Marcas nas fotografias de Werner Haberkorn/Praça do Correio e Subterraneo - São Paulo - Brasil - Fotolabor

Praça do Correio e Subterraneo - São Paulo - Brasil - Fotolabor (metadados).

Lista de marcas identificadas editar

  • CICA (Companhia Industrial de Conservas Alimentícias)
  • Goodyear
  • Gulf
  • Pirelli
  • A Patriarca - Seguros Gerais
  • Bellard
  • Martini

Pesquisa sobre marcas editar

CICA - Companhia Industrial de Conservas Alimentícias editar

A Companhia Industrial de Conservas Alimetícias, conhecida como CICA, foi fundada em 1941, pelas famílias Bonfiglioli, Messina, Gerrazzi e Guzzo, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. A empresa foi considerada a maior multiprodutora agrícola do Brasil, além de ser conhecida principalmente pela marca de massa de tomate Elefante. Até então, sua produção era exclusiva do extrato de tomate, entretanto, em 1942, a companhia adicionou a fabricação de diversos produtos, como a produção de frutas em conserva, geleias, azeitonas, dentre outros. Em seus primeiros 40 anos de funcionamento, se tornou a maior empresa da América Latina, responsável pela produção de conservas alimentícias.

Em 1970, a CICA produzia marmeladas e goiabadas na filial localizada no sul de Minas Gerais, na cidade de Delfim Moreira. Nessa época, a marca possuía o famoso slogan "Se a marca é CICA, bons produtos indica", utilizado nas campanhas publicitárias.

Na década de 1992, a companhia fechou a sua sede em Presidente Prudente, no interior de São Paulo e em 1993 foi comprada pela Arisco, que posteriormente foi adquirida pela empresa americana Bestfoods, mais adiante sendo incorporada a Gessy Lever, que atualmente é conhecida como Unilever. A partir disso, molhos e polpas de tomate, e o clássico extrato de tomate Elefante passaram a fazer parte da linha Knorr CICA.

Ainda na década de noventa, a fábrica sediada em Jundiaí encerrou suas atividades, hoje, parte do local dá lugar a uma loja de materiais de construção, já a marca CICA deixou de existir em 2003, mas ainda podemos encontrar Polpa de Tomate Pomodoro com a marca nos supermercados.

O elefante utilizado como símbolo nas campanhas publicitárias e embalagens, foi em homenagem a terra natal de uma das famílias fundadoras da empresa, que residiram na Catania, capital da Sicília - Itália, onde há uma famosa fonte chamada Fontana Dell'Elefante, na praça principal da cidade.  

Em 1962, Jotalhão, personagem criado por Maurício de Sousa para estampar o caderno de anúncios classificados, em uma campanha publicitária do Jornal do Brasil, conhecido como JB na época, não atendeu a demanda, ocorrendo então o cancelamento da campanha e sendo assim, o personagem foi oferecido a CICA. Sendo adotado em 1979, o Jotalhão é até hoje o garoto propaganda do extrato de tomate, que agora aparece na embalagem da Cargill. Atualmente o extrato de tomate Elefante é produzido pela Cargill Food Service, companhia que é dona de outras marcas conhecidas como o óleo Liza, molhos de tomate Tarantella, entre outras.

Referências

HISTÓRICAS, Propagandas < acesso em 15/11/2018 > https://www.propagandashistoricas.com.br/search?q=cica

UNILEVER, Knorr - Site Oficial < acesso em 15/11/2018 > https://www.unilever.com.br/brands/our-brands/knorr.html

AGORA, Jundiaí - Cica marcou < acesso em 15/11/2018 > http://jundiagora.com.br/cica-marcou/

TAVARES, Paulo. Tomaticultura industrial no cerrado: 25 anos de história e uma visão futura. < acesso em 15/11/2018 > http://www.congressotomate.com.br/2011/palestras/Tomaticultura-industrial-no-cerrado-25-anos.pdf

Goodyear editar

A fundação da Goodyear Tire & Rubber Company ocorreu em 1898, quando o empresário de 38 anos, Frank A. Seiberling comprou a primeira fábrica da empresa com uma entrada de US $ 3.500 - usando o empréstimo cedido por seu cunhado, Lucius C. Miles. Seu nome foi inspirado no homem que descobriu o processo de vulcanização da borracha, Charles Goodyear, que faleceu 30 anos antes de sua inauguração.

