A Cidade do Rio de Janeiro no Século XVII/A Cidade Desce o Morro: diferenças entre revisões

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Em 1627, os padres jesuítas construíram a Igreja de São Cristóvão, que viria a dar origem ao atual bairro homônimo. Na época, a igreja ficava à beira-mar, situação que viria a ser alterada posteriormente devido aos inúmeros aterros<ref>http://rio-curioso.blogspot.com/2008/09/igreja-de-so-cristvo.html</ref>.
 
Em 1628, foi construída a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Pedra de Guaratiba, por Jerônimo Velozo Cubas. A igreja continua de pé até hoje, sendo a terceira igreja mais antiga da cidade<ref>http://www.portalguaratiba.com.br/2010/noticias/170505_a+historia+da+igreja+de+nossa+senhora+do+desterro+em+pedra+de+guaratiba.html</ref>.
 
Em 1633, começaram as obras de ampliação da igreja e do mosteiro dos monges beneditinos no Morro de São Bento. A pedra utilizada na obra era procedente do Morro da Viúva, no atual bairro do Flamengo. O projeto da igreja havia sido feito em 1917 pelo engenheiro militar Francisco de Frias da Mesquita, que já havia orientado a construção de vários fortes ao longo do litoral brasileiro desde 1603. O trabalho braçal, no entanto, foi executado por escravos<ref>ROCHA, M. R. ''The Church of the Monastery of Saint Benedict of Rio de Janeiro.'' Rio de Janeiro: Studio HMF: Lúmen Christi, 1992. p. 14</ref>.
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[[File:Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, entrada enfeitada para um casamento.jpg|thumb|Fachada da Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso]]
[[File:Interior da Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, visto do coro alto (6).jpg|thumb|Interior da Igreja da Nossa Senhora do Bonsucesso]]
Em 1638, passou pela cidade o padre jesuíta peruano Antonio Ruiz de Montoya em sua viagem até a Europa, procedente das missões jesuíticas do Paraguai. Montoya iria se queixar perante as autoridades europeias sobre os ataques dos bandeirantes paulistas às missões jesuítas no interior do continente. Montoya se notabilizou por ter escrito a primeira gramática da língua guarani, o ''Tesoro de la lenguaLengua guaraníGuaraní'', que viria a ser publicada no ano seguinte, em Madri, na Espanha.
 
Em 1639, o temor novamente de um ataque neerlandês levou à reforma da fortaleza na Ilha das Cobras, que passou a se chamar Fortaleza de Santa Margarida da Ilha das Cobras, em homenagem à vice-rainha de Portugal, Margarida de Saboia.
 
Em 1641, a cidade comemorou a coroação de Domdom João V como rei de Portugal com a encenação de uma peça no Largo do Paço <ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvii.htm</ref>. Em 1644, foi criada a freguesia de Irajá<ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvii.htm</ref>.
[[File:D. João V of Portugal by an unknown artist.jpg|thumb|Dom João V de Portugal]]
Em 1645, uma expedição chefiada por Francisco de Souto Maior partiu da cidade para lutar contra a dominação neerlandesa de Angola<ref>http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxvii.htm</ref>.
[[File:Brasao-irajario.jpg|thumb|Brasão de Irajá. A abelha se refere ao significado de ''irajá'': ''"senhor do mel''", em tupi.]]
 
Em 1648, uma frota de quinze navios com 1 400 homens sob o comando de Salvador Correia de Sá e Benevides, filho de Martim Correia de Sá, partiu da cidade com destino a Angola e São Tomé e Príncipe, na África. O seu objetivo era recuperar essas possessões portuguesas, então sob controle neerlandês. A população da cidade financiou a expedição com a quantia de 60 000 cruzados. Era importante recuperar o controle português em Angola, pois era de lá que vinha a maior parte dos escravos utilizados nos engenhos de cana-de-açúcar brasileiros. A expedição foi vitoriosa, desfechando um poderoso golpe contra as possessões neerlandesas no nordeste brasileiro, que perderam sua principal fonte de mão de obras escrava. Durante todo o século, a cidade teve papel destacado na luta contra as invasões neerlandesas na África e no nordeste brasileiro<ref>http://www.marcillio.com/rio/hisxviis.html#ang</ref><ref>http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=131&breadcrumb=1&Artigo_ID=1775&IDCategoria=1851&reftype=1</ref>. Salvador Correia de Sá e Benevides fazia parte da família do fundador da cidade, Estácio de Sá. A família Sá possuía extensas plantações de cana da região do atual bairro de São Conrado<ref>http://www.marcillio.com/rio/ensconra.html</ref>.
 
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Em 1699, atendendo à necessidade de moeda na cidade, a casa da moeda que havia em Salvador foi transferida temporariamente para o Rio de Janeiro, passando a funcionar no prédio da Junta do Comércio, na Rua Direita, nas proximidades da Ladeira de São Bento, no terreno atualmente ocupado pelo Arsenal da Marinha. A Casa da Moeda produziu moedas de ouro e prata até o ano seguinte, quando foi transferida para a capitania de Pernambuco<ref>http://www.angelinicoins.com/Hist/Brasil/CMrj.html</ref>.
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File:Brasao-irajario.jpg|Brasão de Irajá. A abelha se refere ao significado de ''irajá'': ''senhor do mel'', em tupi.
File:Salvador Correia de Sa e Benevides.jpg|Salvador Correia de Sá e Benevides
File:Pan di Zucchero da Praia Vermelha.jpg|Praia Vermelha