A evolução tecnológica/Técnicas agrícolas e descobertas de novos metais: diferenças entre revisões

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A metalurgia, nesse período, caracterizou-se pela descoberta de um novo material: o cobre. E consequentes descobertas de sua maleabilidade, poder de fundir-se, e suas ligas. O cobre, quando aquecido, permite que através de um molde assuma as formas que desejam ser moldadas, e após seu esfriamento torna-se bastante duro, além de ser possível fazer no material moldado um fio de corte. O molde para cobre era um recipiente geralmente de argila no qual coloca-se o cobre aquecido — ou seja, em estado líquido —, e espera seu esfriamento.
 
Os limites para a moldagem de um material e as vantagens em relação aos materiais usados anteriormente — pedra, sílex, etc. — são comentadas a seguir: o limite ao tamanho do molde depende da habilidade técnica que uma determinada pessoa tem conhecimento. Isso também se aplica às formas que definem um objeto, sendo, portanto, também ilimitadas. Além disso, após ser moldado e resfriado, o material pode ser novamente modificado com golpes de martelo, tendo em consideração que o cobre é maleável. Os materiais de cobre são mais duráveis do que os de pedra ou de osso, não por que seu fio de corte é mais durável — eles tem o mesmo tempo de durabilidade —, nem por que tem maior poder de corte. Mas sim pelo fato de que o cobre pode ser restaurado — fundindo-o —, caso quebre, ou mesmo pelo fato de sua lâmina — quando não tiver mais fio de corte — poder ser amolada. (<ref name="Dutra,">{{Referência a livro |NomeAutor=Waltensir|SobrenomeAutor=Dutra|Título=O que Aconteceu na História|Subtítulo= |Edição= |Local de publicação=Rio de Janeiro|Editora=Zahar|Ano=1966:80–81).|Páginas=80;81;83-85;90;113;114;191;192}}</ref>
 
A utilização do cobre como metal para a fabricação de diversos instrumentos, implicou no aperfeiçoamento das fornalhas para o aquecimento deste metal, devido ao fato de precisar de fornalhas que produzam altas temperaturas, sendo que isso era necessário para a fusão. Além da utilização de cadinhos (recipientes), para receber o material fundido; pinças, para levantar os moldes quando com o metal aquecido; e moldes, para determinar a forma e tamanho do objeto a ser moldado.
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A descoberta da mistura de cobre e estanho origina uma liga de melhor qualidade, esta denominada bronze. Foi uma revolução para a metalurgia, pois passa a constituir a concretização para a expansão dos implementos feitos de metais.
 
O conhecimento das técnicas metalúrgicas difundiram-se à medida que as pessoas migravam. O incentivo à utilização dos metais devem-se à suas características: maior dureza, em comparação aos instrumentos de pedra — muito mais eficazes em uma luta, por exemplo, pois os instrumentos de pedra poderiam se quebrar facilmente, já os de metais não; e embora escasso na maioria das regiões, havia uma maior facilidade de transporte desses metais.<ref (name="Dutra, 1966:83–85)."/>
 
[[File:Sumerian 26th c Adab.jpg|thumb|Exemlplo de escrita cuneiforme.]]
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Foram desenvolvidos dois tipos de sistema numérico: o sistema sexagesimal e o sistema decimal. No sexagesimal, foi introduzido um novo símbolo para designar o número 60, que consistia num semicírculo feito com uma vareta maior do que o utilizado no sistema descrito acima. E, no sistema decimal — utilizado para medir grãos — o mesmo símbolo que designava o número 60 (sistema sexagesimal), era aqui utilizado para designar o número 100. Na Suméria, depois de 2.500 a.C., o sistema decimal foi abandonado, passando a ser utilizado somente o sexagesimal.
 
