Marcas nas fotografias de Werner Haberkorn/Praça de Paris - Rio de Janeiro - Brasil

Jardins da Praça de Paris - Rio de Janeiro (metadados).


Lista de marcas identificadas editar

  • Esso
  • Novo Mundo

Pesquisa sobre marcas editar

Esso editar

Histórico

Em 1880, dezesseis (16) refinadores criaram a empresa Imperial Oil Company, em Londres. Até que no ano de 1898, e organização Oil de Nova Jersey, hoje conhecida por Exxon Mobil Corporation, passou a ter participação nos lucros e em 1900 passa a comercializar sob a marca “Esso”, tal nome seria uma referência a pronuncia fonética das iniciais de Standard Oil que mais tarde, por conta de processos jurídicos, passa a ser substituída nos Estados Unidos por Exxon. Em 1923, apresenta-se o registro da marca e em 1930 o oval do logo tipo presente até os dias atuais foi introduzido, tal forma seria referente a qualidade e símbolo do serviço prestado. Em novembro de 1999, a Exxon e a Mobil se unem e juntas formam a Exxon Mobil Corporation, segundo os presidentes Lee Raymond e Lou Noto, tal fusão aumentaria a capacidade de se tornar um considerável concorrente global e uma indústria competitiva no mercado econômico.

A marca é considerada “sinônimo de hóquei " no Canadá, e desde a década de 30, vem participando de eventos marcantes na área, em 1936 o jogo da National Hockey League – NHL foi patrocinado pela Esso e a mesma realiza a primeira transmissão de rádio da modalidade, na década de 50, mais de 3 milhões de canadenses tinham acesso às transmissões dos jogos de hóquei e em 1952, a patrocínio expandiu para as redes de televisão. Em 1981, concretizou-se o programa Esso Medalhas e Certificados de Realização para pequenas ligas de hóquei, no Canadá, onde incentiva-se maior participação no esporte, apoiando também o hóquei juvenil e até os dias atuais meninos e meninas são premiados. A Esso apoia muitas modalidades, visando inclusive a inclusão das mulheres nos jogos de hóquei com o Campeonato Nacional Feminino Canadense.

Outra realização muito importante é o Prêmio Esso de Jornalismo, levando grande prestigio aos profissionais de jornalismo,  a ponto de ser considerado em pesquisas universitárias como um molde identitário para jornalistas profissionais do Brasil (DEMENECK,2016,p.198). O professor do departamento de Comunicação Social da UFF, Marcio Castilho, em contribuição ao “Jornal de Todos os Brasis”, diz que a Esso sofria grandes acusações, em relação ao controle de notícias pelas quantidade de anúncios publicitários em jornais, por conta disso, a organização encontra formas de manter uma relação mais próxima com os formadores de opinião, cujo objetivo era não restringir ações de marketing na área da comunicação. Considerando esse contexto, em 1955, cria-se um prêmio em prol do reconhecimento dos profissionais de jornalismo. Em 2015,  o prêmio completou 60 anos de muito sucesso, a edição de 2016 não foi realizada, para realinhamento das próximas edições.

Brasil

No Brasil, a  Esso chegou no ano de 1912, sendo um marco no processo de industrialização brasileira na época. Com a ajuda da agência de publicidade McCann nos anos 30, a marca é consolidada, criando uma personalidade própria de fácil associação. Após 99 anos de Esso no Brasil, em 2011 a marca sai do mercado por conta da fusão com a também empresa petrolífera Shell, o objetivo de tal seria por motivos econômicos.

Referências

ESSO, site oficial: < acesso em 11/09/2018 > https://www.esso.ca/en/esso-history

DEMENECK, Ben-hur - Jornalismo Tradicional: Prática, Método e Conceito – São Paulo, 2016

FOLHA, (18/05/2016): < acesso em 12/09/2018 > https://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1772578-apos-60-anos-premio-esso-suspende-edicao-de-2016.shtml

CASTILHO, Marcio (15/09/2015):  < acesso em 12/09/2018 >  https://jornalggn.com.br/noticia/a-historia-do-jornalismo-brasileiro-nos-60-anos-do-premio-esso

MACEDO, Paulo (02/03/2011): <acesso em 12/09/2018> https://exame.abril.com.br/marketing/esso-deixa-mercado-depois-de-99-anos/

Novo Mundo editar

Foi no ano de 1956, que a marca Novo Mundo surgiu, inicialmente seu nome era Mobiliaria Novo Mundo.A primeira loja era localizada em Goiânia, na Avenida Anhanguera, fundada pro Luziano Matins.

