História e epistemologia da Física/A Revolução Relativística: diferenças entre revisões

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== ''Relatividade'' de Escher ==
 
 
== Relatividade ==
 
não confundir com Relativismo (filosofia): ‘tudo é relativo’
 
a Teoria da Relatividade de Einstein é absolutista: “c=cte. em todos os referenciais”
 
 
== Relatividade Galileana ==
 
não existe sistema de referência absoluto pelo qual todos os outros movimentos possam ser medidos
 
as leis da Física são iguais em todos os referenciais inerciais
 
não se consegue, de um laboratório fechado, descobrir se se está parado ou em movimento constante
 
 
== O Experimento de Michelson-Morley (1887) ==
 
 
=== Deslocamento no Éter ===
 
 
acreditava-se que a luz se propagava num meio, denominado éter luminífero
a luz do Sol e demais estrelas nos atinge  espaço deveria conter esse éter
deslocando-se a Terra nesse meio, deveríamos observar variação da velocidade da luz, tal como num rio
 
 
=== O experimento ===
 
mesa de mármore flutuando sobre mercúrio no porão de um edifício de pedra
 
demonstrou que a luz propagava-se independente ao meio
 
o mais famoso resultado nulo
 
prêmio Nobel em 1907 p/ Michelson
 
 
== Sir Joseph Larmor (1857-1942) ==
 
 
=== Dados Biográficos ===
 
físico, matemático e político da Irlanda do Norte
 
pesquisou Eletromagnetismo, Dinâmica e Termodinâmica
 
1897: publicou transformações equivalentes às de Lorentz
 
acreditava que a matéria consistia de partículas movendo-se num éter
 
1897: denominou ‘elétron’ a partícula que acreditava ser a fonte da carga elétrica
 
opôs-se à teoria de Einstein, rejeitando a curvatura do espaço, dizendo que o tempo absoluto era necessário para a Astronomia
 
 
=== dilatação de Larmor ===
 
1897: previu a dilatação do tempo para elétrons em órbitas atômicas
 
1900: previu dilatação do tempo como conseqüência da teoria de Maxwell
 
 
== George Francis FitzGerald (1851-1901) ==
 
=== Dados Biográficos ===
 
físico irlandês
 
sobrinho de George Johnstone Stoney, o físico irlandês que inventou o termo ‘elétron’ em 1874
 
junto com Oliver Lodge, Oliver Heaviside, and Heinrich Hertz, FitzGerald do grupo dos 'Maxwellianos’ que revisaram, estenderam, clarificaram e confirmaram teoria do campo eletromagnético de Maxwell
 
1883: sugeriu dispositivo para gerar ondas eletromagnéticas, aproveitado por Hertz
 
 
=== contração de FitzGerald ===
 
1889: sugere contração dos comprimentos na direção do movimento para explicar o experimento de Michelson-Morley
 
 
== Hendrik Antoon Lorentz (1853-1928) ==
 
 
=== Dados Biográficos ===
 
físico dos Países Baixos (incl. Holanda)
 
estudou Física e Matemática na Universidade de Leiden (a tal da garrafa)
 
1872: retornou a Arnhem como professor do Ensino Médio mas continuou a estudar em Leiden
 
1875: doutorado: “Sobre a teoria de reflexão e refração da luz”, refinando a teoria de Maxwell
 
teorizou que os átomos seriam constituídos de cargas elétricas e que sua oscilação seria a causa da luz, o que foi provado por Zeeman em 1896
 
1892: ad-hoc: contração de comprimentos dos corpos para explicar o experimento de Michelson-Morley, incluindo as noções de ‘tempo local’ e de ‘simultaneidade relativa’ (ignora FitzGerald)
 
1899: adiciona a dilatação do tempo (ignora Lamor)
 
1902: prêmio Nobel de Física por seu trabalho sobre as radiações eletromagnéticas
 
1904: transformações ‘de Lorentz’ (Poincaré)
 
1905: eleito Membro da Royal Society
 
1911: presidente das 5 primeiras Conferência Solvay em Bruxelas até a ‘famosa’ de 1927
 
