Islamismo/História: diferenças entre revisões

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[[File:AschuraFestKarbala.jpg|thumb|Carbala, no Iraque, durante a axura de 2008]]
[[File:Iraq map karbala.png|300px|thumb|Localização de Carbala no Iraque]]
O islamismo teve início quando Maomé, um comerciante da cidade de Meca, na Península Arábica, se retirou para uma caverna nos arredores da cidade para meditar no ano 610. Na caverna, situada no Monte Hira, Maomé recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe mandou recitar versos que lhe teriam sido enviados por Deus e lhe comunicou que ele, Maomé, fora escolhido para ser o último profeta enviado por Deus à humanidade. Os versos foram posteriormente redigidos, formando o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
 
Em 632, morreu Maomé, desencadeando uma disputa pela sua sucessão como líder dos muçulmanos, ou califa. Abu Bakr foi declarado oficialmente como seu sucessor, porém muitos muçulmanos preferiram apoiar Ali ibn Abu Talib, primo e genro de Maomé. Os que apoiaram Ali passaram a ser chamados de "xiitas", de ''Shiat Ali'' ("Partido de Ali"). Os demais muçulmanos passaram a ser conhecidos como "sunitas", de ''suna'' ("caminho trilhado"), pois eles seguem apenas aquilo que Maomé determinou ao longo de sua vida.
Maomé começou, então, a pregar, em sua cidade, os ensinamentos que recebera na caverna. As pessoas que aceitaram esses ensinamentos passaram a ser conhecidos como "muçulmanos", ou seja, "aqueles que se submetem à vontade de Deus, aqueles que estão em paz, aqueles que são puros, aqueles que obedecem à vontade de Deus", a partir da raiz etimológica árabe ''salam'', que significa "paz, pureza, submissão, obediência". Esta mesma raiz etimológica originou o nome da comunidade de seguidores de Maomé, o Islã<ref>http://www.religiaodedeus.net/significado_islam.htm</ref>. Porém os adeptos da nova religião foram hostilizados pela população e Maomé teve de fugir para a cidade próxima de Iatribe, a atual Medina, no ano 622. Essa fuga recebeu o nome de Hégira (''Hijra'') e deu início ao atual calendário muçulmano.
 
Em Medina, a pregação de Maomé foi melhor recebida. Formou-se uma comunidade muçulmana na cidade sob a liderança de Maomé. Medina começou então a ser atacada por Meca, que temia o crescimento da nova religião fundada por Maomé, a qual condenava o politeísmo praticado em Meca e que gerava grandes lucros para a elite local. Os confrontos se intensificaram até a vitória final de Medina.
 
Em Meca, Maomé destruiu os ídolos que ficavam no templo da Caaba, preservando somente a Pedra Negra, um meteorito negro de cinquenta centímetros de diâmetro. Maomé decretou que a Caaba, daí em diante, seria o centro da nova religião. Os muçulmanos não se deram satisfeitos com a conquista de Meca e continuaram sua expansão conquistando militarmente toda a Península Arábica, o Oriente Médio, o norte da África e a Pérsia.
 
Em 632, morreu Maomé, desencadeando uma disputa pela sua sucessão como líder dos muçulmanos, ou califa. Abu Bakr foi declarado oficialmente como seu sucessor, porém muitos muçulmanos preferiram apoiar Ali ibn Abu Talib, primo e genro de Maomé. Os que apoiaram Ali passaram a ser chamados de "xiitas", de ''Shiat Ali'' ("Partido de Ali"). Os demais muçulmanos passaram a ser conhecidos como "sunitas", de ''suna'' ("caminho trilhado"), pois eles seguem apenas aquilo que Maomé determinou ao longo de sua vida.
 
Em 680, morreu Hussein, filho de Ali, em Carbala, transformando esta atual cidade iraquiana em centro de peregrinação para os xiitas durante a festa chamada axura.