A cidade do Rio de Janeiro no século XX/Primeira metade do século XX (continuação): diferenças entre revisões

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Nos anos 1940, foi colocado um cartaz de propaganda da fábrica de chapéus Mangueira (fábrica esta localizada no morro da Mangueira, na zona norte) na subida de um morro do Leme. Esse cartaz viria a dar o nome da favela do morro do Chapéu Mangueira<ref>http://www.favelatemmemoria.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=36&sid=3</ref>. Em 1943, foi inaugurado o novo prédio da estação D. Pedro II em estilo ''art déco'', substituindo o antigo prédio em estilo neoclássico.
[[File:Estação central do brasil 2.jpg|thumb|Estação Central do Brasil, anteriormente chamada estação D. Pedro II]]
Na década de 1940, começou a ser aberta a avenida Presidente Vargas, ligando o Centro à zona norte<ref>http://www.morarbemweb.com.br/exibi_noticia.php?id=27</ref>. Em 18 de março de 1945, foi fundado o atual jardim zoológico do Rio de Janeiro, na quinta da Boa Vista, em São Cristóvão<ref>http://www.rio.rj.gov.br/riozoo/</ref>. Com a derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, Vargas foi obrigado a ceder o poder ao povo. Assumiu Eurico Gaspar Dutra, que aboliu o jogo no Brasil em 1946. Era o fim da era de ouro do cassino da Urca. Ainda em 1946, a esposa do Presidente Dutra, Carmela Dutra, mandou construir a capela de Santa Terezinha ao lado do palácio Guanabara, na época a residência oficial do presidente da república. A capela, em estilo neocolonial, foi construída pelo arquiteto Alcides Cotia com as sobras do orçamento para a campanha presidencial vitoriosa do ano anterior<ref>http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/02/13/e130212136.asp</ref>. Nessa época, com o aumento da construção de prédios na cidade, aumentou a vinda de trabalhadores oriundos da região nordeste brasileira. Tais migrantes costumavam desembarcar no campo de São Cristóvão, que se tornou um ponto de encontro dos nordestinos na cidade a partir de então<ref>http://www.feiradesaocristovao.org.br/</ref>.
 
O final dos anos 1940 foi o auge da boemia no bairro da Lapa. Faziam sucesso bares como o Siri, o café Colosso, o Imperial, o café Bahia e o Capela e cabarés como o Apolo, o ''Royal Pigalle'', o Novo México, o Casanova, o Cu da Mãe e o ''Vienna Budapeste''. Foi na primeira metade do século vinte que se plasmou a típica figura do malandro carioca: terno e chapéu brancos, navalha no bolso, sambista, capoeirista, leão de chácara, vivendo de pequenos golpes, ligado aos cultos afrobrasileiros. Malandros famosos dessa época foram Madame Satã, Beto Batuqueiro, Meia-Noite, Edgar, Miguelzinho e Sete-Coroas. Além da Lapa, outros bairros da cidade também eram pródigos em malandros: Saúde, Mangue, Praça Onze e Cais do Porto<ref>http://gingando.free.fr/public/index.php?2005/10/12/76-madame-sata-par-mestre-nestor-capoeira</ref>.