História da Contabilidade/A Contabilidade na Idade Moderna: diferenças entre revisões

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A Idade Moderna teve início oficial em 1453, com a conquista de Constantinopla pelos turcos. Com o avanço dos turcos no oriente, fechou-se a rota comercial que ligava a Europa e a Ásia e que havia sido aberta pelas Cruzadas na Idade Média. A necessidade da abertura de novas rotas para a Ásia levou diversas nações da Europa Ocidental, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Países Baixos, a procurarem por novas rotas marítimas para a Ásia que não passassem pelo Oriente Médio dominado pelos turcos. Isto gerou as Grandes Navegações.
 
Com a descoberta da América e da rota marítima para a Índia, houve um grande incremento do fluxo comercial europeu. As nações que conduziam esta expansão necessitaram da técnica contábil desenvolvida pelas cidades do norte da Itália a fim de controlar as transações comerciais. Esta técnica contábil veio a ser denominada Escola Contista e teve, como figura principal, Luca Pacioli, um frei italiano que sistematizou e popularizou o sistema de partidas dobradas desenvolvido pelas cidades do norte da Itália na Baixa Idade Média. Para tal popularização, contribuiu o fato de a obra de Pacioli ter surgido juntamente com a criação da impressora de tipos móveis por Gutenberg, o que possibilitou uma ampla difusão do livro de Pacioli que expunha o sistema de partidas dobradas. A primeira edição da obra clássica de Pacioli, ''La summaSumma de arithmeticaArithmetica, geometriaGeometria, proportioniProportioni et proportionalitàProportionalità'', foi impressa em 10 de novembro de 1494, em Veneza.
 
A Escolaescola Contistacontista tinha como objetivo o controle do patrimônio da empresa através da apuração do saldo das contas. As contas seriam o somatório dos direitos e obrigações que o proprietário tinha em relação a cada pessoa. Além de Luca Pacioli, outro importante personagem dessa escola foi Benedetto Cotrugli. Uma inovação dessa escola foi a criação da conta de capital, que determinava a dívida da empresa para com os proprietários. A criação de inúmeras sociedades por ações nessa época gerou a necessidade desta separação do patrimônio da empresa do dos proprietários.
 
Uma inovação desta escola foi a criação da conta de capital, que determinava a dívida da empresa para com os proprietários. A criação de inúmeras sociedades por ações nesta época gerou a necessidade desta separação do patrimônio da empresa do dos proprietários.
 
Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500, os índios locais não conheciam o comércio, porém consideravam rico quem tivesse muitas penas e pedras coloridas, que eram utilizadas como adorno corporal<ref>STADEN, H. ''Duas Viagens ao Brasil''. Tradução de Angel Bojadsen. Porto Alegre/RS: L&PM, 2010. p. 21</ref>.
 
No final do século XVIII, eclodiu a Revolução Industrial na Inglaterra. O surgimento das grandes indústrias tornou a contabilidade tradicional, baseadaque nocalculava o "custo com base no gasto de aquisição das mercadorias paraque revenda"haviam sido vendidas, insuficiente. Surgiu a "contabilidade de custos", que crioupassou a calcular o "custo dosde produtoscada vendidos",produto quevendido écom abase somana dosestimativa custosdo gasto de fabricação dode cada produto vendido<ref>MARTINS, E. ''Contabilidade de Custos''. Nona edição. São Paulo: Atlas, 2003.pp.19-20</ref>.
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File:Pacioli.jpg|Frei Luca Pacioli