Civilização macrojê/História: diferenças entre revisões

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[[File:Carl Friedrich Philipp von Martius.jpg|thumb|Retrato de Carl Friedrich Philipp von Martius]]
[[File:Xerente 1809a.JPG|thumb|Índia xerente]]
[[File:Alencar.jpg|thumb|José de Alencar]]
[[File:Gonçalves Dias.png|thumb|Gonçalves Dias]]
[[File:FlorestaOmbrófilaMista.jpg|thumb|Distribuição do bioma da floresta de araucárias, território tradicional dos caingangues no sul do Brasil]]
[[File:Implantação de trecho da EFVM, Coronel Fabriciano MG.jpg|thumb|Implantação da estrada de ferro Vitória - Minas perto de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais, no Brasil, em 1924]]
[[File:Cândido Rondon.jpg|thumb|Marechal Rondon]]
[[File:SanAgustinPatz.JPG|thumb|Praça de Gertrudis Bocanegra, em Pátzcuaro, em Michoacán, no México]]
[[File:Levi-strauss 260.jpg|thumb|Claude Lévi-Strauss]]
[[File:PIX.jpg|thumb|Localização do Parque Indígena do Xingu no interior do Brasil]]
[[File:BR-163-364-070.jpg|thumb|Estrada BR-163]]
Segundo a tese tradicional, o grupo linguístico macro-jê surgiu no leste do Brasil. No entanto, devido a descobertas recentes que incluem os chiquitanos da Bolívia e Mato Grosso e os jabutis de Rondônia como pertencentes ao grupo macro-jê, surgiu recentemente uma tese que aponta o oeste brasileiro como centro de origem do grupo<ref>http://www.letras.ufg.br/macroje/?menu_id=3803&pos=esq</ref>.
 
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Em 17 de julho de 1873, o Ministério de Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Império Brasileiro decretou o fim das aldeias indígenas no Brasil, sob o argumento de que não existiriam mais índios no país. Isso significou que as terras ocupadas pelos índios brasileiros passaram a ser consideradas legalmente sem dono e, portanto, passíveis de ocupação através de leilão público<ref>http://plantasenteogenas.org/community/threads/kariri-xoc%C3%B3-o-povo-da-sagrada-jurema.4376/</ref>.
 
[[File:Alencar.jpg|thumb|José de Alencar]]
[[File:Gonçalves Dias.png|thumb|Gonçalves Dias]]
[[File:FlorestaOmbrófilaMista.jpg|thumb|Distribuição do bioma da floresta de araucárias, território tradicional dos caingangues no sul do Brasil]]
No final do século XIX e início do século XX, foi construída a Estrada de Ferro Vitória - Minas, desalojando os últimos índios aimorés que ainda habitavam a região. Os últimos remanescentes dos aimorés estão atualmente em reservas nos arredores do município de Resplendor, em Minas Gerais, sob a denominação de crenaque, que é o nome pelo qual eles mesmos se reconhecem.
 
[[File:Implantação de trecho da EFVM, Coronel Fabriciano MG.jpg|thumb|Implantação da estrada de ferro Vitória - Minas perto de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais, no Brasil, em 1924]]
No início do século XX, foram realizados os primeiros estudos científicos sobre a língua caingangue. No caso, por um frei capuchinho italiano encarregado da catequese indígena no norte do estado brasileiro do Paraná, Mansueto Barcatta de Val Floriana, que escreveu um dicionário e uma gramática da língua, em 1918 e 1920<ref>http://www.portalkaingang.org/index_lingua_2_1.htm</ref>.
 
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Em meados do século XX, despontou no futebol mundial um descendente de índios fulniôs: Mané Garrincha<ref>http://dialetica.org/agridoce/2009/03/13/garrincha-do-disparo-da-flecha-fulnio-a-ultima-garrafa/</ref>.
 
