Japão Através da História do Governo Japonês/O Período Nara: diferenças entre revisões

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Simultaneamente com o progresso na arte e na indústria, a aprendizagem recebeu um grande impulso. O ''Imperador Tenji'' foi o primeiro a nomear funcionários encarregados de funções educacionais. Uma universidade foi estabelecida em ''Quioto'', bem como escolas públicas em várias localidades das províncias. Os assuntos ensinados principalmente na universidade eram história, os clássicos chineses, direito e matemática. Estas matérias foram chamadas de ''Shidō'', ou os quatro caminhos de aprendizagem. Nos reinados que se seguiram, a educação continuou a receber forte encorajamento, mas o principal objetivo era o treinamento do funcionalismo público, a instrução para as massas ainda permanecia em um estagio insatisfatório. Aprender nessa época praticamente significava ter um bom conhecimento sobre os clássicos chineses. Assim, durante o ''Período Nara'', os estudiosos versados ​​nesse tipo de erudição eram muito numerosos, entre os quais se destacavam o ''Awata no Mahito'', ''Ō no Yasumaro'', o ''Kibi no Makibi'' entre outros. Como a distância até a ''China'' era razoavelmente próxima, houve casos frequentes de monges e estudiosos que empreendiam a viagem por ordem do governo, os primeiros para investigar assuntos religiosos, e os segundos para estudar literatura chinesa. Mesmo na ''China'', alguns desses homens obtiveram uma alta reputação de aprendizado. Os nomes de ''Kibi no Makibi'' (foi nomeado vice-embaixador na ''China'') e ''Abe no Nakamaro'' (que se tornou funcionário da ''Dinastia Tang'' e nomeado governador de ''Annam'', atual ''Vietnã'') são os mais lembrados. Quando ''Nakamaro'' tentou retornar ao ''Japão'', foi nomeado para diversos cargos pelo governo chines, em outra tentativa um violento vendaval o pegou no meio do caminho e foi abrigado a voltar a ''China'' onde recebeu a nomeação para ''Annam'' e onde permaneceu até sua morte, constantemente tinha esperanças de voltar ao ''Japão'', mas nunca conseguiu realizá-la.
 
O ''Japão'' naquela época possuía muitos estudiosos que podiam escrever chinês fluentemente. A compilação de poesias foi iniciada no reinado do ''Imperador Kōbun'', o primeiro livro de versos já publicado no ''Japão'' - o ''"Kaifūso"'' - apareceu nesta época. Está registrado que, em uma época anterior - durante o reinado da ''Imperatriz Suiko'' - o ''Príncipe Shōtoku'', ''Soga no Umako'' e outros, em conjunto, compilaram algumas obras históricas, que foram, no entanto, quase totalmente destruídas na época da queda do ''Clã Soga''. Posteriormente, o ''Imperador Temmu'' instruiu o ''Príncipe Kawashima'' e outros a escreverem um livro sobre a história do ''Japão'', o ''Kojiki'', sob a supervisão de ''Hieda no Are'' que ditou os eventos que tinham sido memorizados de um livro anterior, o ''Kyūji'' e das histórias que passaram de geração em geração. Mas o ''Imperador Temmu'' morreu antes que a obra fosse terminada e em 712 d.C. ''Ō no Yasumaro'', recebeu ordens da ''Imperatriz Gemmei'' para terminar esse trabalho. Um ano depois, as províncias receberam instruções imperiais para prepararem mapas geográficos de cada uma delas, e estas foram reunidas no ''"Fūdoki"'', algumas das quais ainda existiam. Durante o próximo reinado, a ''Imperatriz Gensho'' continuou este esforço literário fazendo com que o ''Príncipe Toneri'' e outros compilassem o ''"Nihongi"'' (também chamado ''Nihon Shoki'', ''lit,'' Crônicas do Japão), uma narrativa histórica que ia desde o começo do império até o reinado do ''Imperador Jitō''. Nestas duas obras, o ''Kojiki'' e o ''Nihongi'', podem ser encontradas as tradições mais antigas do país. Pouco depois, cinco outras crônicas foram sucessivamente realizadas e junto com o com o "Nihongi" passaram a ser conhecidas como as "Seis Histórias Nacionais", cuja ultima compilação foi realizada no reinado do ''Imperador Daigo''.