Civilização Tupi-Guarani/História: diferenças entre revisões
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Segundo a teoria mais aceita pelos estudiosos, os povos indígenas da América são procedentes de migrações de povos asiáticos, que alcançaram a América através do Alasca. De lá, eles provavelmente desceram ao longo do continente americano até atingir o extremo sul da América do Sul.
Um desses povos diferenciou-se dos demais e desenvolveu uma língua
Os
Em suas migrações através da América do Sul, os
No século XV, guaranis que habitavam o leste do atual território paraguaio se deslocaram para o noroeste, atravessando a região do chaco e escravizando e se mesclando aos chanos, que eram uma população de língua pertencente ao grupo aruaque. Se fixaram, então, no sul do atual território boliviano, nos limites do Império Inca, com o qual passaram a ter constantes conflitos. Os incas passaram a chamar depreciativamente esse povo de chiriguano, porém eles preferiam se referir a si mesmos como guaranis avás.
No século XVI, com a chegada dos colonizadores europeus, alguns povos
Os índios
Muitos europeus dos séculos XVI e XVII que viveram durante algum tempo no continente americano descreveram os hábitos dos índios
Foi um europeu quem escreveu a primeira gramática da língua tupi: o padre jesuíta espanhol José de Anchieta, que teve publicada sua Arte de Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil em 1595 em Coimbra, em Portugal. Os jesuítas costumavam aprender a língua das populações nativas para poder convertê-los ao cristianismo. Além da gramática, Anchieta também escreveu várias peças de teatro em tupi, sempre com a intenção de doutrinar os índios sobre a doutrina da Igreja Católica. Nas representações dessas peças, Anchieta procurava se utilizar de referências culturais tupis, associando, por exemplo, o Deus cristão ao deus tupi do trovão, Tupã, assim como o diabo cristão ao fantasma tupi chamado Anhanga. Os jesuítas adotavam esse procedimento para serem mais facilmente compreendidos pelos índios.
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As missões jesuíticas no interior do continente prosperaram, colhendo erva-mate e criando gado e abastecendo as colônias espanholas na Bacia do Rio da Prata. Nas missões, os índios eram catequizados pelos jesuítas em guarani e produziam refinadas obras de arte sacra (música, escultura, arquitetura e teatro). Em 1639, o padre jesuíta peruano António Ruiz de Montoya, que vivia no Paraguai, publicou a primeira gramática da língua guarani: o Tesoro de la Lengua Guaraní, publicado em Madri, na Espanha<ref>http://www.campanhaguarani.org.br/historia/palavra.htm</ref>. Os jesuítas combateram o costume indígena da poligamia e forçaram os índios à prática da monogamia. No entanto, a grande concentração de índios nas missões despertou a cobiça dos bandeirantes paulistas, os quais faziam incursões frequentes em busca de mão de obra escrava. Como resultado, as missões se deslocaram cada vez mais para o interior do continente, procurando fugir da ação dos bandeirantes.
Por volta de 1700, uma etnia de língua
Em 1750, com a assinatura do Tratado de Madri, a Espanha cedeu a região a leste do Rio Uruguai para Portugal e ordenou que as sete missões estabelecidas nessa região se transferissem para a margem oeste. Os missioneiros não concordaram em abandonar suas terras, o que desencadeou as Guerras Guaraníticas, nas quais os missioneiros foram derrotados por exércitos portugueses e espanhóis. Na guerra, morreu o famoso líder guarani Sepé Tiaraju. A guerra foi retratada no clássico da literatura árcade brasileira do século XVIII O Uraguai (1769), de Basílio da Gama. Mesmo derrotados, os missioneiros continuaram presentes na Bacia do Rio da Prata, vindo a constituir-se numa das principais etnias formadoras dos típicos vaqueiros dos pampas: os gaúchos.
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