Reis e Rainhas da Inglaterra /Os Stuarts: diferenças entre revisões

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carlos II
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Esse foi um breve período de restauração da Comunidade da Inglaterra e do filho de Carlos I, também de nome Carlos, que logo foi convidado para assumir o trono.
 
 
==Carlos II (Charles II) (1660-1685)==
 
[[File:Charles II (Henri Gascard).jpg|thumb |300px |left|Carlos II por Henri Gascard]]
 
'''Carlos II''' nasceu no Palácio St. James em 29 de maio de 1630. Carlos foi o filho mais velho, sobrevivente, de Carlos I e Henrietta Maria de França.
 
Ele foi Rei da Escócia de 30 de janeiro de 1649 e Rei da Inglaterra e Irlanda de 29 de maio de 1660 até sua morte em 6 de fevereiro de 1685.
Ao contrário de seu pai, Carlos I, Carlos II foi hábil em manipular o Parlamento da Inglaterra, de tal forma que, Carlos II é ainda considerado um dos grandes reis da Inglaterra.
 
Foi durante seu reinado que os partidos políticos Whig e Tory se desenvolveram.
Ele foi pai de inúmeros filhos ilegítimos, dos quais reconheceu quatorze.
 
Conhecido como o ''Monarca Feliz'' Carlos foi patrono das artes.
 
 
===Restauração===
 
Após a morte de Oliver Cromwell em 1658, as chances de Carlos recuperar a coroa pareciam pequenas.
 
Oliver Cromwell foi sucedido como Lorde Protetor por seu filho, Richard Cromwell.
No entanto, o novo Lorde Protetor abdicou em 1659. O Protetorado da Inglaterra foi abolido e a Comunidade da Inglaterra estabelecida.
 
Durante a agitação civil e militar que se seguiram, George Monck, o governador da Escócia, muito preocupado com a situação, vendo que a nação iria afundar na anarquia, se dispôs a restaurar a monarquia.
 
Monck e seu exército marcharam até Londres e forçaram o Longo Parlamento a se dissolver por conta própria.
 
Pela primeira vez em quase vinte anos, os membros do Parlamento enfrentaram eleições gerais.
Uma Câmara dos Comuns Monarquista foi eleita. O Parlamento Convencional, logo preparou em 25 de abril de 1660, a Declaração de Breda, através da qual, Carlos concordava, entre outras coisas, a perdoar a maioria dos inimigos de seu pai.
 
Logo a seguir, declarava que Carlos II era o Soberano por direito desde a execução de Carlos I em 1649.
 
Carlos partiu para a Inglaterra, chegando a Dover em 23 de maio de 1660 e entrando em Londres em 29 de maio.
 
Embora Carlos tivesse garantido anistia aos apoiadores de Cromwell no ''Ato de Indenização e Esquecimento'', ele voltou atrás em seu perdão aos comissários e oficiais envolvidos no julgamento e execução de seu pai. foram enforcados, deformados e esquartejados. Outros receberam prisão perpétua.
 
O corpo de Oliver Cromwell também sofreu o mesmo tratamento.
O Parlamento Convencional foi dissolvido em dezembro de 1660. Logo após a coroação de Carlos na Abadia de Westminster em 23 de abril de 1661, o segundo Parlamento do reino, o Parlamento Cavalier se reuniu.
 
Este era um Parlamento esmagadoramente monarquista, Carlos não achou nenhuma razão para dissolvê-lo durante dezessete anos.
 
 
===Política Externa===
 
Em 1662 Carlos casou com a princesa portuguesa Catherine de Bragança, cujo dote acrescentou a ele, os territórios de Bombaim e Tânger.
No entanto, durante o mesmo ano, ele vendeu Dunquerque, um território extremamente valioso estrategicamente, para seu primo Rei Luís XIV de França por £40,000.
 
Em 1668, a Inglaterra se aliou à Suécia e ao seu antigo inimigo, a Holanda, para se opor à Luís XIV na Guerra da Devolução.
 
Luís foi forçado a fazer a paz com a Tríplice Aliança, mas continuou a manter sua intenção agressiva.
 
Em 1670 Carlos, procurando resolver seus problemas financeiros, concordou com o Tratado de Dover, através do qual, Luís XIV pagaria £200,000 a cada ano.
 