No entanto, o momento não poderia ter sido mais oportuno, com a popularidade das bicicletas na década de 1890, a carruagem sem cavalos (que alguns se atreviam a chamar de automóvel) era um desafio aberto. Até mesmo a depressão de 1893 estava começando a desaparecer. Assim, em 29 de agosto de 1898, a Goodyear foi incorporada com um estoque de capital de US $ 100.000. Logo após, David E. Hill, que comprou US $ 30.000 em ações, tornou-se o primeiro CEO, mas, foi o fundador dinâmico, visionário e rígido Seiberling, que nomeou e determinou a marca distintiva da companhia.

Com apenas 13 funcionários, a produção da empresa iniciou em 21 de novembro de 1898, com uma linha de produtos de pneus para bicicletas, carruagens, ferraduras e fichas de pôquer. Desde o primeiro pneu de bicicleta em 1898, a Goodyear pedalou para se tornar a maior empresa de pneus do mundo, um título que foi conquistado em 1916, quando adotou o slogan “Mais pessoas usam pneus Goodyear do que qualquer outro tipo” em tradução livre, o que permitiu tornar-se a maior empresa de pneus nesse mesmo ano.

A primeira folha de pagamento registrada foi de US $217.86, com base no salário vigente de 13 a 25 centavos por hora para um dia de 10 horas. Após o primeiro mês completo de negócios, as vendas totalizaram US $8.246. Atualmente, a Goodyear mede vendas de mais de US $ 20 bilhões, embora tenham levado 53 anos para que a empresa atingisse o marco do primeiro bilhão de dólares anual. E tudo começou em uma fábrica de painéis reformados nas margens do rio Little Cuyahoga, em East Akron, Ohio.

O simbolo utilizado no logotipo da marca, conhecido em todos os países do mundo, foi inspirado em uma estatueta de Mercúrio, o deus mensageiro da mitologia romana (Hermes em sua versão grega), que Seiberling possuía no quintal de sua casa em Akron. Entre os esboços preparados para a reunião à sugestão do Sr. Seiberling estava em usar o pé alado de Mercúrio, pois, nos tempos antigos, Mercúrio era o deus do comércio, apesar de ser mais popular como o "mensageiro rápido". A ideia de velocidade tinha muito a ver com a escolha do símbolo por parte da Goodyear, pois Mercúrio, de pés traseiros, era considerado um arauto da frota de boas notícias. Mas é como um arauto ou portador de boas notícias para os usuários dos produtos Goodyear em todos os lugares que o "Pé-de-Vento" agora está na mente das pessoas do mundo.

Em 1901, a companhia utiliza pela primeira vez o simbolo de "Wingfoot" em uma campanha publicitária. Marcando a primeira década da empresa, em 1910 a Goodyear se expande internacionalmente, inaugurando sua primeira fábrica fora dos EUA, em Ontário - Canadá. Após dois anos, apresenta seu primeiro dirigível e em 1917 inicia a produção da primeira linha de caminhões "Cross-Country" de Akron para Boston. Quase uma década após, em 1925, lança o primeiro balão que não utiliza gás hélio como combustível.

No ano de 1928, a companhia constrói os primeiros dirigíveis para a marinha, quase duas décadas depois, em meados de 1942, cria os primeiros aviões de combate da Corsair. Anuncia sua nova campanha publicitária na TV em 1949 e quatorze anos após, sua produção atinge um bilhão de pneus fabricados. 

Na década de 1970 lança a linha de pneus, denominada "Apollo 14", que ficaram conhecidos como os pneus que iriam para a lua. Ainda na década de 70, iniciam um projeto para transformar a fábrica abandonada em Akron, que um dia foi sua sede, em um centro técnico. Na década de 80, atinge três bilhões de pneus fabricados, e desenvolve os primeiros modelos de pneus radiais para aeronaves.