As grandiosas obras e templos realizados através de trabalho cooperativo, exigiam a padronização de pesos e medidas. Isso é necessário pois, levando em consideração que eram realizadas por grandes contigentes de pessoas, não mais era possível utilizar membros do corpo — braço, perna, pé, nariz, dedo, etc. — para servir de medidas. Nem outros materiais — grãos, por exemplo — para servir de peso. Antes, era possível pois não eram construídos grandes obras, consequentemente não havia necessidade de grande quantidade de pessoas. Mas com inúmeras pessoas trabalhando, isso seria algo desastroso, pois cada pessoa tem uma determinada medida de seus membros, e não convêm utilizar grãos para determinar o peso de um objeto.<ref (name="Dutra, 1966:113–114)."/>
 
Para padronizar as unidades de medidas, convencionou-se a utilização de varas de metal ou de madeira, onde era marcado o tamanho de determinado objeto que se desejava medir. Assim, em uma construção, todos os trabalhadores poderiam ter a medida quase exata de um objeto. Quanto a padronização de unidades de peso, passou a determiná-lo cortando determinados materiais, principalmente a hematita que era frequentemente encontrada por pessoas que escavavam metais. Sendo assim poderia ter medidas mais aproximadas, e, muito provavelmente, a balança fora inventada antes desses padrões, para que fosse possível determinar o peso de algo.
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A roda também foi revolucionária para o artesanato. Nesse sistema, colocava-se um bloco de argila numa roda que gira sobre um eixo vertical. Esse processo revolucionou a prática do artesanato na cerâmica.
 
Considerando a abundância da argila podemos dizer que: o ceramista não estava limitado a uma determinada região. Ele poderiam facilmente pegar sua roda de fazer cerâmicas e sua família, e assim viajar de região em região. Produzindo peças de cerâmica de acordo com um determinado local que ficaria por algum tempo. Isso dava a esses artesãos maior flexibilidade do que trabalhadores de outros ofícios.<ref (name="Dutra, 1966:90)."/>
 
Nos últimos séculos desse período, o bronze começou a ser mais utilizado para produzir diversos instrumentos, principalmente armamentos. E, além de disponibilizar aos soberanos o poder bélico, iniciou-se um período de expansão das terras, onde as sociedades que detinham maior poderio tomavam territórios alheios. Porém, quanto à abertura de terras fechadas pelas matas, que poderiam ser utilizadas para cultivo, não foi possível através das enxadas e arados de bronze — como aconteceria na Idade do Ferro.
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O último passo que desencadearia na Idade do Ferro — acontecido no período que o antecedeu —, fora a descoberta de um novo metal: o ferro. Esse novo metal apresentava uma vantagem em relação ao bronze e ao cobre: era encontrado facilmente, assim não implicaria em seu alto custo. Para a moldagem do ferro — isto é, para fundi-lo — necessitava de uma fornalha que apresentasse temperaturas muito mais elevadas do que as disponíveis na Antiguidade: desenvolvida somente após muitos séculos. Assim foi constituído um novo processo para sua moldagem: o ferro forjado, no qual era executado submetendo-o a um aquecimento — não ao seu derretimento, como para a fundição —, e depois moldado a golpes de martelo.
 
Assim, devido aos eficientes e econômicos métodos de se trabalhar o ferro, e este mais barato e acessível, tornou-se popular aos implementos da agricultura, da indústria e também da guerra. Com isso, qualquer camponês podia dispor de um machado de ferro — para cortar os matagais — e de um arado de ferro — para afofar a terra —, e assim torná-la utilizável. Artesãos podiam dispor de ferramentas necessárias ao seu trabalho, tornando independente às casas dos nobres ou reis. A camada pobre podia, agora, enfrentar os cavaleiros. E os povos que antes se mostravam em desigualdade em relação a outros — quando o bronze era privilégios de alguns —, agora podiam enfrentá-los, já que não existia mais uma enorme desigualdade das condições de armamentos.<ref (name="Dutra, 1966:191-192)."/> Assim constituía bases para o novo período: a Idade do Ferro.
 
===Idade do Ferro===