História da Europa/O Absolutismo na Europa: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Louis XIV of France.jpg|thumb|Luís XIV, "O Estado sou eu".]]
Absolutismo, significa "absoluto", o Rei continha todo o poder em suas mãos. Declarando-se "o Estado" (Luís XIV). Após a Revolução Francesa (em 1789), o Rei Luís XVI foi guilhotinado dando fim ao "Estado Absolutista".
 
[[File:Nicolas de Largillière 003.jpg|thumb |280px |left|Luis XIV e sua família]]
==Origens==
 
A partir do século XI, no período chamado de Baixa Idade Média, o sistema feudal gerava uma descentralização do poder politico. A mudança do sistema feudal, ocorreu pela junção de um vassalo a um senhor mais rico que lhe garantia proteção. A centralização gerou o período chamado de Idade Moderna e o Absolutismo.
 
A era do absolutismo, cujo maior exemplo foi o '''rei sol''' Luís XIV Bourbon da França, marca a subida ao poder dos governantes que, através da Europa possuíam poder absoluto sobre suas nações.
 
Na ordem do dia da economia estava o mercantilismo e as discussões religiosas desapareceram em meio às guerras europeias, e agora eram substituídas pela preocupação com a balança do poder.
 
==Luís XIV (1638-1715)==
 
O modelo do absolutismo, Luis XIV Bourbon da França, subiu ao poder em 1643, casou-se com Maria Teresa, filha de Felipe IV.
Seu poder derivou do fato de conseguir manter a França unida e poderosa durante todo o seu reinado.
 
Luís e Guilherme III Stuart de Orange foram arquimigos durante todo tempo, embora Luís sempre estivesse com vantagens e sempre agisse de modo ofensivo contra Guilherme.
 
O que Luís desejava era o controle sobre os Países Baixos por causa do seu poder econômico que era resultante do comércio, porque desejava esmagar os calvinistas e protestantes e também porque desejava ampliar seu território.
 
Luís XIV no entanto, avisou sempre a seu filho e herdeiro Luís XV, - ''não me imite no meu gosto pela guerra.''
Sua política agressiva resultou em ter que financiar o maior exército da Europa com 280 000 homens.
 
As guerras de Luís tiveram resultados horríveis e trouxeram pobreza para o povo francês e os protestantes desprezavam Luís.
 
Sua política econômica era comandada por Colbert e a nação era modelo de mercantilismo. Durante o reinado de Luís XIV a França se tornou o país dominante na língua, cultura e moda.
 
A frase famosa que alegam ser de Luís, que declarou – '''L´etat c´est moi''', ou '''O Estado sou eu,''' e seu reinado, exemplificam o absolutismo.
 
[[File:Felipe V; Rey de España.jpg|thumb |200px |right|Felipe V de Espanha]]
 
O bispo francês Bossuet declarou que era direito divino dos monarcas reinarem, concluindo que os reis eram os representantes de Deus ungidos por Ele para governar.
 
Luís agia sob essa crença, governando a França como se tivesse sido colocado na Terra por Deus para governar,
 
De modo geral, os objetivos estrangeiros de Luís eram expansão territorial e a propagação do catolicismo.
Luís foi muito bem sucedido em suas ambições domésticas, adquirindo poder absoluto através da burocracia centralizada. Ele controlou com sucesso as rebeliões dos nobres e fez de si mesmo o centro do poder e da cultura na França.
 
As pessoas dependiam dele para progredir e prosperavam com a sua boa vontade.
 
Luís também construiu o Palácio de Versalhes, que levou quatorze anos para ficar pronto.
Versalhes foi copiado em cada grande país europeu e isso manteve os nobres ocupados o suficiente para não se intrometer no governo. Em 1685, Luís revogou o Edito de Nantes tirando os direitos dos calvinistas na França.
 
==A guerra da sucessão espanhola==
 
Felipe IV Habsburgo de Espanha casou com Mariana Habsburgo da Áustria e os dois, tiveram um filho chamado Carlos II, física e mentalmente retardado.
 
Uma vez que ele não era apto a governar, em seu leito de morte foi pedido que ele decidisse quem deveria governar a Espanha.
 
A França argumentava que tinha mais direito ao trono, uma vez que, eles eram profundamente católicos, fortes e a meia irmã de Carlos era casada com Luís XIV. Assim sendo, Carlos deixou o trono para Felipe V Bourbon, o neto de Luís XIV.
 
Como resultado, estourou a guerra e uma coalizão se formou chefiada por Guilherme III Orange dos Países Baixos contra a França, num esforço para manter o equilíbrio do poder na Europa.
 
