História do Brasil/O Primeiro Reinado: diferenças entre revisões
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O '''Primeiro Reinado''' constitui o período que vai da Independência, até a abdicação de Pedro I em 1831 em favor de Pedro II, na época com cinco anos. Nesse período, ocorreram a Guerra da Cisplatina e a Confederação do Equador.
==Governo de D. Pedro
[[Imagem:Debret31.jpg|thumb|Coroação de Pedro
Diversos foram os motivos que levaram D. Pedro
A estas preocupações de D. Pedro I com a sucessão portuguesa juntavam-se outros fatos, que contribuíram decisivamente para a sua impopularidade: embora considerado "liberal por instinto", punha em prática cláusulas constitucionais absolutistas, o que acirrou os conflitos entre o Executivo e o Legislativo. Ao encerrar a sessão de 1829 do Legislativo, em vez da costumada e cerimoniosa "fala do trono", usualmente longa, limitou-se D. Pedro I a dizer: "Augustos e Digníssimos Senhores Representantes da Nação Brasileira: está fechada a sessão".
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O imperador, D. Pedro I, perdera a simpatia do povo ainda por outros motivos, entre os quais: a Guerra Cisplatina, com seu resultado negativo; a inquietação trazida pela revolta de três batalhões estrangeiros, que durante dois dias de junho de 1828, agitaram a Corte com sua resistência armada contra a disciplina militar e a ameaça de bombardeio do Rio por uma esquadra francesa, comandada pelo Almirante Roussin, que veio reaver navios franceses apresados na Campanha Cisplatina.
Paralelamente, animaram-se o espírito liberal e o nativista: criou-se uma sociedade secreta chamada Colunas da casa do
Em uma tentativa de recuperação do prestígio perdido, em fins de 1830 D. Pedro I empreendeu uma viagem a Minas Gerais onde era forte a corrente liberal liderada por Bernardo Pereira de Vasconcelos; foi, porem, infeliz: por toda parte recebiam-no com frieza e diz-se que, em Barbacena, ouviu dobres de sinos por Libero Badaró. Ao regressar de Minas, seus partidários (chamados adotivos por serem portugueses que haviam optado pela nacionalidade brasileira) quiseram fazer-lhe uma homenagem, preparando-lhe "manifestações com luminárias"; os nacionais opuseram-se violentamente a essas manifestações e entraram em conflito com os adotivos. Esse conflito passou à História com o nome de Noite das Garrafadas.
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Tais distúrbios repercutiram intensamente, razão por que os deputados liberais assinaram uma representação a D. Pedro I, redigida por Evaristo da Veiga: protestavam contra as ameaças de prisão feitas aos brasileiros e exigiam a punição dos portugueses responsáveis pelas "garrafadas". Em 20 de março de 1831, em uma derradeira tentativa de conciliação, o imperador nomeou um ministério composto de brasileiros natos. Não obstante, a este ministério fez logo suceder outro, considerado da linha absolutista, chamado Ministério dos Marqueses, composto dos Marqueses de Aracati, Paranaguá, Baependi e Inhambupe, além do Visconde de Alcântara.
O povo revoltou-se, reunindo-se mais de duas mil pessoas no Campo de Santana, que, insufladas por Evaristo da Veiga, Odorico Mendes, Borges da Fonseca e outros, exigiram a demissão do Ministério dos Marqueses e a conseqüente reposição do anterior. Entretanto, diante da exigência da multidão, D. Pedro I respondeu, entre outras coisas: "Tudo farei para o povo; nada, porem, pelo povo." Ao ministro francês Pontois que o visitou nestes dias, D. Pedro I confidenciou: "Não querem mais saber de mim porque sou português. De há muito esperava isso, e anunciei-o após a minha viagem a Minas. Meu filho tem sobre mim a vantagem de ser brasileiro". Recorreu-se ainda a mediação, junto ao imperador, do Brigadeiro Francisco Lima e Silva; D. Pedro I manteve-se irredutível e isto determinou a adesão das tropas ao movimento popular, que se avolumava incessantemente. Perto da meia-noite o Batalhão do Imperador manifestou-se favorável às reivindicações da multidão. Sem apoio militar, D. Pedro I quis reconsiderar a situação, mas a seu modo, formando novo ministério com o Senador Vergueiro, que não foi encontrado. Pouco depois, as 2 horas da manhã de 7 de abril de 1831, D. Pedro I entregou ao Major Miguel de Frias a sua abdicação, redigida nos seguintes termos: "Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei mui voluntariamente abdicado na pessoa do meu muito amado e prezado filho, o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa
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