Em 1987 um dirigível vencedor da Indy 500 é batizado como "O espírito de Akron". Quase uma década após, inicia a fabricação de pneus na China, e se torna a fornecedora exclusiva de pneus para a Nascar e NHRA. Na década de 1998, celebra o centenário da companhia e se torna a maior empresa de pneus do mundo.

Na primeira década de 2000, introduz tecnologia de reparação instantânea nos pneus e inicia pela segunda vez sua parceria com a NASA. Em 2011 anuncia uma nova tecnologia para manutenção de ar dos pneus, após dois anos, reinaugura sua sede em Akron.

Referências

GOODYEAR, site oficial: < acesso em 16/09/2018 > https://corporate.goodyear.com/en-US/about/history.html

Gulf editar

A Gulf Oil Corporation foi fundada em 1901, quando aconteceu a primeira grande descoberta de petróleo em grande volume. Em janeiro do mesmo ano, o poço de Spindletop, no Texas produzia 100 mil barris de petróleo por dia, o que marcou o início da Idade do Petróleo.

Os resultados positivos da extração do produto geraram um crescimento acelerado para a Gulf, que passou a ter muitos investimentos e progressos. Nesse período, empresa se consolidou como uma das chamadas “Sete Irmãs” do petróleo mundial. Nos anos seguintes, a Gulf seguiu em ascensão, impulsionada principalmente pelo financiamento do grupo Mellon.

Esses fatores permitiram a expansão e atuação da empresa em novas regiões. Sendo a maior produtora no Texas, construiu uma rede de oleodutos que ligavam as regiões de extração do petróleo às refinarias em Bayonne, Fort Worth, New Jersey, Pennsylvania, Philadelphia, Port Arthur, Sweetwater e Texas.    

A Gulf não atuou apenas nos Estados Unidos, expandiu-se também para México e Venezuela.

Gulf no Brasil

A empresa chegou no mercado brasileiro em 1936. As operações da Companhia de Petróleo Gulf iniciaram-se no mesmo ano em que Shell, Texaco e Atlantic chegaram ao Brasil, período que também foi marcado pela fundação da Ipiranga.

Associando sua imagem à tradição automobilística e o apreço brasileiro por essa área, a Gulf conquistou o público do país e teve 400 postos bandeirados no Brasil, com atividades concentradas nas regiões Sul e Sudeste.

Em 1959, a administração internacional optou pela retirada da empresa do Brasil, e seus ativos no país foram adquiridos pela Ipiranga, transformando a empresa num grande conglomerado nacional de petróleo e combustíveis.

Há alguns anos, a Gulf voltou a atuar no Brasil. Um grupo de investidores promoveu contato com a Gulf Internacional para reformular a presença da marca no país. Como resultado, uma holding nacional, destinada ao resgate e consolidação da marca, despontou no país, desenvolvendo um modelo de atuação no mercado de combustíveis e lubrificantes.

Referências

GULF, site oficial: < acesso em 13/11/2018 > http://www.gulfdobrasil.com.br/conheca/

Pirelli editar

A empresa foi fundada em Milão no ano de 1872, por Giovanni Battista Pirelli. Inicialmente era uma sociedade limitada que produzia artigos de borracha elástica, a “GB Pirelli & C”. No ano seguinte passou a ser “Pirelli & C”, uma empresa de ações limitadas. Ainda em 1873 a primeira fábrica foi estabelecida na cidade. Mais tarde, uma série de inovações na área de materiais e fabricação de pneus surgiram. Em 1885, inaugurou-se a produção de elásticos para carruagens e, em 1894, os pneus para velocípedes.

O desenvolvimento de tecnologias de produção, inovação no mercado e o forte apoio e patrocínio nas corridas geraram um forte crescimento da marca. O início da fabricação de pneus de automóveis também alavancou a empresa. Esses fatores foram fundamentais para a expansão geográfica da Pirelli, que chegou em Barcelona (1902), Southampton (1903), Buenos Aires (1917), Manresa (1924) e Burton on Trent (1928).

