Introdução à Biologia/História da Biologia/Do Renascimento à Idade Moderna: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Musei1655 - Frontispiece of Museum Wormiani Historia.jpg|miniatura|direita|200px|<small>Os gabinetes de curiosidades, tal como este de Ole Worm, foram centros de difusão da biologia durante o início da Idade Moderna, reunindo no mesmo local organismos de todo o mundo. Antes da era dos descobrimentos, os naturalistas desconheciam ainda a imensa dimensão da diversidade biológica.</small>]]
[[Imagem:Cork Micrographia Hooke.png|miniatura|direita|upright|200px|<small>Robert Hooke introduziu o termo ''célula'' na sua obra ''Micrographia'', para designar estruturas biológicas como as deste fragmento de cortiça. No entanto, seria apenas durante o século XIX que os biólogos viriam a considerar as células como o elemento basilar da vida.</small>]]
O Renascimento na Europa veio renovar o interesse pela fisiologia e pela história natural empírica. Em 1543, Andreas Vesalius publica o tratado ''De humani corporis fabrica'', fundamentado nas dissecações de corpos por si realizadas, e que inaugura a era moderna da medicina ocidental. Vesalius foi o primeiro de uma série de anatomistas que gradualmente fizeram a transição entre a escolástica e o empirismo na fisiologia e na medicina, fundamentando-se em estudos em primeira mão em vez de nas autoridades e raciocínios abstratos. A medicina, cujos tratamentos dependiam em grande parte dos fármacos obtidos pela ervanária, veio igualmente tornar urgente um renovado estudo científico das plantas. Otto Brunfels, Hieronymus Bock e Leonhart Fuchs foram autores de extensas obras de plantas selvagens e marcam o início de uma abordagem científica que se estenderia mais tarde à totalidade da flora. Os bestiários, um gênero literário que combina informações naturais e figurativas dos animais, tornam-se mais detalhados e precisos, sobretudo com as obras de William Turner, Pierre Belon, Guillaume Rondelet, Conrad Gessner e Ulisse Aldrovandi.