Sigmund Freud/Teoria Freudiana: diferenças entre revisões

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Uma das críticas que se fazem a Freud é a pouca representatividade dos casos clínicos em que se baseou sua teoria: todos os pacientes de Freud pertenciam a um mesmo estrato social, a classe média vienense do final do século XIX e início do século XX. Visando a superar essa limitação de amostras e, dessa forma, dotar sua teoria de um maior alcance de aplicação, Freud estudou clássicos da literatura e da arte mundiais, buscando, desta forma, aplicar sua teoria em outros contextos culturais.
 
Foi baseado no clássico de Sófocles (famoso escritor grego do século V a.C.) "Rei Édipo" que Freud idealizou o famoso "complexo de édipo", segundo o qual toda pessoa buscaria o prazer (representado simbolicamente pela figura materna), no que seria contido pelas leis da sociedade (representadas simbolicamente pela figura paterna). Na história do "Rei Édipo", Édipo mata o seu pai e se casa com sua mãe, embora só venha a descobrir a identidade deles após ter realizado tais atos. Quanto tem consciência dos seus atos hediondos, Édipo fura seus próprios olhos, como forma de autopunição. Segundo o complexo de édipo formulado por Freud, todo ser humano quer "se casar com a mãe" (sentir prazer), tal como fez Édipo, mas, para realizar isso, precisa antes "matar o seu rival, o pai" (se confrontar com as regras sociais)<ref>ROCHA, E. ''O que é mito''. São Paulo: Brasiliense, 2006. pp.73-76</ref>.
 
Como na história de Édipo, o "assassínio do pai" (violação das regras sociais) e o "casamento com a mãe" (obtenção do prazer) não podem ser permitidos pela sociedade, pois gerariam instabilidade. Essa não permissão da sociedade é representada, no clássico de Sófocles, pela autopunição de Édipo e seu exílio. Mais tarde, Freud levantou a possibilidade de este complexo estar representado também em outro clássico da literatura: "Macbeth", de William Shakespeare. Na obra desse autor inglês, o personagem-título mata o pai para se apoderar de seu trono (que representaria, simbolicamente, a figura materna, o prazer).