1918-1926: requisitado para o cálculo dos efeitos do Afsluitdijk sobre os outros diques
 
== Transformação de Lorentz ==
 
conseqüências:
*simultaneidade relativa (tempo local)
*contração dos comprimentos
*dilatação do tempo
*‘aumento da massa’
*não se pode ter velocidade superior à da luz
 
até a Primeira Guerra Mundial, segundo Dingle (1967), as teorias de Lorentz e de Einstein eram vistas como equivalentes, mas com Lorentz em eminência por sua prioridade, por ser mais famoso e por falar uma linguagem mais familiar
 
== Albert Einstein (1879-1955) ==
 
 
=== Dados Biográficos ===
 
físico teórico nascido na Alemanha
 
1879 (14 de Março): nasce em Ulm,
 
filho de Hermann Einstein (vendedor) e Paulina Kock;
 
1880: pai e tio fundam empresa de iluminação em Munique
 
1882: Albert é considerado retardado pelo pai;
 
1884: pai lhe mostra uma bússola
 
1886: Ingressa na Escola Elementar de Munique;
 
1889: Max Talmud, estudante de medicina e amigo da família apresenta-lhe Critica da Razão Pura de Kant e ‘Elementos’ de Euclides
 
freqüenta o progressista Luitpold Gymnasium mas rebela-se com direção e retorna ao ensino ‘normal’
 
1891: Completa o primário e ingressa no ginásio Luitpold. Começa seu interesse pela Geometria;
 
1894: empresa fale e família muda-se para Itália, deixando Einstein
 
escreve seu primeiro trabalho “Investigação sobre o estado do éter em campos magnéticos”
 
1895: candidata-se à ETH Zürich: reprovado
 
1895: experimento mental ‘viajando com a luz’
 
enviado p/ Arau, apaixona-se por Marie Winteler e estuda a teoria de Maxwell
 
1896: gradua-se no secundário, renuncia à cidadania alemã p/ fugir ao serviço militar e finalmente entra na ETH
 
1896: Marie se muda p/ Olsberg e Mileva Marić entra p/ ETH (única mulher)
 
1900: Forma-se pela Escola Politécnica.
 
1902: Começa a elaborar a teoria da Relatividade;
 
1902: nascimento de Lieserl
 
1903: Lieserl c/ escarlatina (última notícia)
 
1903: entra p/ Departamento de Patentes
 
1903: casa c/ Mileva
 
1904: nascimento de Hans Albert
 
1905 (5 de Junho): envia o manuscrito da teoria da Relatividade que é publicado sob o título de ‘sobre a Termodinâmica dos corpos em movimento’.
 
 
=== 1905 Anno Mirabilis ===
*utilização dos quanta p/ explicar o efeito fotoelétrico
*efeito Browniano como evidência direta da ação molecular e suporte da teoria atômica
*‘eletrodinâmica dos corpos em movimento’: teoria da relatividade especial, *constância da velocidade da luz, simultaneidade relativa, éter luminífero supérfluo
*equivalência entre matéria e energia E0=mc2
 
1905: doutorado: “Uma nova determinação das dimensões moleculares” pela Universidade de Zurique
 
1907: Universidade de Berna oferece-lhe emprego de professor de física
 
1909: quantização da luz (fóton)
 
1910: nascimento de Eduard (esquizofrênico)
 
1912: volta para o Politécnico de Zurique como catedrático de Matemática superior;
 
1912: Grossmann sugere-lhe a geometria Riemanniana
 
1913: muda-se para Berlim como Diretor do Instituto de Física Alemão, professor de física na Universidade de Berlim e membro da Academia de Ciências Prussiana.
 
