História da Europa/Crises da Idade Média: diferenças entre revisões

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Contudo, ainda que os ingleses tenham vencido todas as maiores batalhas e muitas das menores, a relativamente pobre Inglaterra nunca foi capaz de subjugar o sul da França, de longe a parte mais rica do reino, o que levou eventualmente a derrota inglesa na guerra.
 
==AlvorecerO alvorecer das cidades e do comércio==
No início do século XI, o feudalismo começa a entrar em ascensão na Europa. Surgem novas técnicas de cultivo, novas formas de uso de animais, principalmente cavalos e grande exploração da mão-de-obra camponesa. Com isso, a comida começa a sobrar e a gerar um grande excedente. Isto levou a um retorno das práticas comerciais, para que os excedentes sejam absorvidos. Houve, assim, o retorno do comércio, praticado inicialmente dentro de cada feudo, para depois começar a se expandir entre outros feudos e outros povos.
 
Dos séculos 6 ao 10, havia poucos centros de comércio e somente algumas classes de comerciantes na Europa.
Um fator importante para o comércio com outros povos foram as [[w:Cruzada|Cruzadas]], que aproximaram o Ocidente do Oriente. O caminho feito pelos cruzados tornaram-se rotas diretas para o Oriente, este já com o comércio extremamente desenvolvido. Com isso começaram a surgir [[w:feira|feiras]] de comércio, onde os comerciantes vendiam vários tipos de produto, mas especialmente produtos exóticos vindo do Oriente, tais como cravo, pimenta, canela, tecidos, etc.
 
[[File:Medieval market.jpg|left |thumb|200 px |mercado medieval]]
Com a expansão das feiras, os comerciantes começaram a instalar-se em cidades, denominadas ''burgos''; daí a denominação dos novos enriquecidos pelo comércio, os ''burgueses''. A expansão dos burgos e a grande oportunidade de enriquecimento rápido pelo comércio levou a uma decadência do sistema feudal, uma vez que os habitantes, que outrora viviam no campo, voltaram-se para as cidades e largaram o campesinato para se tornarem comerciantes.
 
Havia o comércio vindo de lugares distantes, mas, eram os bens de luxo que eram adquiridos pela nobreza e pela elite da igreja.
Esses bens eram comercializados por mercadores viajantes como os sírios ou os judeus.
 
Manufaturas eram feitas e vendidas nos solares dos senhores.
 
As populações não eram grandes o bastante para suportar um grande desenvolvimento econômico e os ataques dos vikings e dos árabes transformavam as rotas de comércio em uma aventura perigosa.
 
Durante a alta Idade Média (1000-1500), o comércio de longa distância se tornou mais seguro e proveitoso.
Como resultado os artesãos se estabeleceram nos centros comerciais que estavam crescendo, assim forçando os consumidores a se dirigirem àqueles locais.
 
As cidades, eram denominadas burgos; daí a denominação dos novos enriquecidos pelo comércio, os burgueses.
 
As cidades formaram ligas e federações urbanas, ou comunas, que trabalhavam juntas para lutar contra o crime e para barganhar com os monarcas e nobres.
 
[[File:Four women selling food-grains, vegetables and fruit.jpg|right |thumb|260 px |do artista Shiva Dayal Lal, venda de alimentos]]
 
As guildas cresceram, organizando e supervisionando os interesses de seus sócios. As guildas providenciavam educação vocacional, feita por pessoas confiáveis.
 
Porém, o espírito da economia medieval era evitar competição.
 
O crescimento das cidades teve um efeito emancipador. Forçaram os senhores a oferecer mais liberdade para os camponeses. Geralmente os camponeses ganhavam a liberdade em troca de um pagamento anual ao senhor.
 
Isso permitiu que um grande número de pessoas deixasse a agricultura para trabalhar numa espécie de indústria.
Assim houve uma aceleração econômica.
 
Uma espécie de revolução industrial artesanal ocorreu durante os séculos 12 e 13, especialmente nos Países Baixos, onde grandes centros de manufatura de roupas, como Ghent e Bruges acumulavam grande riqueza e estimulavam o crescimento na Europa ocidental.
 
A ''Hansa'', a famosa liga das cidades comerciais do Mar do Norte, Noruega e Báltico, surgiu nesse período, abrindo os recursos da Escandinávia para fornecer peles, madeira, cera de abelha e peixes.
 
A alta Idade Média também assistiu aos europeus retornando das Cruzadas no oriente médio, onde desenvolveram gosto por produtos que não havia na Europa.
 
Esses recém regressados introduziram o interesse dos europeus por temperos exóticos, sedas, frutas e drogas e outros produtos que eram desconhecidos.
 
As cidades em volta do Mediterrâneo se envolveram nesse comércio que se desenvolvia com o oriente, com Veneza se tornando o porto mais rico de entrada das mercadorias da Ásia, a base de onde Marco Polo e seus companheiros partiram na sua jornada até a China.
 
==Crescimento das monarquias nacionais==