Na década de 1960, os índios xavantes foram expulsos de suas terras no estado brasileiro do Mato Grosso e transferidos para uma reserva indígena. No lugar desocupado pelos xavantes, foi instalada a fazendaFazenda Suiá-missu<ref>http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=2399</ref>. Nessa década, uma pesquisadora alemã do Summer Institute of Linguistics, Ursula Wiesemann, criou um alfabeto para a língua caingangue<ref>http://www.portalkaingang.org/index_lingua_2_2.htm</ref>. Em 1961, os irmãos Villas Bôas criaram o Parque do Xingu, uma grande área no estado brasileiro de Mato Grosso dedicado à preservação de várias etnias indígenas. Entre elas, os quínsedje e os tapaiunas, pertencentes ao tronco linguístico macro-jê<ref>http://pib.socioambiental.org/pt/povo/xingu</ref><ref>http://www.xinguofilme.com.br/</ref>.
 
Em 1967, devido a denúncias de irregularidades administrativas no Serviço de Proteção ao Índio, este foi substituído por um novo órgão: a Fundação Nacional do Índio.
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Na década de 1970, despontou o líder caiapó Tutu Pombo, no sul do estado brasileiro do Pará. Tutu inovou ao, invés de buscar o confronto contra o homem branco, como era a tradicional postura indígena, procurar lucrar através da permissão de exploração de madeira, ouro e pedras preciosas em suas terras. Como resultado, os índios de sua aldeia, chamada Cricretum, se tornaram os mais ricos do Brasil. Sua postura, porém, tornou-se polêmica, pois, ao mesmo tempo em que permitiu a autossuficiência econômica de sua aldeia, gerou grande destruição ambiental<ref>http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/8079_INDIO+QUER+A+TERRA+SE+NAO+DER+PAU+VAI+COMER</ref><ref>http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/capa_09101991.shtml</ref><ref>http://www.oexplorador.com.br/site/ver.php?codigo=12299</ref>.
[[File:Cândido Rondon.jpg|thumb|Marechal Rondon]]
 
Em 1972, os índios xerentes conseguiram, pela primeira vez, demarcar parte de suas terras no estado do Tocantins<ref>http://pib.socioambiental.org/pt/povo/xerente/1171</ref>.
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Em 2010, a justiça federal reconheceu o direito de os índios xavantes reocuparem a sua terra ancestral no estado brasileiro de Mato Grosso, a Terra Indígena Maraiwatsede, que estava ocupada por agricultores<ref>http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=2399</ref>.
 
Em 2011, o líder caiapó Raoni recebeu o título de cidadão honorário da cidade de Paris, em reconhecimento por sua luta pela defesa da Floresta Amazônica<ref>http://www.jn.pt/PaginaInicial/Brasil/Interior.aspx?content_id=2024057</ref>. Em 2012, estreou o filme brasileiro "Xingu", narrando a criação do Parque do Xingu, em 1961. Na sinopse do filme, participam os índios xavantes e os krem<ref>http://www.xinguofilme.com.br/</ref>.
 
No mesmo ano, os índios pataxós hã hã hães do sul do estado brasileiro da Baía obtiveram uma importante vitória: o Supremo Tribunal Federal do Brasil decretou que os títulos de posse que haviam sido concedidos a agricultores dentro do território indígena Caramuru-Paraguaçu, em meados do século XX, pelo governo estadual, eram nulos. A vitória no tribunal somente foi possível devido à invasão dos índios das fazendas dentro do território indígena, o que pressionou as autoridades para apressar a solução jurídica do caso, que já se arrastava há décadas<ref>http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3539</ref><ref>http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE84200220120503</ref>.
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File:SanAgustinPatz.JPG|Praça de Gertrudis Bocanegra, em Pátzcuaro, em Michoacán, no México
File:BR-163-364-070.jpg|Estrada BR-163
File:Brasilia Congresso Nacional 05 2007 221.jpg|Congresso Nacional brasileiro
File:Raoni 4.jpg|Raoni Metuktire em visita a Lille, na França, em 2000