1915: Teoria da Relatividade Geral
 
1916: enuncia a teoria da Relatividade Geral, que completa o sucesso da primeira obra;
 
1919: Eddington confirma TRG em Sobral (CE): fama mundial
 
1919: divorcia de Mileva, casa com Elsa Löwenthal
 
1921: Prêmio Nobel de Física “por suas contribuições à Física Teórica, especialmente pela sua descoberta da Lei do Efeito Fotoelétrico”
 
1921: viaja pela primeira vez aos EUA;
 
1925: visita o Brasil, onde pronuncia duas conferências na Academia Brasileira de Ciências e no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro;
 
1933 - Emigra para os EUA;
 
1939 - Pressionado por outros cientistas escreve carta ao Presidente Roosevelt, aconselhando-o a financiar pesquisas para a construção da Bomba Atômica;
 
1940 - Obtém cidadania americana; Escreve novamente ao Presidente Roosevelt, solicitando-lhe a aceleração do projeto Manhattan. Recusa-se todavia, a colaborar nos trabalhos de pesquisa para a construção da bomba;
 
1945 - Einstein movimenta-se,juntamente com outros cientistas, para o não uso da arma nuclear; No dia 6 de Agosto a bomba é lançada sobre Hiroshima, no dia 9 de Agosto outra bomba destrói Nagasaki.
 
1946/1954 - Einstein faz vida rotineira, alienando-se dos problemas científicos;
 
1955 (18 de abril) - falece, aos 76 anos, em Princeton (EUA), deixando incompleta a Teoria do Campo Unificado.
 
== A Teoria da Relatividade ==
 
 
=== Composição de velocidades ===
 
 
as velocidades não se somam, simplesmente
 
c+c ≠ 2c
 
c é limite!
 
=== Dinâmica Relativística ===
 
se v=0  p=0
 
 E0=mc2 (energia de repouso)
 
 
=== Momento do fóton ===
 
fóton não tem massa mas tem momento linear
 
=== Observação de Einstein ===
 
''"Como é bem conhecido, a eletrodinâmica de Maxwell – tal como usualmente entendida no momento –, quando aplicada a corpos em movimento, produz assimetrias que não parecem ser inerentes ao fenômeno [...] Exemplos desse tipo – em conjunto com tentativas malsucedidas de detectar um movimento da Terra relativo ao “meio luminífero” – levam à conjectura de que não apenas os fenômenos da mecânica, mas também os da eletrodinâmica não têm propriedades que correspondam ao conceito de repouso absoluto. Ao contrário, as mesmas leis da eletrodinâmica e da óptica serão válidas para todos os sistemas de coordenadas nos quais valem as equações da mecânica."'' (EINSTEIN)
 
 
=== Intuição de Einstein ===
 
viajando à velocidade da luz: a luz seria uma perturbação do campo eletromagnético periódica no espaço e constante no tempo
 
não existe tal solução para as equações de Maxwell!
 
Equações de Maxwell comprovadas
 
 modificar a transformação de Galileu
 
 
=== Busca da solução ===
 
Solução
 
reobtém as Transformações de Lorentz
 
 
=== Verificação ===
 
a velocidade da luz fica constante q.e.d.
 
 
=== Transformação de Lorentz ===
 
*linhas verdes: linhas de simultaneidade (tempo constante)
*linhas azuis: posição constante (worldlines)
*pontos: eventos
*arcos hiperbólicos: percurso dos pontos
*diagonais: velocidade da luz (constante)
 
=== Princípio de Equivalência ===
 
campo gravitacional é equivalente a referencial uniformemente acelerado
i.e. não se consegue, de um laboratório fechado, descobrir se se está parado no campo gravitacional da Terra ou no espaço distante e uniformemente acelerado com a=1g
 
 
=== A reunificação do peso e da massa ===
 
elevador de Einstein: peso ou aceleração?
 
experimentos de Eötvös: mi = mg à precisão de 1:1012
 
princípio de equivalência: mi º mg
 
Relatividade Geral: massa º curvatura do espaço
 
 
== Relatividade Geral ==
 
objetos em queda livre seguem geodésicas do espaço-tempo
 
o que percebemos como ‘força da gravidade’ é o resultado da resistência da matéria em seguí-las
 
 
== Qual a forma do Universo? ==
 
fechado, fadado ao Big Crunch?
 
aberto, fadado à eterna expansão?
 
Euclidiano, fadado ao Big Freeze?
 
