Distrito Federal do Brasil/História: diferenças entre revisões

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[[File:Ruinas da igreja matriz de Vila Bela 4.jpg|thumb|Ruínas da Igreja Matriz de Vila Bela da Santíssima Trindade]]
[[File:Johann Axmann - Cidade de Goiás.JPG|thumb|Pintura de Johann Axmann de 1830 retratando a Cidade de Goiás]]
[[File:Juscelino.jpg|thumb|Juscelino Kubitschek]]
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por povos do grupo linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés etc.<ref>CHAIM, M. M. ''Aldeamentos Indígenas (Goiás 1749-1811)''. Segunda edição. São Paulo: Nobel, 1983. p. 48</ref>
 
No final do século XVII, foi descoberto ouro no interior do Brasil, o que motivou a ocupação portuguesa de todo o atual Brasil central. A linha do Tratado de Tordesilhas, que dividia os territórios português e espanhol, passava pelo atual Distrito Federal mas foi desrespeitada pelos colonizadores portugueses em seu avanço em direção ao interior da América do Sul em busca de ouro e pedras preciosas, alargando deste modo as fronteiras do Brasil em direção ao interior. No século XVIII, foi construída a Estrada Real ligando a capital brasileira Salvador até a capital da Capitania de Mato Grosso, Vila Bela da Santíssima Trindade, às margens do Rio Guaporé, na atual fronteira com a Bolívia. A estrada tinha a finalidade de escoar os metais preciosos das capitanias de Mato Grosso e Goiás até o litoral e passava pelo Sertão do Campo Aberto, atual Distrito Federal. Na época, o atual território do Distrito Federal pertencia à Capitania de Goiás<ref>http://www.paulobertran.com.br/bertran/cometa.php</ref>. O movimento de pessoas ao longo da estrada propiciou a fundação do povoado de São Sebastião de Mestre d'Armas (a atual cidade de Planaltina, no Distrito Federal) por volta de 1790. O nome do povoado era uma referência a um ferreiro que residia no local<ref>http://www.planaltina.df.gov.br/</ref>.
 
Com o esgotamento das jazidas de metais preciosos no final do século XVIII, o atual Distrito Federal passou a ser uma região escassamente povoada.

Em 1883, o padre italiano João Belchior Bosco teve um sonho profético em que previu uma "terra da promissão" na América do Sul, entre os paralelos quinze e vinte, próximo a um lago, o que coincide com a localização do terreno que viria a abrigar Brasília<ref>http://www.jluciano.eti.br/profecias/dombosco.htm</ref>.
 
Em 1892, uma comissão composta por cientistas de diversas especialidades, chefiada pelo engenheiro belga Luís Cruls, a Comissão Cruls, fez pesquisas na região do atual Distrito Federal, com o objetivo de estudar o melhor local para a instalação da futura capital do país. A comissão finalizou seu trabalho com a delimitação de um quadrilátero de 14 400 quilômetros quadrados, o Retângulo Cruls, que abrangia terrenos pertencentes ao estado de Goiás, como, por exemplo, a cidade de Planaltina<ref>http://www.planaltina.df.gov.br/</ref>.
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O projeto original previa uma cidade igualitária, onde ricos e pobres morariam no Plano Piloto em residências semelhantes. Porém, na prática, as residências no Plano Piloto ficaram reservadas para os ricos, enquanto que os operários que construíram Brasília foram morar na periferia, nas chamadas cidades satélites, como Ceilândia, Taguatinga, Sobradinho, Guará, Samambaia etc.
 
Em 1961, ocorreu a primeira modificação no plano arquitetônico de Brasília: a construção, a pedido da primeira-dama Dona Eloá Quadros, do pombal na Praça dos Três Poderes<ref>http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.120/3424</ref>.
 
Em 1963, foi inaugurado o Santuário Dom Bosco em homenagem ao santo italiano que muitos acreditam ter previsto a construção de Brasília<ref>http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.braziltour.com/site/en/cidades/materia.php%3Fid_cidade%3D3097</ref>. Pelo mesmo motivo, São João Belchior Bosco é o padroeiro de Brasília<ref>http://www.salesianost.com.br/pastoral/voce-sabia-que-dom-bosco-e-o-padroeiro-da-capital-federal-brasilia</ref>. Em 1957, já havia sido construída uma pequena ermida em homenagem a Dom Bosco próximo às margens do Lago Paranoá<ref>http://ildesantos.multiply.com/photos/album/42/Ermida_Dom_Bosco</ref>.
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Em 1981, foi inaugurado um museu dedicado à memória do fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek: o Memorial Juscelino Kubitschek. Em 1986, foi inaugurado o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, dedicado à memória de grandes nomes da história nacional. Em 1987, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura declarou Brasília "patrimônio da humanidade" devido a seu valor arquitetônico. No mesmo ano, foi construído o Memorial dos Povos Indígenas. Em 1997, um fato ocorrido em Brasília chocou o país: cinco jovens atearam fogo no índio pataxó Galdino Jesus dos Santos enquanto este dormia num ponto de ônibus da Asa Sul, bairro nobre de Brasília. Galdino havia participado das comemorações do Dia do Índio, no dia anterior<ref>http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL23764-5598,00.html</ref>.
 
A partir de 1990, o Distrito Federal passou a escolher pelo voto direto seu governador e seus deputados federais e distritais. Até então, o governador era escolhido pelo presidente da república e não havia nem representação do distrito no Congresso Nacional, nem Câmara Legislativa do Distrito Federal.
 
Em 2001, foi inaugurado o metrô do Distrito Federal, ligando o Plano Piloto às cidades-satélites. Em 2002, foi inaugurada a Ponte Juscelino Kubitschek, ligando o Plano Piloto ao Lago Sul. A Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola e o Museu Nacional Honestino Guimarães foram inaugurados em 2006.
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File:Juscelino.jpg|Juscelino Kubitschek
File:Oscarniemeyer.jpg|Oscar Niemeyer
File:Mapa brasília pc000279.jpg|Mapa mostrando o Plano Piloto de Brasília em formato de avião (ou, como preferia Lúcio Costa, borboleta)
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File:Brasília, Brazil.jpg|Memorial dos Povos Indígenas
File:JK bridge Brasilia lights.jpg|Ponte Juscelino Kubitschek
File:Biblioteca Nacional de Brasília.jpg|Biblioteca Nacional Leonel de BrasíliaMoura Brizola
File:Museu Nacional Honestino Guimaraes 01.jpg|Museu Nacional deHonestino BrasíliaGuimarães
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