Outro importante aspecto que evidenciou a marca foi o reforço do compromisso com as corridas, já que no primeiro Gran Prix do Automobile Club da França, em 1907, o vencedor usava um carro com pneus Pirelli.

Nos anos 1920, a empresa se tornou o primeiro grupo italiano a possuir ações negociadas na bolsa de Nova York. Nesse contexto, a Pirelli chegou à América Latina e deu origem a um novo estilo. A construção da primeira usina brasileira em 1929 também contribuiu com a expansão da marca no país. E em 1940, essa expansão teve continuidade com a criação da fábrica de Santo André e, mais tarde, a fábrica de Merlo, na Argentina, em 1955.

O primeiro pneu radial da Pirelli, o Cinturato, começou a ser projetado em 1949, e passou a ser comercializado em 1953. O produto era diferente dos demais existentes no mercado, oferecendo maior nível de segurança e desempenho.

Nas décadas de 60 e 70 a empresa utilizou estratégias para expansão geográfica, inaugurando unidades na Grécia, na Turquia e no Brasil.

Além da expansão, o aprimoramento de tecnologias lançou ainda mais a Pirelli no mercado esportivo e industrial, que veio principalmente com o lançamento de novos modelos do Cinturato, P6, P7 E P8, anos de 1970. Na década de 80 as novidades vieram com os pneus radiais para motocicleta.

A aquisição de outras empresas que tinham produções de pneus muito populares, como a alemã Metzeler Kaotscuck AG e a norte-americana Armstrong Tire Company, impulsionou o posicionamento competitivo da marca no segmento.

No início dos anos 90, a Pirelli teve que se reorganizar financeiramente, pois o período de recessão do mercado e uma falha na aquisição da Continental AG, prejudicaram a empresa. O período de organização acabou em 1994, quando o programa de expansão geográfica voltou a atuar. Em 1999, a Alexandria Tire Company SAE, foi adquirida e incorporada à Pirelli.

A partir dos anos 2000, a Pirelli passou a investir em diferentes tecnologias e passou a implementar estratégias de produção nos países com taxas de crescimento mais altas.

Em 2004 assinou contrato com a Continental AG, e numa parceria, começou a produzir cabos de aço na Romênia.Em 2005, abriu sua primeira fábrica chinesa, na província de Shandong, o núcleo de produção da empresa no país.

No ano de 2009, após pesquisas de eficiência energética, foi lançado o Cinturato P7, o primeiro pneu baseado em uma “filosofia verde”. Ainda em 2009, a Fundação Pirelli foi criada para cuidar do patrimônio histórico da empresa e promover a cultura empreendedora como parte do patrimônio cultural da Itália, seu país de origem.

Em 2010, a Pirelli voltou para Fórmula 1 e, desde 2011 é a fornecedora exclusiva de pneus dos campeonato. No mesmo ano, expandiu-se para o mercado russo e um ano mais tarde, passou a atuar no México, para abastecer toda área do NAFTA.

A Pirelli foi retirada da Bolsa de Valores de Milão em 2015, e após reorganização, separação e acordos comerciais com outras empresas, a marca retomou o mercado de ações de 2017.

Referências

PIRELLI, site oficial: < acesso em 12/09/2018 > https://corporate.pirelli.com/corporate/en-ww/aboutus/history

A Patriarca - Seguros Gerais editar

Fundada em 1943, A Patriarca era uma seguradora. Em 1972 alterou sua denominação social para Campina Grande Cia de Seguros Gerais. No mesmo ano, foi incorporada à Áurea Seguradora S. A.

Em 2008, a empresa alterou sua razão social para Cescebrasil Seguros de Garantias e Crédito S.A. E em 2012 incorporou a Cescebrasil Seguros de Crédito S.A, possuindo atuação no mercado de gestão de risco de crédito até os dias atuais.

