Reis e Rainhas da Inglaterra /Os Normandos: diferenças entre revisões

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Além das propriedades rurais, que constituem sua estrutura, Domesday contém uma série de anotações a respeito da maior parte das cidades, as quais ali estavam provavelmente por causa de sua importância para Coroa em aumentar os impostos.
 
 
===Filhos===
 
Em 1053 Guilherme casou com sua prima Matilda de Flandres, contra a vontade do papa, Leão IX (Leo IX). Ele estava com 26 anos e ela com 22.
Guilherme e Matilda tiveram quatro filhos homens. O primogênito foi Roberto Curthose e logo após nasceu Guilherme (William). O terceiro filho chamado Ricardo (Richard), faleceu em 1085 enquanto Guilherme I ainda estava vivo. O último filho foi Henrique (Henry).
Guilherme e Matilda também tiveram muitas filhas, mas não se sabe exatamente quantas.
 
===Morte e Legado===
 
Guilherme morreu com a idade de 60 anos no Convento de St Gervais, perto de Rouen, França, no dia 9 de setembro de 1087.
 
Ele faleceu devido a ferimentos no abdome após ter caído do cavalo no Cerco de Mantes, e foi sepultado na Igreja de São Pedro (St. Peter's Church) em Caen, Normandia. O problema foi que seu corpo, gordo, explodiu enquanto os bispos tentavam enfiá-lo numa tumba de pedra que haviam preparado para ele.
 
Isso levantou um cheiro tão horrível que as pessoas que o velavam tiveram que sair.
 
Quando o Rei Guilherme I morreu, ele dividiu seu reino e as riquezas entre seus três filhos que estavam vivos.
 
O mais velho Roberto, se tornou Duque da Normandia; o segundo Guilherme, se tornou Rei da Inglaterra; e o mais novo Henrique, recebeu valores, mas ele se tornaria rei, após a morte de Guilherme II.
 
 
==Guilherme II (William II) (1087-1100)==
 
 
[[File:British - William Rufus - Google Art Project.jpg|200px|thumb|right|Guilherme II (William II)]]
 
'''Guilherme II''' nasceu na Normandia em algum momento entre os anos 1056 e 1060. Ele foi apelidado "'''Rufus'''", que é a palavra latina para "vermelho", talvez por causa de seu rosto avermelhado.
 
Ele foi o segundo filho de Guilherme o Conquistador e se tornou Rei da Inglaterra de 1087 até 1100, com poderes também sobre a Normandia, e influência sobre a Escócia. Porém já não possuía o mesmo poder sobre Gales.
 
'''Observação sobre a figura do rei:'''
 
''de acordo com Guilherme de Malmesbury (William of Malmesbury), Guilherme Rufus era uma figura sólida e musculosa com uma barriga protuberante; se vestia como um cavalheiro no fino da moda, e embora fosse chocante, ele usava o cabelo louro comprido, repartido no meio e deixando o rosto descoberto, de modo que a testa ficava aparente; e em seu rosto vermelho e colérico, os olhos mudavam de cor, salpicados de pontos de luz.''
 
===As Lutas pelo Poder ===
 
A divisão das terras de Guilherme o Conquistador em três partes, se tornou um problema para os nobres que possuíam terras, em ambos os lados do Canal.
 
Uma vez que Guilherme Rufus e Roberto eram rivais naturais, esses nobres sabiam que não poderiam agradar a ambos, e portanto se arriscavam a perder os favores de um governante ou do outro (ou de ambos).
 
A única solução que acharam para essa situação era unir a Inglaterra e a Normandia novamente sob um mesmo governante.
Por esse motivo, eles se revoltaram contra Guilherme e apoiaram Roberto na Rebelião de 1088, sob a liderança do poderoso Bispo Odo de Bayeux, que era meio irmão de Guilherme o Conquistador.
 
Roberto não apareceu na Inglaterra para mobilizar seus partidários, e Guilherme ganhou o apoio dos Ingleses com valores e promessas de um governo melhor, e derrotou a rebelião, assim assegurando sua autoridade.
 
Em 1090 ele invadiu a Normandia, esmagando as forças de Roberto e o obrigando a abrir mão de parte de suas terras.
Em 1091, Henrique, o irmão mais novo de Guilherme também tentou tirá-lo do trono.
 
Depois disso, Roberto e Guilherme acertaram suas diferenças e Guilherme concordou em ajudar Roberto a recuperar suas terras perdidas na França.
 
