Taoismo/Fundamentos: diferenças entre revisões

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Logo, o melhor que temos a fazer é procurar minimizar ao máximo nossas ações no universo, limitando-as ao mínimo indispensável. Assim fazendo, ou melhor, "não fazendo", seremos mais felizes e o universo, mais belo e harmonioso. É um conceito que encontra ressonância no pensamento ecológico atual, que procura minimizar o impacto das ações do homem no meio ambiente. E, apesar de parecer ser, aos olhos ocidentais, uma doutrina exótica oriental, no fundo não passa de uma outra forma de enunciar a velha expressão italiana ''dolce far niente'' ("doce fazer nada").<ref>''Priberam dicionário''. Disponível em http://www.priberam.pt/dlpo/dolce%20far%20niente. Acesso em 5 de dezembro de 2013.</ref>
 
A natureza, o modelo de perfeição do taoismo, também é regida pela não ação: nela, não existem ações desnecessárias. Todos os seres vivos somente agem por um bom motivo. Caso contrário, eles estariam desperdiçando energia vital, o que não seria positivo do ponto de vista da seleção natural.
 
* suavidade
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Segundo o taoismo, o excesso de normas e proibições demonstra a decadência moral de uma sociedade, pois o homem virtuoso faz o bem de uma forma natural, espontânea, sem a necessidade da existência de regras. Se uma sociedade tem de criar muitas regras, é porque ela está corrompida. Segundo a doutrina taoista, o excesso de regras é inútil: ela apenas estimula os criminosos a inventarem novas formas de burlar as leis. O governante ideal deveria governar através de seu exemplo pessoal de humildade e de não interferência, e não impondo normas aos cidadãos. O excesso de normas aprisiona o homem, dificultando o pleno desabrochar de suas potencialidades e a livre expressão de sua natureza.
 
Devemos, ao invés disso, ser fiéis a nossa natureza interior, procurando ser espontâneos. Disso, resultará saúde e felicidade. É interessante notar que, neste ponto, o taoismo é uma exceção no mundo das religiões, pois estas costumam impor normas aos indivíduos. Embora, sob certo ponto de vista, esta busca taoista pela espontaneidade podepossa ser encarada, paradoxalmente, como uma norma! (O humor e a ironia também são características marcantes dos textos clássicos taoistas!)<ref>TSAI, C. ''Tao em quadrinhos''. Tradução de Maria Clara de B. W. Fernandes. Rio de Janeiro. Ediouro. 1997. pp. 85,85.</ref>
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