Referências

SINDSEGSP, Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros: < acesso em 13/11/2018 >. http://www.sindsegsp.org.br/site/historico-seguradoras.aspx

Bellard editar

A empresa Manograsso S/A Destilaria Bellard, foi fundada por Ernesto Manograsso, na cidade de Guararema, situada na região metropolitana de São Paulo. A destilaria produzia aguardentes, licores, vinhos, conhaques, gins, e se declarava como a "alma dos bons cocatails". Após o falecimento do fundador, seu filho Rubens Manograsso, iniciou sua carreira depois de se formar em Enologia no Rio de Janeiro, assumindo a direção geral da empresa.

Na década de 1970, junto de seu amigo Mario Amata, fundou a Epris, em Guararema, juntos produziram o primeiro uísque engarrafado do Brasil conhecidos como Old Smuggler, Bitter Kapparoso e a bebida popular Berro D'água. A empresa também foi responsável pelo engarrafamento dos produtos Bellard, Dury's, Bols, além de produzir Rum Merino para a Cinzano.

Ainda na década de 70, devido a crise mundial do petróleo, parte da fábrica foi desapropriada e comprometida para receber o petróleo do Porto de São Sebastião e um estoque de metanol. Isso acarretou a eliminação de boa parte do canavial, comprometendo o avanço da empresa, pois, causou redução na matéria prima que supria as necessidades básicas. Com a matéria prima escassa, o processo foi transferido temporariamente para a Bols, que por um curto período de tempo, passou a engarrafar os produtos Bellard.

Referências

MANOGRASSO, Paulo Nogueira - sobre a marca < acesso em 18/11/2018 > http://www.guararema.sp.gov.br/arquivo/editor/file/biografias/Rubens%20Manograsso%20-%20Rua.pdf

PAULISTANO, Correio - Divulgação publicitária sobre um produto da marca < acesso em 18/11/2018 > http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=090972_08&pagfis=19083&url=http://memoria.bn.br/docreader#

JUSBRASIL, sobre processos em aberto < acesso em 18/11/2018 > https://www.jusbrasil.com.br/topicos/58145371/manograsso-sa-destilaria-bellard

Martini editar

A marca foi fundada no inicio de 1963, na cidade de Turim, capital de Piemonte - Itália, pelos empresários Luigi Rossi, Teofilo Sola e Alessandro Martini que assumiram a administração da Distilleria Nazionale di Spirito di Vino, mais adiante recebeu o nome Martini, Sola & Cia. O Vermute Martini Rosso, uma das primeiras bebidas, foi o resultado de uma mistura secreta de 40 ervas, essências e especiarias junto ao vinho, criando uma bebida especial, aromática e com sabor único.

Na década de 1967, foram despachadas de Gênova para Nova York as primeiras caixas de vermute da marca. Em um curto prazo, os licores, vinhos espumantes e vermute, fabricados pela companhia tornaram-se conhecidos em diversos países, como na África, Ásia, as Américas, deixando de ser prestigiados apenas na Europa. Nessa época, a marca foi premiada com medalhas significativas durante a exposição em Dublin que ocorreu em 1865, e dois anos mais tarde, numa exposição de Paris. Novos troféus vieram: em 1873 na cidade de Viena, em 1876 na cidade de Filadélfia, e, em 1878, mais uma vez, na cidade de Paris. Naquela época, essas exposições tinha a finalidade de tornar determinado produto ou marca de qualidade confiável. Em 1879, Teófilo Sola, um dos fundadores veio a falecer, o que fez com que seus filhos vendessem as suas ações para os demais sócios, esse fato causou a mudança no nome da companhia para Martini & Rossi.

A empresa cresceu e suas bebidas, tornaram-se as preferidas nas cortes reais da Europa e nas prestigiadas competições e exposições internacionais. A bebida agradava tanto, que em 1897 a Casa Martini & Rossi exportou 300.000 caixas de vermute, tornando-se a maior exportadora da região do Piedemonte. Nesta época, a empresa possuía filiais internacionais que operavam em lugares mais distantes como Buenos Aires (1884), Barcelona (1893) e Genebra (1886).

