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=== Contexto histórico ===
O dia 14 de julho de 1789 amanheceu nublado em Paris. Sinal da tempestade que viria quando a multidão, reunida na frente do Hôtel de Ville, sede da prefeitura e local de reunião dos revoltosos, marchasse em direção à prisão de Bastilha.
Símbolo do despotismo, a prisão do Estado representava o poder da nobreza, que, graças às cartas assinadas em branco pelo rei, para lá enviava seus desafetos. Muitos deles não chegavam nem mesmo a ser informados dos seus “delitos”. A massa humana que marchou em direção à Bastilha era composta de guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos. Era o povo de Paris que pegava em armas e, à força, transformava em realidade os ideais defendidos pelos filósofos iluministas.
A Revolução Francesa havia começado. Suas consequências mudariam o perfil político, social e cultural da Europa. O Século das Luzes havia chegado ao fim.
 
“Nós, o povo”
 
A Revolução Francesa dá destaque a uma nova personagem na cena europeia: o povo. Os heróis solitários se tornaram elementos do passado. Agora, quem faz a história, pela força de seus braços e pela convicção de seus ideais, é o indivíduo.
Em meio a todos os acontecimentos desencadeados pela tomada do poder, na França, a Assembleia Nacional Constituinte começou a elaborar os artigos da nova constituição. Uma pequena comissão de deputados decidiu redigir, para a futura carta francesa, uma introdução intitulada “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”. Nela, estariam definidos os principais anseios da revolução.
Aprovado em 1789, o texto resumia os direitos básicos da sociedade moderna. Em todos eles se pode identificar o desejo da autonomia da burguesia, que, como classe universal, falava em nome do povo inteiro e tomava para si a tarefa de emancipar o mundo do feudalismo e dos privilégios da monarquia.
 
O nascimento do cidadão
 
A influência dos principais filósofos iluministas e do texto da Declaração de Independência dos Estados Unidos foi decisiva para a redação final dos 17 artigos da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”.
Após séculos de segregação, exploração e sofrimento nas mãos da monarquia, o homem comum tem sua liberdade e igualdade afirmadas e, mais importante, transforma-se em cidadão. Agora ele é súdito de leis que existem para assegurar seus direitos, desde que elas sejam a expressão da vontade geral.
Por trás dos artigos, podem ser identificadas as ideias do filosofo iluminista Jean-Jacques Rousseau, que defendera anos antes o estabelecimento de um contrato de igualdade de todos perante as leis.
 
Da revolução política à revolução econômica
 
A queda da monarquia, na França, abalou as monarquias absolutistas europeias e desencadeou uma série de transformações políticas em outros países.
Na Inglaterra, onde a monarquia era mais estável, as mudanças aconteceram no terreno econômico. Em meados do século XVIII, o país começou a acompanhar a passagem do modo de produção artesanal para o fabril. A máquina de vapor, os motores movidos a carvão e os teares mecânicos multiplicaram o rendimento do trabalho e aumentaram muito o ganho do burguês dono do capital e dos meios de produção: depois de fazer a fortuna com o comércio, ele investiu nas fábricas e passou a acumular lucros cada vez maiores.
Com isso, alteram-se as relações sociais, que colocam, de um lado, os empresários (capitalistas), detentores do capital, dos imóveis, das máquinas, da matéria-prima e dos bens produzidos pelo trabalho, e, de outro, o proletariado, que vende sua força de trabalho e produz mercadorias em troca de salários.
No início do século XIX, a Inglaterra estava em plena Revolução Industrial. Ferrovias foram construídas para melhorar a distribuição da produção fabril pelo país. A instalação das fábricas próximas aos centros urbanos atraiu um significativo número de camponeses, que abandonaram o campo em busca da promessa de prosperidade associada ao crescimento do comércio e da zona urbana.
A onda de progresso tecnológico se expande da Inglaterra para outros países da Europa e consolida as chamadas revoluções burguesas do século XVIII. Juntas, a Independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial – período conhecido como “A Era das Revoluções”, por Eric Hobsbawm – determinaram a queda do Antigo Regime e consolidaram o capitalismo como novo sistema econômico.
 
=== Características ===
=== Principais representantes ===