Marcas nas fotografias de Werner Haberkorn/Vista parcial da Praça da Sé. São Paulo-Sp. 02, Acervo do Museu Paulista da USP: diferenças entre revisões

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Em tempos atuais, há uma saturação de imagens. Somos intensamente esmagados por elas massivamente, entretanto, muitas imagens sem contemplação expressiva. Dessa forma, temos de escolher ou criar imagens que são expressivas para com o ser humano. Não se trata de gerar um objeto simpático, mas de uma imagem com peso desafiador, de detenção de atitude. Apurar não pontualmente o que elas ponderam, e sim como as tencionam e profundamente, o que e declina em dizer.
 
As imagens, como figuras inanimadas, não pensam. Elas veiculam pensamentos, porém, não necessariamente os mesmos que deram origem à sua existência. São, por natureza, poços de de memórias e focos de emoções, sensações e lugares precisamente carregados de humanidade. Mais importante do que é revelado por elas, é pensar no que as imagens não mostram e as deduções feitas a partir de seus indícios. Neste momento, a imagem se torna algo que nos provocou a pensar. O fotógrafo tinha um propósito, transformar suas fotos em cartões postais, fazendo da imagem um símbolo da cidade e vender a imagem de um polo de indústrias, de alto poder econômico e acúmulo de capital enquanto símbolo.
 
É possível acompanhar o processo de urbanização vivido pela capital sob o olhar de um fotógrafo em meados do século XX. O formato vertical das construções enfatiza o formato horizontal que é apresentado na fotografia. A perspectiva apresentada dimensiona a paisagem na altura dos indivíduos e veículos que por lá se movimentam. Os edifícios delimitam a avenida e avançam para além da linha do horizonte nas laterais, mostrando a valorização do mobiliário urbano e da edificação através do enquadramento da imagem. O fotógrafo Werner Haberkorn busca mostrar em sua fotografia da vista parcial da praça da Sé o processo de desenvolvimento urbano da cidade de São Paulo. O contexto histórico da região pode ser compreendido pela relação entre edifícios, o trânsito de pessoas e veículos, as marcas em outdoors e grandes placas e como suas influências afetaram diretamente no processo de expansão de São Paulo.
 
As mudanças significativas da capital criaram um ambiente propício para que São Paulo se tornasse um centro de influências social e economicamente, sobretudo na região do quadrante Sudoeste da cidade. O centro de uma cidade é palco de conflitos econômicos e de concentração e movimento de pessoas com motivações e interesses diferenciados entre si. O mesmo segue uma lógica de movimento, o centro financeiro é direcionado pelo capital e quem o movimenta é a elite. A cidade moderna em pleno desenvolvimento apresentou maior crescimento horizontalmente. Sob o ângulo do mundo dos negócios, o importante é mostrar nas fotografias a área que melhor promove as questões relacionadas às vendas, assim como os grandes anúncios que enriquecem a imagem de detalhes e, ao mesmo tempo, ocupam o topo de arranha-céus da capital.
 
As mudanças significativas da capital criaram um ambiente propício para que São Paulo se tornasse um centro de influências social e economicamente. A expansão da capital decidade determinou padrões de moradia perceptivelmente representados pelas distintas modalidades de edifícios, influenciando diretamente nas inusitadas formas de convivência urbana que se originaram a partir desse processo. Tais transformações definiram um padrão de vida para os moradores e pessoas que se deslocavam para o centro urbano a trabalho. Os chamados edifícios mistos tinham como propósito reunir as residências, os escritórios e o comércio em uma determinada limitação de espaço e cederam a esses locais maior uso sentido às vias que os interligam nas vinte e quatro horas do dia. A verticalização e a horizontalização da capital representadas na fotografia tematizam o crescimento e a modernidade, elas aparecem não só no planejamento urbano, como também nos setores econômico, automobilístico e publicitário apresentados na fotografia de Werner Haberkorn.
 
As mudanças significativas da capital criaram um ambiente propício para que São Paulo se tornasse um centro de influências social e economicamente. A expansão da capital de determinou padrões de moradia perceptivelmente representados pelas distintas modalidades de edifícios, influenciando diretamente nas inusitadas formas de convivência urbana que se originaram a partir desse processo. Tais transformações definiram um padrão de vida para os moradores e pessoas que se deslocavam para o centro urbano a trabalho. A verticalização e a horizontalização da capital representadas na fotografia tematizam o crescimento e a modernidade, elas aparecem não só no planejamento urbano, como também nos setores econômico, automobilístico e publicitário apresentados na fotografia de Werner Haberkorn.
 
'''Referências'''