Mate/Maneiras de preparar a bebida: diferenças entre revisões

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*CHIMARRÃO:
 
É a maneira tradicional do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, da Argentina, do Uruguai e do Chile. Após ser colhida, a erva-mate (folha e talo) passa por um breve processo de secagem sobre uma fonte de calor, denominado sapecamento, apenas para evitar que apodreça. Em seguida, passa por mais secamento em um carijó (armação que sustenta a erva sobre o fogo em contato direto com o mesmo) ou em um barbaquá (estrado de madeira que permite um contato indireto da erva com o calor do fogo). Em seguida, a erva é moída, ou seja, cancheada. Tradicionalmente, no BrasilAntigamente, a erva-mate éera socada em pilões de madeira, enquantocom energia mecânica obtida de rodas d'água que giravam sob a ação da correnteza dos rios. Hoje em dia, nano Argentinaentanto, a erva é triturada em modernas máquinas industriais. Realiza-se, então, uma peneiração para separar o pó dos restos de talo. Após separados, o pó e os restos de talo são novamente reunidos, segundo uma proporção geralmente de setenta por cento de folhas reduzidas a pó e trinta por cento de restos de talo. Os chilenos preferem uma versão com cem por cento de folhas, sem talo. Em lojas mais especializadas, a erva-mate é vendida com diferentes graus de amargor e trituração<ref>CAMARGO, J. E. ''Guia Brasil 2008''. São Paulo: Abril, 2008. p. 686</ref>. Ocasionalmente, podem ser acrescentadas ervas medicinais ao pó de erva-mate.
 
Preparada a erva, ela já pode ser consumida. Coloca-se a erva em um recipiente feito do fruto do porongo (uma trepadeira da família das cucurbitáceas e cujo nome científico é ''Lagenaria vulgaris'' ou ''Lagenaria siceraria''<ref>FERREIRA, A.B. de H.''Novo dicionário da língua portuguesa''. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1368</ref><ref>http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Lagenaria_vulgaris.htm</ref>) ou do fruto da cuieira (outra cucurbitácea chamada ''Crescentia cujete''). Geralmente, o porongo é mais utilizado no Brasil, enquanto que a Argentina, o Uruguai e o Chile utilizam mais a cuieira. A erva deve preencher metade da cuia. Inclina-se a cuia de modo que o pó fique na parte lateral da mesma. Pode-se apoiar a erva com a mão ou com um prato. Coloca-se um pouco de água filtrada morna. Espera-se até que a erva "chupe" a água. Coloca-se mais água filtrada morna, até que a água chegue um pouco antes da borda da cuia. Coloca-se a bomba (canudo de metal) no líquido, mantendo o dedo polegar tampando o bocal da bomba. Tira-se o polegar do bocal da bomba. O chimarrão está pronto para ser tomado. É importante seguir todo este procedimento no preparo do chimarrão, pois, caso contrário, a bomba pode entupir, impossibilitando a sucção do líquido. Após o líquido ser sorvido inteiramente e a cuia "roncar", é só colocar mais de água filtrada morna e voltar a beber. Quando a bebida perder o sabor, a erva deve ser trocada. Para evitar o entupimento da bomba, pode-se usar um filtro de pano chamado "camisinha"<ref>CAMARGO, J. E. ''Guia Brasil 2008''. São Paulo: Abril, 2008. p. 686</ref>.