Socialismo no Século XXI/Capítulo 1: diferenças entre revisões

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Socialismo Utópico

 
Estátuas de Marx & Engels
  As primeiras tentativas do proletariado para impor diretamente seu próprio interesse de classe, levadas a cabo em tempos de efervescência geral, no período de colapso da sociedade feudal, fracassaram necessariamente em razão da forma embrionária do proletariado e da ausência das condições materiais para sua emancipação, condições que surgem apenas como produto da época burguesa. A literatura revolucionária que acompanhou esses primeiros movimentos do proletariado é, pelo conteúdo, necessariamente reacionária. Prega um ascetismo geral e um igualitarismo grosseiro  
Marx & Engels, in Manifesto do Partido Comunista


A inferência do caráter utópico aos socialistas advém da analogia com o conceito de vivência social apresentada por Tomas Morus em "Utopia". Por vir do grego οὐ, "não" e τόπος, "lugar", traduz-se necessariamente como "lugar nenhum". Mesmo sendo impossível, o termo imprime também um caráter de crítica e denúncia da sociedade vigente; ao se estabelecer a aspiração, a busca de um estado de perfeição social sempre imaginário. Uma forma de mostrar as imperfeições e ao fazê-lo, mostrar opções antagônicas que visem o bem-comum.

Os primeiros socialistas do século XIX foram chamados de Socialistas Utópicos por Marx e Engels, criadores do Socialismo Científico. Foram assim classificados, por não apresentarem uma teorização do socialismo de forma viável à sociedade (em geral suas tentativas foram fracassadas). Além de tais medidas se delinearem como uma forma de amenização dos efeitos nocivos do capitalismo na sociedade, o que Marx encara não como socialismo, mas como uma maneira de anuviar a luta de classes e o controlo de uma sobre outra; entretanto os marxistas não negam a importância desse grupo predecessor, para a consolidação da sua própria teoria comunista.

Os principais socialistas utópicos são franceses, podem-se citar como principais exemplos: Saint-Simon (1760-1825), Fourier (1772-1837) e Proudhon (1809-1865). Na Inglaterra, a importância se resume basicamente a Robert Owen (1771-1858).

Robert Owen

Robert Owen foi um rico industrial inglês, diferente dos empreendedores de sua época, foi capaz de promover várias mudanças, reduzindo a jornada de trabalho de seus empregados, construindo creches e enfermarias. Seguindo essa estratégia excêntrica para a época (por ser o único a tomar tais atitudes) sua empresa faliu, por falta de lucros expressivos.

Diante disso, eis que Owen conclui a base do socialismo: a propriedade individual impede a existência digna dos trabalhadores, devendo, portanto ser substituída por um sistema comum e solidário.

As soluções que preconiza são meramente paternalista e filantrópica, vendo o proletariado como classe que deve ser defendida, e não como classe revolucionária como assim enxergam Marx e Engels

Notas