História da Europa/Crises da Idade Média: diferenças entre revisões

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==Desafios à autoridade espiritual no fim da Idade Média==
 
A Idade Média forneceu muitos dos alicerces para a Reforma do século XVI.
A Idade Média forneceu muitos dos alicerces para a Reforma do século XVI. Ao longo do tempo, a Igreja proporcionou ordem, estabilidade e estrutura para o mundo medieval. O alicerce mais essencial da vida medieval era a salvação — e o objetivo final da vida de todas as pessoas era obter a salvação. Como as pessoas perdiam a fé na Igreja e sua habilidade de proporcionar a salvação, a Igreja começou a perder sua influência sobre o povo.
 
Ao longo do tempo, a Igreja proporcionou ordem, estabilidade e estrutura para o mundo medieval.
===A Peste===
 
[[File:BrownManchesterMuralWyclif.jpg|left |thumb|280 px |o julgamento de Wycliff]]
Como explicado anteriormente, a peste contribuiu para a perda de fé das pessoas na Igreja. Embora alguns crentes mais fervorosos considerassem tal praga como sendo enviada por Deus para punir o mundo por seus pecados. A Igreja da época teria jogado com tal noção a fim de incentivar uma crença mais fervorosa e de atacar todos os dissidentes.
 
O alicerce mais essencial da vida medieval era a salvação — e o objetivo final da vida de todas as pessoas era obter a salvação.
===Pessoas e movimentos heréticos===
Como as pessoas perderam a fé na Igreja e na sua habilidade de proporcionar a salvação, a Igreja começou a perder sua influência sobre o povo.
 
Como explicado anteriormente, a peste contribuiu para a perda de fé das pessoas na Igreja.
Alguns movimentos e pessoas desafiaram a autoridade da Igreja durante o fim da Idade Média
 
Como explicado anteriormente, a peste contribuiu para a perda de fé das pessoas na Igreja. Embora alguns crentes mais fervorosos considerassem tal praga como sendo enviada por Deus para punir o mundo por seus pecados. A Igreja da época teria jogado com tal noção a fim de incentivar uma crença mais fervorosa e de atacar todos os dissidentes.
====Espíritos livres====
 
Alguns movimentos e pessoas desafiaram a autoridade da Igreja durante o fim da Idade Média.
 
Os espíritos livres, por exemplo, acreditavam que a Igreja não estava satisfazendo as necessidades espirituais das pessoas e defendiam o [[w:Misticismo|misticismo]], ou a crença de que Deus e os seres humanos são da mesma essência.
 
John Wycliffe (1328–1384)
 
Foi um clérigo inglês e professor de Oxford.
 
Ele fundou o movimento dos ''Lollards'' (lolardos).
 
[[File:Hořice-Jan-Hus-Memorial2011c.jpg |right |thumb|240 px |memorial Jan Huss]]
 
Os lollardos sustentavam que a salvação não precisava vir através do papa e que o rei era superior a, e mais importante que o papa e a religião.
 
John Wycliffe afirmou que a leitura da Bíblia e as orações eram importantes para a religião do que a interpretação pelos padres.
 
Ele foi um dos primeiros a pretender traduzir a Bíblia para uma língua vernácula ao invés de usar o latim vulgar. Ele também rejeitou a riqueza extrema da Igreja e clero.
 
==== Jan Hus (1369-1415) na Boêmia ====
 
Criando o movimento chamado de ''hussitas'', tentou produzir reformas como aquelas tentadas por Wycliffe na Inglaterra.
 
Hus era um padre na Boêmia quando soube dos ensinamentos de Wycliff.
 
Enquanto as pessoas próximas acharam o movimento herético e o proibiram, Jan achava que todos tinham o direito de aprender.
 
Após conflitos e desacordos, Hus chegou a conclusão de que a igreja era corrupta e deixou sua terra natal para escrever ''Sobre a Igreja'' uma obra que criticou a maneira pela qual ela era dirigida.
 
Seus ensinamentos atraíram as massas e ele desenvolveu um grupo de seguidores conhecido como hussitas.
 
Em 1413, Hus foi convidado para um conselho nomeado para reformar a Igreja, mas quando ele chegou foi preso por causa de suas opiniões.
 
O julgamento que se seguiu foi, em muitos sentidos, apenas uma formalidade, já que ele era culpado a partir do momento em que entrara naquele local.
 
Hus havia sido excomungado em 1410 e, condenado pelo Concílio de Constança foi queimado vivo em 1415.
 
Os espíritos livres acreditavam que a Igreja não estava satisfazendo as necessidades espirituais das pessoas e defendiam o [[w:Misticismo|misticismo]] ou a crença de que Deus e os seres humanos são da mesma essência.
 
====Os lollardos e John Wycliff====
 
Os lollardos sustentavam que a salvação não precisava vir através do Papa e que o rei era superior a e mais importante que o Papa e a religião. [[w:John Wycliff|John Wycliff]], um padre inglês professor de Oxford, fundou o movimento. Ele afirmou que a leitura da Bíblia e a reza eram importantes para a religião, não a interpretação pelos padres. Ele foi um dos primeiros a pretender traduzir a Bíblia para uma língua vernácula ao invés de usar a [[w:Vulgata|Vulgata]]. Ele também rejeitou a riqueza extrema da Igreja e clero.
 
==== Jan Hus (1369-1415) na Boêmia ====
 
[[w:Jan Hus|Jan Hus]], formando os hussitas, tentou produzir reformas como aquelas tentadas por Wycliff na Inglaterra. Hua era um padre na [[w:Boêmia|Boêmia]] quando soube dos ensinamentos de Wycliff. Enquanto as pessoas ao redor dele acharam-nos heréticos e os proibiram, Jan achou que tinham o direito de ser ensinados. Após conflitos e desacordos, Hus chegou a conclusão de que a Igreja era corrupta e deixou sua terra natal para escrever ''Sobre a Igreja'' uma obra que criticou a maneira pela qual ela era dirigida. Seus ensinamentos atraíram as massas e ele desenvolveu um grupo de seguidores conhecido como hussitas. Em 1413, Hus foi convidado para um conselho nomeado para reformar a Igreja, mas quando ele chegou foi preso por causa de suas opiniões. O julgamento que se seguiu foi, em muitos sentidos, apenas uma formalidade, já que ele era culpado a partir do momento em que entrara. Hus foi queimado na estaca em 6 de julho de 1415. Foi excomungado em [[w:1410|1410]] e, condenado pelo [[w:Concílio de Constança|Concílio de Constança]], foi queimado vivo em [[w:1415|1415]].
 
===Corrupção na Igreja===