No início do século 20, a empresa apresentava um momento propício para iniciar uma nova era, foi então que o gerenciamento da companhia passou para as mãos dos quatro filhos de Luigi Rossi: Teofilo, Cesare, Enrico e Erneto. O grupo era consciente de que o sobrenome herdado, não constituía a garantia de competência empresarial, essa foi a lição aprendida em prejuízos de vários negócios da família. Sob suas lideranças, a empresa entrou em uma fase de expansão internacional, espalhando uma rede de subsidiárias por todo o mundo e cada uma possuindo seu próprio capital, hábitos e caráter. Isso possibilitou que usassem o conhecimento local para melhor proveito do espírito empreendedor. O que facilitou a criação de uma rede de embaixadores globais que trajaram a marca da Itália à Nova York, Brasil e muitos outros países.

Na década de 1903, a Martini já havia se tornado a marca mais cosmopolita do mundo, apreciada em mais de 70 países, ao mesmo tempo que mantiveram a cultura e identidade da empresa. O comando familiar passou novamente, desta vez na década de 1930, os netos de Luigi Rossi assumem o comando da companhia. O negócio foi reestruturado e passou para o comando da Gerência Geral de Bebidas em Genebra, por volta de 1960, a empresa possuía uma das marcas mais famosa e sofisticada do mundo. Tal estrutura permaneceu até o momento que outra grande empresa resolveu unir forças com a Martini & Rossi, assim, a empresa se uniu a Bacardi, em 1992, numa transação avaliada em US $1.4 bilhões.

Alguns anos adiante, a marca ganhou mais força na distribuição e maior investimento em marketing, anunciando em 2010 uma nova parceria com outro grande nome do mercado Italiano, a Grife Dolce & Gabbana, criando a Martini Gold, a requintada bebida que possuía uma formulação exclusiva e sofisticada, com sabores exóticos e incomuns, combinado aos encantos de especiarias orientais e sabores do mediterrâneo. Esse lançamento, foi apenas o ápice de um trabalho consolidado, que através de diversas ações, desde a abertura temporária do Martini Bar dentro das lojas da grife D&G sediadas em Milão e Xangai, até a criação de embalagens limitadas.

No ano de 2013, a companhia celebrou seus 150 anos de história, saudando com estilo de vida italiano, de forma elegante e divertida, apresentando uma edição limitada de vermute e vinho espumante em uma embalagem especial com um rótulo comemorativo. O vermute da edição limitada era o Martini Gran Lusso™, que combinava dois extratos botânicos únicos, inspirados em um vermute arquivado da empresa, junto à uma receita de 1904. O lote da versão limitada tinha sabor agridoce de ervas aromáticas, suavidade do mel de moscatel envelhecido, como um toque de alfazema e rosas, servido com gelo e uma fatia de casca de toranja como guarnição ou como ingrediente que revive coquetéis clássicos como Rob Roy, Negroni ou El Presidente.

Atualmente, as receitas dos vermutes ainda são segredos bem guardados, conhecidas apenas pelos misturadores mestres da MARTINI. Cada bebida possui mais de 40 espécies botânicas, numa combinação de ervas e flores aromáticas, fragrâncias frutadas, madeiras exóticas, raízes raras e especiarias cativantes de várias partes do mundo, especificamente selecionadas.

O tradicional logotipo utilizado, era conhecido como "Martini Ball & Bar", surgiu em 1925, mas só foi registrado após quatro anos, em 1944, o logotipo foi alterado novamente, adotando um tom esverdeado por um curto período. Na década de 1995, a marca apresentou uma nova identidade visual, após inúmeras alterações durante muitos anos. O novo logotipo era mais vibrante e moderno, com visual mais alongado e as bordas douradas. Já em 2003, o logotipo passou por pequenas alterações, principalmente no tom do vermelho. Em 2014 adotou uma nova identidade visual semelhante ao usado na década de 1920, sem bordas douradas e com detalhes minimalistas.

