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=História=
A Bioquímica tem as suas raízes na história da Química, em particular no interesse do homem em saber que transformações ocorriam nos organismos vivos, responsáveis pela sua origem, crescimento e metamorfose. As questões colocadas por aqueles que procuraram compostos na Natureza que curassem doenças, que se interrogaram sobre a fisiologia do corpo humano, que usaram processos naturais como a fermentação de cervejas e que observaram a decomposição da matéria orgânica, entre outros, lançaram as bases da Bioquímica tal como é conhecida na actualidade.
 
Originalmente acreditava-se que a vida não era assunto para a ciência. Acreditava-se que apenas os seres vivos podiam criar as "moléculas das vida" (a partir de moléculas já existentes). Este pensamento começou a mudar a partir do ano de 1828 quando [[w:Friedrich Wöhler|Friedrich Wöhler]] publicou um trabalho sobre a síntese de uréia, provando que compostos orgânicos podiam ser criados artificialmente. Talvez o fator crucial para o surgimento da Bioquímica tenha sido a descoberta da primeira [[Bioquímica/Constituintes estruturais dos sistemas vivos/Aminoácidos e Proteínas/Proteínas/Enzimas|enzima]] em 1833, que na época recebeu o nome "diastase" (hoje chamada "amilase"); quem a descreveu foi [[w:Anselme Payen|Anselme Payen]]. Em 1896, [[w:Eduard Buchner|Eduard Buchner]] contribuiu para a Bioquímica descrevendo pela primeira vez um complexo processo bioquímico fora da célula - a fermentação alcoólica de extratos celulares de fermento. Embora o termo "bioquímica" tenha sido usado pela primeira vez em 1882, é mais aceito que a criação formal deste termo tenha ocorrido em 1903 pelo químico alemão Carl Neuberg. Anteriormente essa area de ciência era denominada "química fisiológica". Desde a metade do século XX em diante, a bioquímica avançou muito; esse avanço foi possível graças ao desenvolvimento de novas técnicas como a cromatografia, difração de raio X, espectroscopia de ressônancia magnética nuclear (RMN), microscopia eletrônica e simulação da dinâmica molecular. Estas técnicas permitiram a descoberta e análise detalhada de moléculas e vias metabólicas celulares, que possibilitaram, por exemplo, elucidar a [[Bioquímica/Metabolismo/Metabolismo de glícidos/Glicólise|glicólise]], o [[Bioquímica/Metabolismo/Metabolismo de glícidos/Ciclo dos ácidos tricarboxílicos|ciclo de Krebs]] (ciclo do ácido cítrico), etc.
 
Hoje, os resultados e princípios bioquímicos são empregados em muitas outras áreas que vão da genética à biologia molecular, da agricultura à medicina. Em outras palavras, onde há vida há bioquímica.
 
==Na Antiguidade==
A religião taoísta desenvolvida há mais de 2000 anos na China concebia o mundo como dividido em dois opostos, Yin e Yang, que, na luta para se manterem em equilíbrio, gerariam os cinco elementos água, terra, fogo, madeira e metal, que constituiriam todas as coisas. Os chineses preparavam então elixires contendo compostos de modo a equilibrar Yin e Yang no corpo; esta busca de elixires levou à descoberta de medicamentos e processos de fermentação. Experiências com fluidos corporais levaram provavelmente à descoberta de hormonas sexuais. Este tipo de alquimia reflectia então as práticas médicas/farmacêuticas da época.
 
Existem também registos que as antigas civilizações egípcias e babilónias praticavam a extracção de substâncias com propriedades farmacológicas e de perfumes a partir de plantas.
 
Na Grécia Antiga, [[w:Empédocles|Empédocles]] postulou no século V a.C. o mundo como comporto por elementos, de forma similar às ideias taoístas. Desta feita, seriam quatro elementos: fogo, ar, água e terra. A escola [[w:Aristóteles|aristotélica]] desenvolveu esta ideia, que foi no entanto rebatida por [[w:Demócrito|Demócrito]]. Demócrito introduziu o conceito de atomicismo, de que a diferença entre pequeníssimas partículas indivisíveis, que juntas constituiriam toda a matéria, explicariam as diferenças macroscópicas desta. Esta teoria atómica da constituição da matéria, comparável com a teoria moderna, foi no entanto esquecida até ao século XVI.
 
É também sabido que os povos árabes possuem uma longa tradição de conhecimentos farmacológicos, mas foram os antigos Gregos quem desenvolveram a alquimia, uma das bases da Química moderna, e portanto também da Bioquímica, com a preparação de poções e tinturas a partir de minerais e plantas.
 
[[Categoria:Bioquímica|Historia]]