Nesse meio tempo, por volta de 1670, Carlos deu à Companhia das Índias Orientais Britânica, o direito de adquirir territórios autônomos, cunhar moeda, comandar fortalezas e tropas, formar alianças, declarar guerra e paz, e exercer jurisdição civil e criminal sobre as áreas adquiridas na Índia.
 
Antes, em 1668 ele alugou as ilhas de Bombaim pela quantia insignificante de dez pounds sterling pagos em ouro.
 
 
===Grande Praga e o Fogo===
 
Em 1665, Carlos II se viu enfrentando um grande problema, um surto de Peste Bubônica em Londres, em geral se chama de Peste Negra ou a Grande Praga de Londres.
 
As mortes chegaram a alcançar 7000 pessoas por semana.
Carlos e sua família e a corte fugiram de Londres em julho de 1665 na direção de Oxford.
 
Várias tentativas de conter a praga foram feitas pelos responsáveis pela saúde pública mas, todas foram em vão. A praga continuava a se espalhar rapidamente.
 
Em 2 de setembro de 1666 começou o Grande Incêndio de Londres.
O incêndio acabou com a Peste Negra porque queimou os vetores da doença, os ratos e as pulgas, mas, o fogo consumiu umas 13 200 casas e 87 igrejas, incluindo a original, Catedral St. Paul.
 
 
===Conflito com o Parlamento===
 
A esposa de Carlos, Rainha Catherine não conseguiu dar à luz um herdeiro. Portanto, o herdeiro de Carlos era seu irmão James, nada popular, ele era católico romano.
 
Em 1678, Titus Oates, um ex-clérigo anglicano, inventou uma ''Trama Papal'' para matar o rei e o substituir por James. Carlos não acreditou na história, mas ordenou que seu ministro chefe, a investigasse.
Ele, no entanto, era um anti-católico e encorajou Oates a tornar públicas suas acusações.
 
[[File:Philippe-Jacques de Loutherbourg - The Great Fire of London - Google Art Project.jpg|thumb |300px |right|O Grande Incêndio de Londres por Philippe-Jacques de Loutherbourg]]
 
O povo foi tomado de uma histeria anti-católica; juízes e júris condenavam os supostos conspiradores pelo país afora; numerosos indivíduos inocentes foram executados.
 
Mais tarde, no entanto, o ministro chefe foi impedido pela Câmara dos Comuns sob a acusação de alta traição.
Para salvar Lorde Danby do julgamento de impeachment na Câmara dos Lordes, Carlos dissolveu o parlamento em janeiro de 1679.
 
Um novo parlamento se reuniu em março do mesmo ano, e foi bastante hostil ao rei, obrigou que o ministro chefe renunciasse e o fez prisioneiro na Torre de Londres.
 
 
===Últimos Anos===
 
O parlamento de 1679 foi eleito numa época de forte sentimento anti-católico. Ele era contra a perspectiva de ter um monarca católico.
 
Uma ''Lei de Exclusão'' foi aprovada pela Câmara dos Comuns, com o intuito de excluir James da linha de sucessão. Os ''Abhorrers'' (aqueles que têm aversão, antipatia), aqueles que se opuseram à Lei de Exclusão, acabaram se transformando no ''Partido Tory'', enquanto que, aqueles que apoiavam a Lei de Exclusão, se tornaram o ''Partido Whig''.
 
Temendo que a Lei da Exclusão passasse, Carlos dissolveu o parlamento em dezembro de 1679.
 
Outros dois parlamentos foram convocados durante o reinado de Carlos (um em 1680 e outro em 1681), mas ambos foram dissolvidos porque eles estavam prestes a aprovar a Lei da Exclusão.
 
Durante o ano 1680, no entanto, o apoio popular à Lei da Exclusão foi se dissolvendo, e Carlos conviveu com um surto de lealdade da população.
 
Durante o resto de seu reinado, Carlos reinou como um monarca absolutista, sem parlamento.
 
Em 1685 Carlos faleceu subitamente. Quando percebeu que estava morrendo e em grande segredo, um padre foi chamado à sua cabeceira.
 
Carlos foi aceito pela igreja católica e recebeu os últimos ritos.
Ele foi sepultado na Abadia de Westminster.
Seu sucessor foi seu irmão, que se tornou James II na Inglaterra e Irlanda e James VII na Escócia.