A Martini possui um espaço para visitantes instalado em sua fárica no vilarejo Pessione di Chieri, que possui um pouco mais de mil habitantes, que é estrategicamente situado na ferrovia que liga Turim a Genova, onde o vermute é produzido desde 1863. A mansão construída no início do século XIX, atualmente dá lugar ao Mondo Martini Gallery, o museu instalado na casa Martini. Sua inauguração ocorreu em 1961, e conta a história da marca italiana através de centenas de documentos e artefatos, além de vídeos interativos que ficam em exposição. Além de ficarem expostos diversos cartazes pulicitários, que mostram a evolução das campanhas no decorrer dos anos, e como a imagem da marca foi associada as estrelas de Hollywood e a acontecimentos culturais ou esportivos. Além disso, a Casa Martini possui uma loja moderna que comercializa roupas, bebidas e acessórios e conta também com um espaço onde os visitantes podem degustar amostras de ingredientes que compõem muitas de suas bebidas, vivenciando uma experiência sensorial completa.

Martini no Brasil

O vermute chegou oficialmente em solo brasileiro, a partir da instalação da Martini & Rossi na década de 1950, segundo a legislação na época, a bebida era classificada como "vinho aromatizado composto". Ainda na década de 50, a fábrica de São Bernardo do Campo, situada na região metropolitana de São Paulo, iniciou as operações.

Uma curiosidade: na década de 1960, a inserção da marca na Amazônia era realizada por vendedores que percorriam os vilarejos distriuindo a bebida para degustação. No retorno do vendedor, que seria a viagem da cobrança, ele recebia peles de jacaré, araras entre outras mercadorias como forma de pagamento, isso ocorria como uma prestação de contas à sua administração.

Nos anos posteriores, introduziu diversos sabores e inúmeros produtos, vigorando a posição de liderança da marca no mercado brasileiro. Em 2017, a marca expandiu seu portfólio no segmento premium, trazendo para o Brasil os espumantes mais populares no mundo.

Referências

GLOBAL, Martini, site oficial < acesso em 19/11/2018 > https://www.martini.com/pt/pt/

MARCAS, Mundo das, sobre a história da marca < acesso em 19/11/2018 > http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/06/martini-taste-world-of-martini.html

Comentários sobre a fotografia editar

 
Praça do Correio e Subterrâneo atualmente.

A Praça do Correio fica localizada no chamado “centro antigo” da capital paulistana. Essa região abrigava o centro econômico da cidade, que mais tarde foi se locomovendo e atualmente encontra-se dividido entre as regiões Sul e Oeste.

As fotos de Haberkorn traduzem o momento vivido pelo ambiente urbano em seu crescente desenvolvimento e industrialização, rumo à formação de uma grande metrópole.

De acordo com Solange Ferraz de Lima, autora do artigo A Cultura Metropolitana nas Fotografias de Werner Haberkorn, as imagens do fotógrafo retratam diversos fenômenos. A verticalização é apresentada pela substituição das casas e prédios pequenos por grandes edifícios. A automobilização na fotografia em questão é representada pela passagem subterrânea como ponto central da imagem, indicando as intervenções que as novidades automobilísticas vinham fazendo no planejamento urbano para escoamento dos veículos e, a expansão da cultura metropolitana, através do crescimento horizontal (dado pelo espaço de circulação) e da sustentação pelo crescimento vertical.

O uso de recursos utilizados pelo fotógrafo, como, contrastes e inversões de escalas por meio de jogos de dimensões e simetrias, somados aos efeitos de luz e sombra, nos permitem analisar a composição da cidade.

Em Como pensam as Imagens, Etienne Samain traz elucidações sobre a interpretação de imagens, que podem ser associadas ao conjunto das fotografias de Haberkorn. As imagens são elementos dinâmicos e por dependerem de influências externas - a produção humana - conduzem ao pensamento e geram ideias, resgatando memórias e dando ressignificação. As produções de Haberkorn evocam acontecimentos que fizeram parte da construção da cidade, alimentando a identidade local e ativando a memória social, tanto no aspecto socioeconômico, quanto no aspecto sociocultural, representado pelas marcas e anúncios publicitários, desde as empresas ainda existentes até as que não possuem mais registros.

Referências

LIMA, Solange. A Cultura Metropolitana nas Fotografias de Werner Haberkorn. 2014.

SAMAIN, Etienne. Como Pensam as Imagens. 1ª edição. Editora Unicamp. 2012.