A Cidade do Rio de Janeiro no Século XVII/A Cidade Desce o Morro: diferenças entre revisões

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[[File:ConventoSAntonio1.jpg|thumb|Convento de Santo Antônio]]
[[File:Nicolas-Antoine Taunay 02.jpg|thumb|Em primeiro plano, franciscanos no morro de Santo Antônio. À direita, morro do Castelo]]
O morro da Conceição localiza-se próximo ao morro de São Bento. Seu nome vem de uma capela construída no alto do morro no final do século dezesseisXVI e dedicada a Nossa Senhora da Conceição. No sopé do morro, formou-se o cais utilizado no desembarque dos escravos trazidos da África, na atual região da pedra do Sal, no bairro da Saúde.
[[File:PanoramaRiodeJaneiroThomasEnder.jpg|thumb|Vista do Rio de Janeiro, a partir do morro da Conceição]]
[[File:Slave market at Rio de Janeiro.jpg|thumb|Mercado de escravos no Rio de Janeiro. Os escravos eram desembarcados, abrigados e vendidos nas imediações do morro da Conceição, atual região portuária do Rio de Janeiro.]]
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Em 1618, foi construído o forte de São Teodósio no local onde Estácio de Sá havia fundado a cidade, no século anterior<ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvii.htm</ref>.
 
Em 1619, os frades da ordem do Carmo foram autorizados a iniciar a construção de uma igreja no lugar de uma antiga ermida dedicada a Nossa Senhora do Ó à beira-mar. Para a construção, foram utilizadas pedras da ilha das Enxadas na baía de Guanabara. Com o tempo, a cidade foi aterrando a região em frente à igreja, originando assim a futura praça Quinze15 de Novembro<ref>http://www.jblog.com.br/rioantigo.php</ref>.
 
Em 1622, foi inaugurada a igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho, que daria origem ao bairro da Tijuca. Na época, o santo espanhol acabava de ser canonizado pelo papa Gregório XV<ref>http://www.metrorio.com.br/estacao_saofranciscoxavier.htm</ref>.
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Em 1634, foi construída a igreja de Nossa Senhora da Conceição, no alto do morro da Conceição<ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvii.htm</ref>.
 
Em 1635, foi construída uma pequena e rústica igreja no alto de um rochedo, dedicada a Nossa Senhora da Penha de França, por iniciativa do Capitãocapitão Baltazar de Abreu Cardoso. Esta igreja, com escadaria cavada na pedra, viria posteriormente a nomear o bairro da Penha.<ref>http://www.rio.rj.gov.br/riotur/pt/atracao/?CodAtr=3905</ref>.
 
Em 1636, a casa de câmara e cadeia se transferiu do morro do Castelo para uma casa térrea ao lado da igreja de São José, no sopé do morro<ref>http://www.camara.rj.gov.br/historia_imperio.php?m1=acamrio&m2=historia</ref>.
 
O principal porto da cidade era o utilizado pelos jesuítas e se localizava no local atual da praça quinze15 de novembroNovembro. Em 1637, a imagem de Nossa Senhora do Bonsucesso foi trazida de Portugal e instalada na igreja da Misericórdia, na santa casa da Misericórdia, na base do morro do Castelo. Por este motivo, a igreja mudou sua denominação para igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso.<ref>http://www.marcillio.com/rio/enceprma.html</ref>.
[[File:Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, entrada enfeitada para um casamento.jpg|thumb|Fachada da igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso]]
[[File:Interior da Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, visto do coro alto (6).jpg|thumb|Interior da igreja da Nossa Senhora do Bonsucesso]]
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Em 1676, com a criação da diocese do Rio de Janeiro, a igreja de São Sebastião, no morro do Castelo, tornou-se a catedral, ou sé, da cidade. Também foi criada a freguesia de Guaratiba<ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvii.htm</ref>.
[[File:Praiagrande1.JPG|thumb|Praia grande, em Barra de Guaratiba]]
Em 1679, a lagoa que se localizava no sopé do morro de Santo Antônio foi aterrada, dando origem ao atual largo da Carioca. Para a drenagem da lagoa, foram abertos uma vala e um cano para escoamento da água, dando origem às ruas da Vala e do Cano, respectivamente, atuais ruas Uruguaiana e Sete7 de Setembro<ref>http://www.marcillio.com/rio/encecari.html e http://www.marcillio.com/rio/encerbe1.html</ref>.
 
Nessa época, grande parte da população branca da cidade era composta por cristãos-novos, ou seja, judeus convertidos à força ao Cristianismo. Porém, como a repressão religiosa era branda, os cristãos-novos continuaram a manter suas tradições religiosas judaicas, ao lado das práticas cristãs. Os cristãos-novos da cidade se dedicavam a diferentes profissões: eram médicos, artesãos, funcionários públicos, donos de engenhos de açúcar etc.<ref>http://www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/node/105</ref>.
[[File:Maimon-Marrans.jpg|thumb|Cristãos-novos (também chamados marranos) em pintura do século dezenoveXIX de Moshe Maimon]]
Por volta de 1680, o tesoureiro da sé, o padre Clemente Martins de Matos, comprou terrenos no atual bairro de Botafogo e nomeou o morro que limitava sua propriedade como Dona Marta, em homenagem a sua mãe, que havia falecido alguns anos antes<ref>http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/conheca+a+origem+dos+nomes+de+algumas+favelas+do+rio/n1237967511709.html</ref><ref>http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=36&sid=3</ref>.
 
Uma interessante rua da cidade nessa época era a rua dos Ourives, que concentrava grande quantidade desses profissionais que trabalhavam a prata trazida legal ou ilegalmente do Peru (durante grande parte do século, Portugal esteve unido à Espanha através da união ibérica. Isso favoreceu os intercâmbios comerciais através do continente, pois diminuiramdiminuíram os controles fronteiriços entre a América portuguesa e a espanhola<ref>http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/uniao_iberica.htm</ref>). Hoje, a rua tem o nome de Miguel Couto<ref>http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.marcillio.com/rio/centro/arb/cerbeouv.jpg&imgrefurl=http://www.marcillio.com/rio/encerbes.html&usg=__ZdkcN8tnwphKwi9EEG731gCrub8=&h=315&w=216&sz=34&hl=pt-BR&start=5&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=DtxnRjB4XMgEKM:&tbnh=117&tbnw=80&prev=/images%3Fq%3Drua%2Bdo%2Bouvidor%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DX%26tbs%3Disch:1</ref>.
 
Em 1695, uma esquadra francesa comandada por De Gennes que explorava o Atlântico sul foi bombardeada pelas fortalezas da cidade<ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvii.htm</ref>.
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