Linux Essencial/História do Linux: diferenças entre revisões

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== História do Linux ==
 
=== História do Unix ===
Para entender como foi criado o Linux é necessário entender o sistema operacional em que ele foi baseado, o Unix. O Unix tem suas raízes no projeto MULTICS (Multiplexed Information and Computing Service). Foi iniciado em 1965 e desenvolvido por grandes instituições da época: AT&T, GE (General Eletric) e o MIT (Massachusetts Institute of Technology).
 
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O POSIX continua mantido até hoje, através de um comitê do IEEE, denominado PASC (Portable Application Standards Committee, veja link [8], Padrão POSIX) e além dele, também surgiu um consórcio de empresas denominado Open Group (veja link [9], Open Group), que realiza um trabalho semelhante, através do padrão “Single Unix Specification”. Como as normas da IEEE não podem ser publicadas livremente, há uma tendência em seguir o padrão da Open Group, por ser livre, aceitar contribuições e estar disponível na internet. Devido à esta variedade de sistemas operacionais seguindo os mesmos padrões é que o Unix atualmente é considerado não mais um sistema operacional, mas sim uma família de sistemas operacionais.
 
=== História do Linux ===
O Linux foi criado pelo estudante finlandês de Ciências da Computação da Universidade de Helsinque, chamado Linus Torvalds. Ele inspirou-se em um sistema operacional compatível com o Unix desenvolvido por Andrew Tanembaum, chamado Minix (veja link [10], Minix).
 
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Linus começou a interessar-se por computadores quando digitava programas à pedido de seu avô, que possuía um VIC-20, o qual foi, mais tarde, herdado por Linus. Depois desses primeiros contatos, ele sempre teve vontade de sempre conhecer mais sobre os computadores. Desde então, a maior parte de seu tempo é dedicada a estudos na área de computação. Ele mesmo se considera um “geek”, que é um termo que designa especialistas na área de informática (algo como “nerd” aqui no Brasil). Na fria Finlândia, como dizia a própria mãe, bastavam um quarto e um computador para que Linus se sentisse satisfeito.
 
A priori, o desenvolvimento do Linux não tinha um projeto definido. A idéia de Linus era fazer um Minix melhor do que o Minix, uma vez que o professor Andrew Tanembaum havia desenvolvido o Minix como uma ferramenta acadêmica, sem intenções de uso cotidiano, e não fazia mudanças sugeridas pelos seus usuários.
 
Em 5 de outubro de 1991, Linus disponibilizou a versão 0.02 do núcleo do Linux, através de uma mensagem de news convocando programadores interessados a participarem do processo de desenvolvimento do sistema. (veja link [11], mensagens de news históricas de Linus. As news são fóruns de usuários onde esses conversam sobre determinado tema, nesse caso sobre o Sistema Minix). Essa versão era bem mínima conseguindo rodar as ferramentas como: interpretador de comandos (bash), compilador C (gcc), e compactador (compress). Na época, a versão 0.02 ainda dependia do Minix para ser compilada e era dependente da plataforma i386 (Intel 386).
 
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Essa versão não tinha nenhuma restrição de uso, assim como outros sistemas da época, tais como: Hurd, que ainda não estava utilizável (veja link [12], História do Hurd); e 386BSD, que deu origem ao atual FreeBSD, liberado em 1993 com diversos problemas no desenvolvimento de projetos na época (veja link [13], história do FreeBSD).
 
Vários fatores ajudaram a rápida expansão do Linux depois de seu lançamento:
* Popularização dos computadores pessoais: o Unix era o S.O. padrão para estudos em universidades, porém, utilizavam plataformas proprietárias relativamente caras. O Linux se tornou uma opção para resolver esse problema, porque com ele foi possível a utilização de computadores pessoais mais baratos.
* Projeto GNU: o projeto GNU, criado por Richard Stallman em 1984, surgiu com o intuito de apoiar a liberdade de software (veja seção mais adiante sobre Software Livre). Na época do surgimento do Linux, Stallman apoiava e pretendia adotar o kernel Hurd, porém este não estava utilizável, com isso, o Linux acabou sendo o kernel (componente central do sistema operacional ligando aplicativos e o processamento real de dados feito pelo hardware) preferido para rodar as centenas de programas livres disponibilizados pelo projeto, porém o Hurd continua sendo o kernel oficial do sistema operacional GNU.
* Distribuições Linux: no sentido de tornar o Linux o mais utilizável possível, surgiram instituições comerciais e não-comerciais que se dedicaram a criar uma combinação ideal de aplicativos (livres ou não) que rodassem no kernel Linux. As instituições com objetivos comerciais mantiveram o licenciamento livre, através de serviços agregados, tais como: suporte, treinamento e desenvolvimento customizado. Veja seção mais adiante sobre distribuições Linux.