 
== Impressionismo ==
 
 
=== ''Impressão - Nascer do Sol'', Monet ===
 
séc. XIX: Academie de Belas-Artes dominava:
 
temas: históricos, religiosos, retratos – paisagens e naturezas-mortas, não
imagens realistas, cores sombrias, conservadoras,
 
pinceladas (emoções) invisíveis
 
 
== Influência sobre a Arte ==
 
“A invenção da máquina fotográfica e o surgimento de geometrias não-euclidianas desde Gauss, em 1824, passando por Lobachevski, Bolyai e Rieman, este em 1854, trouxeram mudanças significativas para a compreensão do universo. Nessas geometrias de espaços curvos, as percepções da realidade parecem estar completamente distorcidas, visto que a visão ocidental, euclidiana, começa a ser questionada.”
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Influência sobre a Arte
“As geometrias não-euclidianas criaram novas percepções espaciais. A pintura da segunda metade do século XIX (o Impressionismo), conseguiu captar muito bem tais transformações e, por isso, construiu outras representações visuais para esse ‘novo’ mundo.”
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Recusa à perspectiva
“Se os artistas medievais ainda não haviam conquistado a perspectiva, os artistas da segunda metade do século XIX começam a recusá-la. Alguns deles produziram obras em que, de alguma forma, as regras da perspectiva – intimamente ligadas à geometria euclidiana – foram subvertidas, criando-se, assim, distorções espaciais.”
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Almoço na relva, Manet
nu realista, não-histórico
artistas começam recusar a perspectiva
a mulher que se banha está fora de perspectiva
Música nas Tulherias, de Manet
cena caótica, sem foco.
não há uma característica central para construir uma visão coerente.
a hierarquia dos sujeitos é esquecida.
estresse visual:
eliminou a perpendicularidade
todas as árvores são curvas,
todos os chapéus masculinos são inclinados.
Monte de feno, de Monet
quadridimensionali-dade
como o objeto muda no tempo
Natureza morta com cesta de frutas, de Cézanne
o espaço interage com a matéria colocada nele
os objetos em uma pintura integram o espaço de trabalho e são afetados por esse espaço
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Surrealismo
Surrealismo
A Persistência da Memória, Dali
Cubismo
Casas de L‘Estaque, Braque
L’Estaque (Marselha)
crítico: obras de Braque=meros cubos
 Cubismo
Cubismo
Ciência & Tecnologia da virada para o séc. XX (cinema, avião, automóvel, raios X etc.) mudou as concepções de espaço e tempo
a Geometria tornou-se a linguagem do Cubismo emergente
George Braque criticou a perspectiva renascentista como uma forma de artifício, de ilusionismo
 
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Cubismo
fracionou a percepção da realidade: representou simultaneamente partes dos objetos que não poderiam ser vistas ao mesmo tempo
a totalidade da percepção deixou de ser a mera soma das partes
assalto à noção de simultaneidade dos observadores
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Pablo Picasso�(1881-1973 )
Picasso
1920: Paris: beleza, poder
1924: Espanha: República
Goya: touradas
Guerra civil
direitaesquerda
antigomoderno
Picasso
arquétipos:
touro, cavalo
portador da luz
minotauro
Franco: ensaio da Guerra Mundial
Museu do Prado
Picasso
fez a conexão entre Ciência, Matemática, Tecnologia e Arte
voltou-se para a Ciência como modelo e para a Matemática como um guia
Les demoiselles d’Avignon, de Picasso
a mulher agachada está, ao mesmo tempo, de perfil e de frente
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Picasso
1937: Pavilhão da Exposição Mundial de Paris
Guernica: 5000 bombas
Cubismo com consciência
Guernica
Guernica
2003: EUA invadem o Iraque
ONU: reprodução de Guernica é escondida!
 