Mais tarde, Roberto escolheu Guilherme para governar a Normandia em seu lugar, quando partiu na Primeira Cruzada em 1096.
 
Muito do reinado de Guilherme foi passado em rixas com a igreja; após a morte, em 1086, de Lanfranc, que era Italiano-Normando e era o Arcebispo de Canterbury, Guilherme demorou a escolher um novo arcebispo enquanto recolhia um bocado do dinheiro da igreja para si mesmo.
 
Somente quando ficou seriamente doente em 1093 foi que ele escolheu outro Italiano-Normando, Anselmo de Bec (Anselm of Bec) como novo Arcebispo.
 
Tudo isso levou a um longo período de animosidade entre a igreja e o estado. Guilherme e Anselmo discordavam em muitas coisas os clérigos ingleses, que dependiam do rei para viver, não podiam apoiar Anselmo em público.
 
Guilherme convocou um conselho em Rockingham em 1095 para colocar Anselmo na linha, obediente a ele. Mas, o clérigo apelou para Roma.
Em outubro de 1097, Anselmo foi para o exílio, levando seu caso até o Papa.
 
O novo papa era o Papa Urbano II (Pope Urban II), que não estava em posição de fazer nenhum inimigo da realeza. O Imperador da Alemanha apoiava o antipapa, e Urbano chegou a um acordo com Guilherme.
 
Guilherme o reconheceria como Papa e Urbano aceitaria a posição de Guilherme nas suas disputas com Anselmo.
 
Guilherme ficou com a renda do arcebispado de Canterbury durante todo o tempo em que Anselmo ficou exilado, e Anselmo permaneceu no exílio até o reinado do sucessor de Guilherme, Henrique I.
Guilherme brigou com o rei Escocês, Malcolm III, o obrigando a prestar homenagem em 1091 e tomando o condado noroeste da Cumbria em 1092.
Na Batalha de Alnwick, em 13 de novembro de 1093 Malcolm e seu filho foram mortos. Guilherme então ganhou o controle efetivo do trono escocês após a morte de Malcolm, quando escolheu um homem de nome Edgar para se tornar rei, posição que ele ocupou de 1097 até 1107.
 
Em seu próprio reino, Guilherme tinha um grande número de brigas com os nobres Normandos. Em 1095, Guilherme teve que reunir um exército contra o conde de Northumbria.
 
Outro nobre, Guilherme de Eu (William of Eu), também foi acusado de traição e o cegaram e castraram.
No mesmo ano Guilherme II também liderou uma campanha mal sucedida em Gales. Ele tentou novamente em 1097 igualmente sem sucesso.
 
Ele foi para a Normandia em 1097 e desde então até 1099 fez campanhas na França, com algum sucesso. Na época de sua morte ele estava planejando ocupar a Aquitânia no sul da França.
 
===Morte e Legado===
 
[[File:The Rufus Stone, New Forest - geograph.org.uk - 26525.jpg|200px|thumb|left|A Pedra Rufus]]
 
Guilherme II foi assassinado enquanto caçava em New Forest em 2 de agosto 1100. As circunstâncias permanecem obscuras.
 
Durante a caçada o grupo se espalhou enquanto caçavam sua presa, e Guilherme, na companhia de Walter Tirel (ou Tyrell), Lorde de Poix, ficaram separados dos outros.
 
Essa foi a última vez que Guilherme foi visto com vida. Guilherme foi encontrado no dia seguinte por um grupo de camponeses locais, morto na floresta com uma flecha que perfurou seus pulmões.
 
Guilherme foi abandonado pelos nobres no local onde caiu, porque a lei e a ordem do reino morria com o rei, e eles tinham que fugir para suas terras Inglesas ou Normandas para assegurar seus interesses.
 
Conta a lenda que o corpo do rei foi carregado por um carvoeiro local chamado Purkis, até a Catedral de Winchester, na sua carroça.
Uma pedra conhecida como ''Pedra Rufus'' marca o local onde se acredita que o rei caiu.
 
De acordo com os escritores anos depois do acontecimento, a morte de Guilherme não foi assassinato. Walter e Guilherme estavam caçando juntos e Walter lançou uma flecha que, ao invés de acertar na caça, acertou Guilherme no peito.
 
Walter tentou ajudá-lo, mas não havia mais nada que pudesse fazer. Com medo de ser acusado de assassinato, Walter entrou em pânico, pulou em seu cavalo e fugiu, chegando na França.
 
Como Guilherme II nunca se casou e não possuía herdeiros legítimos, o próximo rei foi seu irmão, Henrique (Henry).