A guerra resultou na Paz de Utrecht, na qual ficou decidido que o governante de Espanha tinha que abandonar sua pretensão ao trono francês. Assim, Felipe foi reconhecido como rei da Espanha, mas a unificação de França e Espanha foi impedida.
 
A Espanha também perdeu territórios na Bélgica e Itália com a Paz de Utrecht, esse foi um dos motivos do resentimento dos espanhóis com seu novo governante.
 
[[File:Aertsen, Pieter - Market Scene.jpg|thumb |350px |left|cena de mercado por Pieter Aertsen]]
 
O equilíbrio do poder era um sistema no qual as nações europeias procuravam manter a soberania nacional de todos os Estados europeus.
 
O conceito era que todas as nações europeias deveriam procurar evitar que uma nação se tornasse poderosa demais e assim, os governos nacionais sempre mudavam suas alianças de modo a conseguir manter o equilíbrio.
 
A guerra da sucessão espanhola foi a primeira guerra cujo motivo central foi o equilíbrio do poder. Isso marcou uma mudança importante, porque os poderes europeus não teriam mais o pretexto de travar guerras religiosas.
 
Portanto a Guerra dos Trinta Anos seria a última a ser denominada como guerra religiosa.
 
==A economia mercantilista==
 
O objetivo global do mercantilismo era que essa política enriquecesse a economia, assim resultando em cidadãos prósperos, alta receita tributária e no fim dos fundos destinados ao exército e às guerras.
 
Durante os anos de 1600, a política mercantilista foi adotada pela maioria das nações europeias.
 
As características do mercantilismo eram :
 
-exportando mais bens do que o país importa, o tesouro se encherá de ouro e prata.
 
- o governo precisava encontrar colônias, conseguir matéria prima e então, a nação poderia vender os bens manufaturados de volta para as colônias.
 
- o governo deveria impor altas taxas sobre os produtos estrangeiros, para impedir os bens competitivos de outras nações e para proteger a manufatura local, assim aumentando o capital do governo.
 
- o governo deveria eliminar os impostos internos, mantendo os bens circulando livremente dentro do país.
 
- finalmente, a nação deveria se tornar auto suficiente em todas as suas necessidades.
 
[[File:Gerrit van Honthorst - Portret van Friedrich Wilhelm I, keurvorst van Brandenburg (1620-1688) en zijn echtgenote Louise Henriette van Nassau (1627-1667).jpg|thumb |200px |right| Frederico Guilherme I e sua esposa Louise Henriette de Nassau]]
 
==A ascenção da Prússia(1701-1740)==
 
A Prússia ficou poderosa no norte da Alemanha assim como a Áustria ficou no sul. A questão do dualismo alemão surgiu – perguntando especificamente, qual das duas uniria a Alemanha?
 
A Prússia enfrentou uma série de problemas durante sua busca para se tornar mais forte. O maior deles era que o país estava dividido em três partes que precisavam ser unidas – a parte central era Brandenburgo, onde ficava Berlim; a parte oriental chamada Prússia e os territórios ocidentais.
 
Para completar, a Prússia tinha poucos recursos naturais, uma população bem menor que os outros Estados fortes da Europa e ainda sofria os efeitos da Guerra dos Trinta Anos.
 
Sob Frederico Guilherme I de Brandemburgo, O Grande Eleitor, a Prússia se tornou altamente militarizada, dedicando todos os aspectos da sociedade às necessidades do exército.
 
Ele dobrou o contingente do exército para 80 000 soldados, o que ainda era pouco, comparado à outras nações, mas era o exército mais bem treinado e eficiente do continente.
 
Frederico Guilherme reforçou o exército da Prússia alistando cidadãos prussianos ao invés de mercenários, no que ficou conhecido como o sistema Cantão.
 
Cortou todas as despesas reais, especialmente a vida na corte e cobrou altos impostos das classes média e baixa. Serviço à nação era obrigatório para a nobreza, conhecidos como Junkers, eles frequentemente serviam como oficiais no exército enquanto os camponeses serviam na infantaria.
 
Havia uma rigorosa estratificação social. O governo subsidiou as indústrias têxteis, o que resultou em uniformes padronizados. Todos os membros do exército deviam manter um padrão de cabelo e barba ou bigode.
 
Frederico estabeleceu a primeira burocracia eficiente na Europa e foi um governante tolerante com relação às religiões. Ele recebeu 20 000 refugiados huguenotes depois que Luís XIV revogou o Edito de Nantes.
 
==Na Inglaterra==
 
Em 1603, Elizabeth I morreu sem deixar sucessores, e seu sobrinho, James VI da Escócia (que era filho de Mary a rainha dos escoceses que foi condenada a morte sob as ordens de Elizabeth em 1589) subiu ao trono inglês como James I.
 