Em 1959, ocorreu uma fusão da Mobiliadora Novo Mundo, juntamente com outras duas também fundadas por Luziano Martins, a Miano e Dular. Resultando a então Novo Mundo Móveis e Refrigeração SA. Foi somente em 1960 que a loja passou a ter o nome de Novo Mundo, com o atual conceito de amplitude e iluminação, e foi a partir daí que a empresa não parou de crescer e ser referência no mercado goiano.

Sua primeira loja daquela época tinha aproximadamente 80 metros quadrados, sendo atualmente considerada uma das maiores lojas de um só piso no Centro-Oeste.

No ano de 2009, o prêmio Pop List em sua 16ª edição a Novo mundo conquistou o prêmio como sendo a marca mais lembrada pelos goianienses no segmento de lojas de Móveis e Eletrodomésticos, vencendo pela 12ª vez.

Nos dias atuais a Novo Mundo possui mais de 200 pontos de venda espalhados por muitas regiões do Brasil, sendo eles, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Pará, Amazonas, Roraima e Distrito Federal.

Comentários sobre a fotografia editar

A praça de Paris foi inaugurada em 1929, considerada uma das obras primas cariocas nos últimos tempos de Belle Époque, onde nos primeiros anos do século XX, os projetos de reformulação e padrões arquitetônicos da cidade se voltaram aproximados para os modelos de Paris. Alfredo Agache, foi o arquiteto e urbanista francês que inicialmente realizou toda a sua projeção. No entanto, a praça foi concretizada dentro das possibilidades, diferente do primeiro projeto, que era distante de tal realidade, chegando a ser bem ilusório.

Solange Ferraz de Lima em seu artigo 'A Cultura Metropolitana nas Fotografias de Werner Haberkorn' diz que nas décadas de 40 e 50 destacaram-se dois temas urbanos nas fotografias de Haberkorn, um deles é a verticalização muito predominante na foto acima. Apesar de grande parte do trabalho de Werner ter sido realizado na cidade de São Paulo, na fotografia Jardins da Praça Paris, no Rio de Janeiro, podemos observar o predomínio da verticalização, por conta da forte presença de edifícios, mas também há um outro recurso muito característico do fotógrafo, a justaposição, onde o jardim está em primeiro plano e os edifícios em um plano médio, Lima afirma que "as áreas verdes aparecem sempre com referência à sua (Haberkon) inserção na cidade" .

Jardins da Praça de Paris é uma das poucas obras em cor do artista, Haberkorn por meio de suas fotografias nos trás uma espécie de capsula do tempo, o próprio monumento quase que centralizado na foto tem um papel significativo, pois, monumentos ativam memórias e constitui uma identidade, e esse era o principal objetivo de Werner, elaborar uma espécie de documentário, Etienne Samain, no livro 'Como Pensam as Imagens' diz que "toda imagem é uma memória de memórias, um grande jardim de arquivos declaradamente vivos", ou seja, uma imagem pode remeter a um passado já vivenciado, com a exposição da foto, todos aqueles que por ela são atingidos, possuem percepções distintas, pois cada pessoa atribui sentido de acordo com a sua realidade, uma imagem conduz ao pensamento, e a fotografia Jardins da Praça de Paris de Werner Haberkorn, tem consigo uma memória social, e o principal objetivo é que ela não perca seu significado, e que continue comunicando, de forma a contar e fazer parte da história.

Referências:

SAMAIN, Etienne - Como Pensam as Imagens. 1ª edição. Editora Unicamp / 2012

LIMA, Solange - A Cultura Metropolitana nas Fotografias de Werner Haberkorn / 2014