“não seria apropriado que o embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Negroponte, ou o gen. Collin Powell, falassem da guerra rodeados por mulheres, crianças e animais gritando de horror e a sofrerem com os bombardeamentos.”
Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares (1907-)
Niemeyer
boêmio
concluiu o ensino secundário somente aos 21 anos
casa-se aos 21 anos
sente o peso da responsabilidade
 decide trabalhar e continuar estudos
entra para a Escola Nacional de Belas Artes e para o escritório de Lucio Costa e Carlos Leão (sem remuneração)
Niemeyer
inspirado por
Art Déco
aço, alumínio, plástico (artificiais)
 
Le Corbusier
arquitetura p/ automóvel
pilotis
lazer na laje
Abaporu, Tarcila
desvaloriza o trabalho mental (cabeça pequena) e valoriza o físico, o mais importante na época (economia agrária)
reação ao Racionalismo vigente
Niemeyer
Pampulha (BH) (1940)
encomenda de JK
início da sua arquitetura
se afastava de Le Corbusier
mais leve, tropical
integrava a curva
painéis de Portinari, jardins de Burle Marx
Poema da Curva
“Não é o ângulo reto que me atrai.
Nem a linha reta, dura, inflexível,
criada pelo homem.
O que me atrai é a curva livre e
sensual.
A curva que encontro nas
montanhas do meu país,
no curso sinuoso
dos seus rios,
nas nuvens do céu,
no corpo
da mulher amada.
De curvas é feito todo o universo.
O universo curvo de Einstein.”
 
Oscar Niemeyer (Fevereiro de 1988)
Niemeyer
Edifício Copan (SP)
 
 
 
superquadras (BSB)
 
Ciência & Arte Modernas
“O aparecimento de uma arte impenetrável tem uma ligação com o surgimento de uma ciência que também desnorteou o público das suas noções básicas da realidade.”
 
(REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.:� Ciência e arte: relações improváveis?)
Apêndices
Einstein
mais de 50 trabalhos científicos e outros não-científicos, tais como:
‘Sobre o Sionismo’ (1930),
‘Porquê Guerra?’ (1933, com Freud),
‘O Mundo, como eu o vejo’ (1934),
‘Nos meus últimos anos’ (1950), e
‘A Evolução da Física’ (1938, com Infeld)
Nacionalidades
A Fama de Einstein
A Fama
com a ‘confirmação’ da Teoria da Relatividade em 1919, Einstein torna-se famoso
com sua atividade em prol de Israel, contra as armas nucleares, pela paz, etc., torna-se personagem mediática, popular
“Com a fama, eu me tornei cada vez mais estúpido, o que, é claro, é um fenômeno bastante comum.”
Presidente Einstein?
1952: convidado a concorrer à 2ª Presidência de Israel
resposta de Einstein: “Tocado pela oferta [...] e ao mesmo tempo triste e envergonhado por não poder aceitá-la. Toda minha vida trabalhei com questões objetivas, faltando-me, assim, aptidão e experiência para lidar apropriadamente com pessoas e exercer funções oficiais.”
Yitzhak Ben-Zvi foi eleito em seu lugar
die Komische Mappe
(arquivo de curiosidades divertidas)
Curiosos endereçamentos de envelopes – e que chegaram(!):
“Ao amado Albert Einstein, professor e legado de Deus e servo da humanidade"
"Mr. Einstein, The atomic scientist, U.S.A."
"EINSTEIN, U.S.A."
die Komische Mappe
Trechos de cartas:
"…Você e eu, Ernie, nós sabemos que a Terra não é mais redonda mas plana…"
"…Pare imediatamente de falar em curvatura do espaço!"
"…Quando um dia, uma semana ou outra unidade de tempo passa, para onde ela vai?…"
"…Por favor, me diga se você teve de estudar Física para prolongar a vida …"
"…Eu gostaria de mostrar a um parente uma foto em que você ajuda a Sra. Einstein a lavar a louça. Ficaria extremamente grato se pudesse me mandar uma. …"
Einstein na Time
1999: eleito ‘Personalidade do Século’ pela revista Time
1999: eleito ‘O Maior Físico de Todos os Tempos’ por grupo de proeminentes físicos
A Língua de Einstein
na cultura popular ‘Einstein’ tornou-se sinônimo de ‘gênio’
e também protótipo de cientista
‘maluco’
‘desleixado’
etc.
Igreja de Riverside
em Nova Iorque, à margem do Rio Hudson
Portal Oeste: esculturas de grandes pensadores, tais como Confúcio, Euclides, Pitágoras, Arquimedes, Galileu, Kepler, Newton, Faraday, Darwin, Pasteur, Einstein, etc.
A Religião de Einstein
Misticismo
“A mais bela experiência que podemos ter é a mística. Ela é a emoção fundamental que se acha no berço da verdadeira arte e da verdadeira ciência. Quem não sabe disso e já não consegue surpreender-se, já não sabe maravilhar-se, está praticamente morto e tem os olhos embotados. Foi a experiência do mistério – ainda que mesclada com a do medo – que gerou a religião. Saber da existência de algo em que não podemos penetrar, perceber uma razão mais profunda e a mais radiante beleza, que só nos são acessíveis à mente em suas formas mais primitivas, esse saber e essa emoção constituem a verdadeira religiosidade; nesse sentido, e apenas nele, sou um homem profundamente religioso.” (EINSTEIN)
Religião
“Não sou ateu, e não creio que possa me chamar panteísta. Estamos na situação de uma criancinha que entra em uma imensa biblioteca, repleta de livros em muitas línguas. A criança sabe que alguém deve ter escrito aqueles livros, mas não sabe como. Não compreende as línguas em que foram escritos. Tem uma pálida suspeita de que a disposição dos livros obedece a uma ordem misteriosa, mas não sabe qual ela é. Essa, ao que me parece, é a atitude até mesmo do mais inteligente dos seres humanos diante de Deus. Vemos o Universo, maravilhosamente disposto e obedecendo a certas leis, mas temos apenas uma pálida compreensão delas. Nossa mente limitada capta a força misteriosa que move as constelações. Sou fascinado pelo panteísmo de Espinosa, mas admiro ainda mais sua contribuição para o pensamento moderno, por ele ter sido o primeiro filósofo a lidar com a alma e o corpo como uma coisa só, e não como duas coisas separadas” (EINSTEIN)
Deus?
“Nós, seguidores de Espinosa, vemos nosso Deus na maravilhosa ordem e submissão às leis de tudo o que existe, e também na alma disso, tal como se revela nos seres humanos e nos animais. Saber se a crença em um Deus pessoal deve ser contestada é outra questão. Freud endossou essa visão em seu livro mais recente. Pessoalmente, eu nunca empreenderia tal tarefa, pois essa crença me parece preferível à falta de qualquer visão transcendental da vida. Pergunto-me se algum dia se poderá entregar à maioria da humanidade, com sucesso, um meio mais sublime de satisfazer suas necessidades metafísicas.” (EINSTEIN)
Deus
“Acredito no Deus de Espinosa, que se revela na harmonia ordeira daquilo que existe, e não num Deus que se interesse pelo destino e pelos atos dos seres humanos.”
“ Não consigo conceber um Deus que premie e castigue suas criaturas, ou que tenha uma vontade semelhante à que experimentamos em nós.”
“A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega.” (EINSTEIN)
A Quarta Dimensão
‘A Máquina do Tempo’ de H.G. Wells
‘De volta para o futuro’
Hipercubo