Essa situação tornou a Escócia e a Inglaterra, nações governadas por um mesmo rei e estabeleceu a dinastia Stuart.
 
De qualquer forma, as duas nações nunca foram unidas – elas professavam religiões diferentes, tinham diferentes leis, cortes, parlamentos, igrejas e costumes, sem esquecer que entre elas havia 700 anos de desconfiança e ódio.
 
'''James I 1603-1625''' - reinou como monarca absoluto e dissolveu o parlamento.
 
Declarou que o monarca era o Tenente de Deus, seu emissário, e que reinava supremo sobre as terras.
 
Ele deu inicio ao absolutismo na Inglaterra e foi seguido por sua família durante as diversas gerações seguintes.
 
James defendia o direito divino dos reis e escreveu um livro chamado ''A lei das monarquias livres'' em 1598.
 
[[File:Daniel Martensz Mytens the Elder - Charles I.jpg|thumb |200px |left|Charles I por Daniel Martensz Mytens]]
 
 
'''Charles I 1625-1649''' - quando ele subiu ao trono, herdou um parlamento muito furioso, mas partilhava as crenças de seu pai James I, na autocracia.
 
Designou o arcebispo Laud para tornar a igreja anglicana mais cerimoniosa, como o catolicismo, instilando temores entre a população com relação a um retorno do catolicismo.
 
Em 1628 o parlamento emitiu a ''Petição dos Direitos''. Esse documento declarava que Charles não podia criar impostos sem o consentimento do parlamento, obrigando a todas as cidades a pagar impostos para manter a marinha inglesa.
 
Esses impostos enfureceram a população, uma vez que ''o dinheiro dos navios'' era pago, tradicionalmente pelas cidades costeiras.
 
O parlamento de 1640 era dominado por senhores de terras puritanos, que dispensaram Laud e revogaram os impostos que Charles decretou. Essas ocorrências resultaram na explosão da Guerra Civil Inglesa.
 
==Guerra civil inglesa 1642-1649==
 
A Guerra colocou em oposição aqueles que apoiavam o parlamento e aqueles que apoiavam o rei. Estavam em jogo, tanto o poder político quanto o controle da economia inglesa.
 
A guerra também confrontou puritanos, chamados de ''roundheads'' (puritanos que não usavam as perucas que simbolizavam as tradições dos nobres) e anglicanos chamados ''cavaliers''.
 
Aqueles que apoiavam o parlamento eram comandados por Oliver Cromwell.
 
Charles I foi capturado e membros do parlamento foram massacrados. Os presbiterianos se opunham à morte do rei, enquanto independentes defendiam o regicídio.
 
No evento chamado de ''Expurgo de Pride'' ou ''Pride´s Purge'' (Pride era um dos comandantes da revolta), Cromwell retirou à força todos os membros do parlamento que se opunham a matar o rei.
 
[[File:Oliver Cromwell Gaspard de Crayer.jpg|thumb |200px |right|Oliver Cromwell]]
 
Depois disso, Cromwell formou um novo governo chamado Commonwealth (comunidade), que durou de 1649 até 1653.
 
Esse governo era uma república democrática, no entanto em 1653 Cromwell formou o Protetorado, que era efetivamente uma ditadura militar.
Ele criou o Exército Novo, uma força militar, paga, de devotados puritanos.
 
Seu governo foi marcado por leis muito rígidas, incluindo não se poder jogar cartas e nem dançar.
Como muitos monarcas, ele achava difícil controlar o parlamento, foi quando dissolveu-o.
 
==Depois de Cromwell==
 
Em 1660, Cromwell saiu do governo, resultando na restauração de Charles II Stuart e portanto da linhagem Stuart de volta ao trono.
Charles II é conhecido como o ''Monarca Feliz'' porque ele estava sempre envolvido com uma vida festiva na corte e teve incontáveis amantes.
 
Ele também levou a Inglaterra a uma situação econômica de profundas dividas e continuou a guerra com os holandeses, que começou sob Cromwell de 1650 a 1670.
 
Sua política economica era mercantilista.
 
Durante seu reinado a Inglaterra enfrentou a Grande Praga em 1665 e o Grande Incêndio em 1666.
 
Em 1670, Charles assinou o ''Tratado Secreto de Dover'' com Luís XIV, como já diz, que secretamente comprometia a França e a Inglaterra a trabalharem juntas para retornar a Inglaterra aos braços da igreja católica.
 
Em 1673 ele assinou a ''Declaração de Indulgência'', onde assumia que os católicos podiam ter cargos políticos e militares.
 
O parlamento respondeu no mesmo ano, lançando a ''Lei do Teste'', onde constava que os cidadãos deveriam professar o anglicanismo para juntar-se ao parlamento e ao exército, tomando a comunhão anglicana.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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