Civilização karib/História: diferenças entre revisões
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As hipóteses mais aceitas sobre a origem das línguas
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▲As hipóteses mais aceitas sobre a origem das línguas karib indicam que elas surgiram no planalto das Guianas entre 3 000 e 2 000 anos atrás<ref>http://books.google.com.br/books?id=3cOI6I_9YHoC&pg=PA94&lpg=PA94&dq=origem+dos+karib&source=bl&ots=N8QDendWUQ&sig=AmS9Mv0F9ORXGh4paSjlYDHauyc&hl=pt-BR&ei=UI0CTfL-H4P-8Aao1JDnAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBoQ6AEwAA#v=onepage&q=origem%20dos%20karib&f=false</ref>. Dessa região, grupos falantes de línguas karib se expandiram para a atual Colômbia, para o planalto central brasileiro e para as ilhas menores do Caribe. No sul da floresta amazônica, povos karib chegaram a formar grandes cidades de barro, com muralhas e redes de estradas as conectando entre si<ref>http://pib.socioambiental.org/pt/noticias?id=92373&id_pov=232</ref>. Nas ilhas do Caribe, os povos karib venceram militarmente e escravizaram os habitantes anteriores, que falavam línguas do grupo aruaque<ref>http://books.google.com.br/books?id=175c4xOpLtYC&pg=PA183&dq=arawak+carib+karib&hl=pt-BR&ei=WJMCTbH9HIPGlQf-sPnhCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CCkQ6AEwAQ#v=onepage&q=arawak%20carib%20karib&f=false</ref>. Quando começavam a ocupar as ilhas maiores do Caribe (Espanhola, Cuba, Jamaica, Porto Rico e Bahamas), tiveram seu avanço interrompido pela chegada dos espanhóis, no século XVI.
[[File:Taínos.svg|
▲[[File:Caribe colombia.jpg|center|500px|thumb|Rotas de penetração das etnias karib na Colômbia pelos rios Orenoco e Amazonas. A porção parda à direita é o planalto das Guianas, provável região de origem dos povos karib.]]
▲[[File:Taínos.svg|center|600px|thumb|Mapa mostrando a distribuição dos povos indígenas no Caribe na época da chegada dos colonizadores espanhóis, no século XVI. Em verde, a área karib.]]
Os colonizadores europeus causaram um grande decréscimo populacional nos povos
▲[[File:Caribes.jpg|center|250px|thumb|Casal de índios karib]]
▲Os colonizadores europeus causaram um grande decréscimo populacional nos povos karib por causa de guerras e doenças. No sul da floresta amazônica, as cidades karib de barro foram destruídas pelos invasores europeus e a floresta ocupou seu lugar. Os remanescentes dessa população vieram a se constituir nos atuais índios kuikuros<ref>http://pib.socioambiental.org/pt/noticias?id=92373&id_pov=232</ref>.
▲[[File:Índios da etnia Kuikuro.jpg|center|350px|thumb|Índios kuikuros]]
Na ilha de São Vicente, no Caribe, os índios de fala karib se casaram com escravos negros fugidos e passaram a ser chamados de karib negros ou garífunas. Em 1795, os garífunas se rebelaram contra a dominação britânica, mas foram derrotados e deportados para a ilha de Roatan, na costa de Honduras. Na ilha, se multiplicaram e passaram a colonizar o continente. Hoje, os garífunas formam um contingente de mais de 100 000 pessoas em Belize, em Nicarágua e em Honduras.
[[File:GariPGBZE2010.jpg
Na ilha caribenha de Dominica, existe hoje uma reserva indígena com quatrocentos índios falantes de língua karib.
[[File:Carib Territory (Dominica).jpg
No continente, os
No início do século XX, o avanço da pecuária nos campos de cerrado do estado brasileiro de Roraima começou a ameaçar o território tradicional dos taurepangs<ref>http://pib.socioambiental.org/pt/povo/taurepang</ref>.
Em 1928, o escritor brasileiro Mário de Andrade lançou o livro ''Macunaíma'', uma marco da literatura modernista brasileira. O livro é baseado em mitos karib do norte do estado brasileiro de Roraima. "Macunaíma" vem dos termos
[[File:Cândido Portinari, Antônio Bento, Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco 1936.jpg
Os waimiri atroaris, habitantes dos estados brasileiros do Amazonas e de Roraima, sofreram um grande decréscimo populacional na segunda metade do século XX com a abertura da estrada BR-174, com o início da exploração de cassiterita na região e com a construção da usina hidrelétrica de Balbina<ref>http://br.monografias.com/trabalhos/deslocamento-compulsorio-waimiri-atroari-usina/deslocamento-compulsorio-waimiri-atroari-usina.shtml</ref><ref>http://www.waimiriatroari.org.br/info_waimiri.htm</ref><ref>http://pib.socioambiental.org/pt/povo/waimiri-atroari</ref><ref>http://praticaradical.blogspot.com/2008/05/construo-da-br-174-para-entender-melhor.html</ref>.
[[File:BR-174 Sul.jpg
[[File:Aheylite-Cassiterite-177428.jpg
[[File:Usina balbina.jpg
Em 1961, os índios de fala karib do planalto central brasileiro (os kalapalos, os kuikuros e os nahukuás) tiveram seu território protegido através da criação do parque indígena do Xingu pelo presidente brasileiro Jânio Quadros<ref>http://www.arara.fr/BBTRIBOS.html#Matipu</ref>.
[[File:Parque Indígena do Xingu.jpg
Em 1964, os índios ikpengs (também chamados txicãos), que habitavam as margens do rio Jatobá, no centro do estado brasileiro de Mato Grosso, estavam à beira da extinção (contavam com apenas cinquenta indivíduos), devido à guerra com a etnia indígena rival dos waurás (que fala uma língua do grupo linguístico aruaque<ref>http://www.arara.fr/BBTRIBOWAURA.html</ref>) e às doenças trazidas pelos brancos, como a gripe. Nesse momento, os sertanistas irmãos Villas-Boas contactaram o grupo e os convenceram a se transferir para o parque indígena do Xingu, a nordeste de seu território<ref>http://www.estadao.com.br/especiais/ikpeng-os-exilados-do-parque-do-xingu,127994.htm</ref>.
[[File:Orlando Villas Boas e um índio Txicão.jpg
Em 2005, ocorreu uma vitória para a causa indígena: o presidente brasileiro Lula homologou a terra indígena Raposa - Serra do Sol, no nordeste do estado de Roraima, habitada principalmente pela etnia karib dos macuxi.
[[File:Raposa Serra do Sol-STF protestos.JPG
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