Hipercubo
Hipercubo
Hipercubo
Hipercubo
Hipercubo
‘Corpus Hypercubus’ de Dali
‘E ele construiu uma casa torta’ Robert A. Heinlein
A Epistemologia de Einstein
Einstein & Mach
“Mach defendeu que todos os conceitos, mesmo os mais fundamentais, só poderiam existir se viessem de nosso conhecimento empírico, ou seja, eles nunca seriam logicamente necessários... Eu vejo um erro neste ponto de vista, uma vez que ele crê que a ciência é uma mera ordenação de material empírico; dessa forma, ele não reconhece a liberdade presente na construção e formação dos conceitos científicos. Mach acredita que estes sejam descobertos e não inventados. Ele foi tão longe que chegou a considerar as “sensações” não apenas como material a ser investigado, mas como se elas mesmas fossem os tijolos do mundo real; dessa forma ele acreditou que poderia superar a diferença entre Física e Psicologia. Se ele fosse até as últimas conseqüências de seu pensamento, deveria não só rejeitar o atomismo como a própria idéia de realidade física.” (EINSTEIN)
Einstein e Hume
“Hume, por sua crítica lúcida, possibilita um progresso decisivo da filosofia. Mas causa, sem responsabilidade de sua parte, um real perigo, porque esta crítica suscita um “medo da metafísica” errado, por realçar um vício da filosofia empírica contemporânea. Este vício corresponde ao outro extremo da filosofia nebulosa da antiguidade, quando ela pretendia poder dispensar os dados sensíveis, ou até mesmo desprezá-los” (EINSTEIN)
Einstein e o Empirismo
“No sistema de uma física teórica, estabelecemos um lugar para a razão e para a experiência. Os resultados experimentais e suas imbricações mútuas podem ser expressos mediante as proposições dedutivas. E é na possibilidade desta representação que se situam exclusivamente o sentido e a lógica do sistema inteiro, e mais particularmente, dos conceitos e dos princípios que formam suas bases. Aliás, estes conceitos e princípios se revelam como invenções espontâneas do espírito humano. Não podem se justificar a priori nem pela estrutura do espírito humano nem, reconheçamo-lo, por uma razão qualquer” (Einstein)
Einstein e o Racionalismo
“Estes princípios fundamentais, estas leis fundamentais, quando não se pode mais reduzi-los a lógica estrita, mostram a parte inevitável, racionalmente incompreensível da teoria. Porque a finalidade precípua de toda a teoria está em obter estes elementos fundamentais irredutíveis tão evidentes e tão raros quanto puderem ser, sem se olvidar da adequada representação de qualquer experiência possível” (Einstein)
Empirismo e Racionalismo
“Quem conhece, por exemplo, a Teoria da Relatividade Restrita com base apenas no trabalho de Einstein de 1905, ficará com uma visão racionalista desta teoria. Quem assenta esse conhecimento na célebre experiência de Michelson-Morley, poderá ficar com uma visão empirista da mesma. Em qualquer dos casos, trata-se de uma visão restrita e deturpada.” (VALADARES, 2005)
Referências
Referências
GOTTSCHALL, Carlos Antonio Mascia. Do mito ao pensamento científico: A busca da realidade, de Tales a Einstein. São Paulo : Atheneu, 2004.
PAIS, Abraham. Einstein viveu aqui. Nova Fronteira
PAIS, Abraham. Sutil é o Senhor. Nova Fronteira, 1995.
GOMBRICH, E.H. História da Arte.
Referências
MORAES, Gustavo Henrique & KARAM, Ricardo Avelar Sotomaior. A suposta mudança epistemológica de Albert Einstein. Anais do X Encontro de Pesquisa em Ensino de Física, 2006, Londrina, PR. (disponível em http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/epef/x/sys/resumos/T0184-1.pdf )
OKUN, Lev B. The Concept of Mass. Physics Today, v. 42, n. 6, pp. 31-36, jun/1989. (disponível em http://www.physicstoday.org/vol-42/iss-6/vol42no6p31_36.pdf)
REIS, J. C.; GUERRA, A.; BRAGA, M.: Ciência e arte: relações improváveis? História, Ciências, Saúde - Manguinhos, out./2006.Disponível em http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v13s0/04.pdf
Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escher
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_relatividade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarta_dimensão
http://pt.wikipedia.org/wiki/Einstein
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Corbusier
Referências
VALADARES, Jorge António. Da História da Ciência ao Ensino da Ciência: O Exemplo Clarificador da Construção da Teoria da Relatividade Restrita. Eseñanza de las Ciências, 2005. número extra. VII CONGRESO (disponível em http://ensciencias.uab.es/webblues/www/congres2005/material/comuni_orales/1_ense_ciencias/1_3/Valadares_283.pdf)
VALADARES, Jorge António. A importância epistemológica e educacional do Vê do conhecimento. in Moreira, M.A., Valadares, J.A., Caballero, C. & Teodoro, V.D. (web-editors). Teoria da Aprendizagem Significativa - Contributos do III Encontro Internacional sobre Aprendizagem Significativa, Peniche, 2000, pp. 87-120 (disponível em http://www.univ-ab.pt/cestudos/centros/cecme/Peniche%202000,%20Teoria%20da%20Aprendizagem%20Significativa,%20Contributos%20do%20III%20Encontro%20Internacional.pdf)
 
 
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