas degradadas e paisagismo, onde é usado como cobertura morta (McLanaghan, 2002) .
A Compostagem de resíduos biodegradáveis, nomeadamente resíduos sólidos urbanos, resulta no desvio desses mesmos resíduos para fora do aterro sanitário. Resíduos biodegradáveis podem-se definir como: resíduos alimentares e de jardim, resíduos de papel, resíduos de papelão, resíduos de madeira, resíduos têxteis, etc., que são degradados durante longos períodos de tempo por várias bactérias aeróbias e anaeróbias para produzir um líquido percolado (usualmente chamado de chorume) e o gás do aterro sanitário. A proporção de resíduos biodegradáveis em resíduos sólidos urbanos na Europa varia entre 66 % a pouco mais de 90 %, dependendo do país (Agência Europeia do Ambiente, 2002). A Directiva da CE, Aterros de Resíduos (1999), procura reduzir a quantidade de resíduos biodegradáveis enviados para os aterros sanitários para:, 75 % dos níveis de 1995 até 20006, 50 % dos níveis de 1995 até 2009 e 35 % dos níveis de 1995 até 2016 (Directiva de CE, Aterro de Resíduos, 1999). O principal objectivo da directiva é reduzir a quantidade de emissões de gás de aterro (que é composta por gases de efeito estufa, o dióxido de carbono e o metano) a ser emitida para a atmosfera e também para incentivar mais a reciclagem de resíduos. A Compostagem satisfaz ambos os critérios e além disso, gera um produto útil nas aplicações agrícolas e hortícolas.
 
 
'''Digestão Anaeróbia'''
 
A Digestão anaeróbia de resíduos, também é uma opção atraente para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos e outros resíduos, tais como o lodo de esgoto, resíduos agrícolas e estrume animal. A digestão anaeróbia envolve as mesmas substâncias que geram o gás do aterro sanitário, ou seja, o dióxido de carbono e o metano. Fá-lo porém num ambiente controlado e fechado. O gás gerado, mais uma vez composto de dióxido de carbono e metano, pode ser usado directamente como combustível, ou adaptado a uma maior qualidade dos combustíveis gasosos ou matérias-primas químicas.
 
Digestão anaeróbia de resíduos, também é uma opção atraente para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos e outros resíduos, tais como o lodo de esgoto, resíduos agrícolas e estrume animal. A digestão anaeróbia envolve as mesmas substâncias que geram o gás do aterro sanitário, ou seja, o dióxido de carbono e o metano. Fá-lo porém num ambiente controlado e fechado. O gás gerado, mais uma vez composto de dióxido de carbono e metano, pode ser usado directamente como combustível, ou adaptado a uma maior qualidade dos combustíveis gasosos ou matérias-primas químicas.
 
{{AutoCat}}