Japão Através da História do Governo Japonês/O Começo do Império: diferenças entre revisões

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Enquanto a guerra ainda ocorria em ''Kyūshū'', o ''imperador Keikō'', ouviu de um comissário especial que havia enviado ao nordeste do império, que naquela região chamada ''Hidakami'', havia pessoas de ambos os sexos que usavam seus cabelos amarrados, que tatuavam seus corpos e realizavam atos de bravura. Eles eram conhecidos como ''Emishi'' e suas terras eram extensas e férteis. O comissário recomendou que essas terras deveriam ser acrescentadas ao domínio imperial, mas afirmou que estes ''Emishi'' dificilmente entrariam para o Império de bom grado. Após o retorno do ''Príncipe Yamato-dake'' da conquista dos ''Kumaso'' este se ofereceu para empreender a conquista dos ''Emishi''. Depois de subjugar revoltas locais em seu caminho, prosseguiu por mar até a região de ''Hidakami''. Quando seus barcos se aproximaram da margem, ''Takeru'' mandou colocar um grande espelho na proa de sua embarcação, e quando os chefes emishi e seus seguidores avistaram o reflexo vindo do navio, ficaram aterrorizados e jogaram fora seus arcos e flechas e a partir disso se submeteram ao Império. O príncipe aceitou a homenagem, e alistou sua ajuda na conquista de outros rebeldes que ainda resistiam ao progresso das forças imperiais. Parece provável que naquela ocasião o ''Takeru'' tenha avançado até a ''província de Iwaki''. Em sua jornada de volta, que foi mais uma vez assolada por dificuldades locais, foi acometido por uma grave doença, que logo se mostrou fatal. O imperador lamentou amargamente a morte de seu amado filho, e a história do galante príncipe ainda é querida para o coração de todas as crianças do Japão.
 
A administração do império, que teve sua extensão muito ampliada durante três reinos sucessivos, foi agora reorganizada pelo ''Imperador Shōmu'', filho de ''Keikō''. A natureza da reforma feita por ''Shōmu'' é, no entanto, pouco conhecida. Quando o ''Imperador Jimmu'' estabeleceu o cargo de governador local, havia apenas nove províncias, mas o número aumentou muito durante os reinados de ''Kaika'', ''Sujin'' e ''Keikō'', e se tornou sessenta e três no tempo do ''Imperador Shōmu''. O Imperio então se estendia para o norte até as províncias de ''Mutsu'', ''Sado'' e ''Noto''; para o leste até a ''Provincia de Hitachi''; para o oeste até as ''Ilhas Amakusa'', e para o sul a ''Província de Kii''. Em toda as províncias governadores foram nomeados para administrar os assuntos locais. Posteriormente, o processo de divisão continuou até que, no reinado do ''Imperador Suikō'', o número total de províncias chegou a 144, no qual permaneceu até ''645 d.C.'', a data da chamada ''Reforma TaikwaTaika''. Essas divisões locais, embora aqui mencionadas como províncias, tinham, de fato, diferentes denominações - como ''kuni'' (província) ou ''agata'' (distrito) - e não eram de área uniforme. O termo ''kuni'' foi empregado para designar uma área delimitada por montanhas ou rios, enquanto a ''agata'' não tinha tais limites geográficos. Em geral, o primeiro era o mais extenso, mas em conseqüência das características naturais do país, a ''agata'' às vezes era maior. Tudo relacionado ao governo local do Japão antigo é, no entanto, um dos assuntos mais obscuros da história.